31.3.14


Pensar Bem

Como surge um pensamento?
Do nada? Claro que não. Um pensamento surge de nossas ideias, de nossas invenções interiores, de nossas elucubrações, de nossos medos e ansiedades, de nossos desejos, de nossas aspirações. Um pensamento, portanto, não surge do nada, surge de algo que está dentro e que quer se expressar, se colocar para fora.
Um pensamento tem vida, vida própria. É pungente e, às vezes, metafórico, pois guarda em si segredos não revelados completamente para nós mesmos. Um pensamento é sublime, traz em sua raiz uma vontade, uma reflexão, uma elucidação, uma conclusão.
O pensamento expressa o que somos – ou o que queremos ser. Um pensamento lembra-se do passado e projeta-nos para o futuro. O pensamento ganha asas se dermos corda a ele e pode se tornar realidade.
Por isso, preste atenção no que pensar: seu pensamento pode se tornar real. Vigie, assim, o que pensa, porque o pensamento “solto no ar” começa, pouco a pouco, a se materializar, tomar forma, mostrar-se concreto. É o “mundo das ideias” transformando-se no mundo real.
Jesus pediu-nos atenção com o que pensássemos. Lembram quando Ele falava em adultério? Peca-se já pelo pensamento.
Tome cuidado com o que pensa. Há uma multidão de pensantes e todos eles por aí jogando seus pensamentos no ar. Quando um pensamento se junta com outro se faz maior e quando são muitos na mesma direção é praticamente uma realidade. Tudo que hoje conhecemos como real aos sentidos físicos foram produtos de um pensamento.
O avião, por exemplo, que um dia foi imaginado, começou a ser desenhado pelas asas da imaginação de Santos Dumont e dos Irmãos Wright. Eles pensavam em uníssono.
As grandes invenções nasceram assim, de um mero pensamento, de algo aparentemente insignificante que vai tomando forma, crescendo, crescendo, até se agigantar-se tanto que não cabe mais dentro de nós e colocamo-lo para fora.
Pense bem. Pense legal. Pense melhor. Pense pra frente. Pense o melhor.
Um abraço,
Helder Camara

30.3.14

Aquilo que sai da boca diz-nos o Evangelho - precisa merecer-nos tratamento especial. É pela boca que aprendemos a auxiliar aos nossos semelhantes e é ainda por ela que clamamos para o Céu, suplicando o socorro da misericórdia. A língua revela o conteúdo do coração.

Livro: Ainda Hoje - Francisco C Xavier - Emmanuel

29.3.14

Quando estiveres à beira do desalento, pergunta a ti mesmo se estás num mundo em construção ou se estás numa colônia de férias.

Livro: Companheiro - Francisco C Xavier - Emmanuel

28.3.14


DISCIPLINA 
Não nos repugne o verbo obedecer.

Tudo o que constitui progresso e aperfeiçoamento guarda a ordem por base.
Não olvides que a disciplina principia no Céu.
As mais sublimes constelações atendem às leis de equilíbrio e movimento.
O Sol que nos sustenta a vida no mundo repete operações de ritmo, há numerosos milênios.
A Lua que clareava o caminho das mais remotas civilizações da Índia e do Egito efetua, ainda hoje, as mesmas tarefas, diante da Humanidade.
No campo da Natureza, a disciplina é alicerce de toda bênção.
Obedece ao solo.
Obedece a árvore.
Obedece a fonte.
Qualquer construção obedece ao plano do arquiteto que a idealiza.
E, no aconchego do lar, obedecem o piso anônimo, o vaso amigo e o pão que enriquece a mesa.
Na experiência física, a saúde é obra da disciplina celular.
Quando as unidades microscópicas da colmeia orgânica se desarvoram, rebeladas, encontramos os tormentos da enfermidade ou as sombras da morte.
Chamados a servir aos nossos semelhantes no Espiritismo Cristão, em favor de nós mesmos, saibamos cultivar a liberdade de obedecer para o bem, aprendendo e ajudando sempre.
Jamais nos esqueçamos de que Jesus se fez o Mestre Divino e o Soberano das Almas, não somente porque tenha vindo ao mundo, consagrado pelos cânticos das Legiões Celestes, mas também por haver transformado a própria vida, em Seu Apostolado de Amor, num cântico de humildade, obedecendo constantemente a Vontade de Deus.

Livro: Taça de Luz - Francisco C Xavier - Scheilla

27.3.14


Questão 294 do Livro dos Espíritos

     LEMBRANÇAS
    Duas pessoas, ao se encontrarem, encarnadas ou desencarnadas, podem gerar antipatia entre si, de modo que o ódio avance em seus sentimentos, dando azo à guerra de pensamentos e, por vezes, até brigas que podem envolver os familiares e amigos a eles achegados.
    Isso, às vezes, não passa de lembranças do passado, quando o subconsciente entrega ao consciente aquilo que trazia guardado, motivado por intrigas que a vigilância esqueceu de rechaçar, por faltar a educação cristã.
    Essas lembranças induzem ao afastamento um do outro, ou grupos de grupos. Esse distúrbio é nascido do orgulho e do egoísmo, frutos da inferioridade dos seres que desconhecem o amor.
    Devemos inquirir os nossos guardados profundos, meditarmos de vez em quando se não estão vazando para o nosso consciente lembranças desagradáveis. Se encontrarmos alguma, vamos dar de mãos no trabalho do esquecimento, desfazê-la com o perdão, para a conquista de amigos. Se eles não desejarem a nossa amizade, devemos fazer a nossa parte, que é dever dos que já conhecem o Cristo. Essas lembranças que inquietam nossas consciências podem se dar, também, com espíritos desencarnados. Os que estão na carne sofrem com isso, tornando-se um princípio de obsessão. São os inimigos fora do corpo, que podem atuar por tempo indeterminado, dependendo do que está sendo atingido por vibrações pesadas. Eis aí o momento da operação e da caridade, eis aí a hora do perdão, pedindo a Deus nos ajude a fazer o bem de todos os lados, no conhecimento da verdade, a fim de nos libertar dos inimigos invisíveis.
    Mas o melhor é torná-los amigos, pelos meios que ensina a Doutrina Espírita, revivendo Jesus. Afastar do inimigo não significa libertar-se dele. Se, por acaso, o ambiente não for favorável à reatação de amizade, oremos por ele, ou por eles, que Deus sabe como nos aproximar, no devido tempo, em correspondência com os nossos esforços pelos canais do perdão e da caridade.
    Devemos desfazer todas as lembranças incompatíveis com o bem comum, e alimentar as recordações de amor e de amizade, porque essas últimas são segurança da paz e sustentação do amor.
    Jesus é unidade. Ele é o Pastor de todo o rebanho e não deseja que ele se divida, por simples egoísmo.     A missão do Evangelho é tomar todas as criaturas unidas, sob o signo do amor.
    Ao se encontrar com alguém que conhece, onde quer que seja, deve o homem estar disposto a lembrar-se dos feitos nobres, dele e dos outros, que essa recordação o levará ao entendimento, ajudando-a no aprendizado e estendendo-o à sabedoria das leis de Deus.
    Comunguemos, pois, com todas as criaturas que queiram se libertar dos entraves do mal e esplendor nas forças do bem, que em quaisquer esforços nesse sentido mãos invisíveis ajudar-nos-ão a caminhar para a alegria imortal e cristã.
    Lembremo-nos do amor, e que ele se faz acompanhar da caridade. Lembremo-nos do perdão, que sempre vem acompanhado da alegria. Lembremo-nos da fraternidade, que traz a harmonia ao coração, e não devemos nos esquecer de Jesus, pois Ele nos faz sentir acompanhados da lembrança viva de Deus.

Livro: Filosofia Espírita VI - João Nunes Maia - Miramez

25.3.14


“HOSPITAL DOS MÉDIUNS”,  OU “ESPERANÇA”?!...
(Perguntas ao Dr. Inácio)

- Dr. Inácio, a fim de desfazer dúvidas em torno de sua já extensa obra mediúnica, o senhor nos permitiria lhe endereçar algumas poucas perguntas?
- Não só as permito, como as desejo.
- O Hospital em que trabalha no Mundo Espiritual e que, aliás, foi fundado pelo senhor, tem o nome de Hospital “Esperança”?
- Não. Ele se denomina simplesmente “Hospital dos Médiuns”! Este Hospital “Esperança” deve ser outro, que não aquele no qual as atividades do Sanatório Espírita, de Uberaba, se desdobram.
- O senhor conhece o denominado Hospital “Esperança”?...
- Sinceramente, não. Sei que os doentes que se internam em qualquer hospital alimentam a esperança de se recuperarem de suas mazelas físicas e psíquicas...
- Então, o “Hospital dos Médiuns” e o Hospital “Esperança”?...
- Repito: se o chamado Hospital “Esperança” existe, sequer sei onde ele se localiza...
- As obras mediúnicas que têm surgido, através de outros médiuns, que grafam o nome do senhor com g, ou seja, Ignácio?...
- Trata-se, talvez, de uma questão de “filtragem mediúnica”... Quando encarnado, eu nunca assinei uma obra literária de minha lavra com o nome de Ignácio... Algumas delas, inclusive, eu cheguei a assinar simplesmente I. Ferreira... Certa vez, um amigo até gracejou comigo, carregando na interjeição: Ih! Ferreira!...
- O senhor acredita que a questão do nome Hospital “Esperança” também possa se relacionar com “filtragem mediúnica”?...
- Talvez – em alguns médiuns, talvez! Em outros, é pura maledicência mesmo!...
- Maledicência?! Como assim?!...
- Plágio, meu caro, plágio! Desejo de conturbar a nossa humilde tarefa...
- Mas, como escreveu Kardec, o problema não poderia estar relacionado à “universalidade do ensino dos espíritos”?!...
- Você já ouviu de algum desses médiuns tal explicação?! Eu não ouvi de nenhum... Aliás, um deles, muito ladino, apresentou a coisa como sendo uma bombástica “revelação” – fez um estardalhaço tremendo! Isto não tem outro nome que não seja: surrupiar ideia!...
- Existem confrades, Doutor, que não concordam com as suas críticas sistemáticas...
- Dizer a verdade, porventura, é criticar?! Eu não estou criticando – eu estou denunciando! É diferente... E continuarei a fazê-lo até quando bem entender!...
- O senhor, por vezes, não é muito duro?...
- Com quem não precisa de dureza, eu sou uma pomba; mas, com quem precisa eu sou uma serpente...
- Mas, um espírito superior?...
- Quem lhe disse que eu sou um espírito superior?! Por tal motivo é que eu me dou bem com o médium pelo qual costumo escrever, que é tão carregado de mazelas quanto eu... A única diferença entre nós dois é o cheiro da nicotina – ele nunca fumou!...
- Alguns são de opinião que, em seus livros, o senhor se vale de palavras chulas...
- Prefiro as palavras chulas às intenções chulas! Eu não sou um “sepulcro caiado” – sou um “sepulcro aberto”! Ou, como diz um amigo meu: - Dr. Inácio, o senhor, literalmente, é o sepulcro aberto!... Para os que não entenderem, o que ele quis dizer é que eu sou o túmulo que se escancara para o mundo... Tapem as narinas, porque o cheiro da Verdade, realmente, é desagradável!...
- Então, com o senhor, é ame-o ou deixe-o?...
- É por aí...
- Não faz questão de ser amado?...
- Não! Faço questão de amar! Eu gostar de alguém é problema meu; alguém não gostar de mim, é problema dele!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 24 de março de 2014.

23.3.14

Guarda a lição do passado, mas não percas tempo lastimando aquilo que o tempo não pode restituir.

Livro: Companheiro - Francisco C. Xavier - Emmanuel

22.3.14

POR NOSSA CONTA

O Senhor tudo nos dá...
À semente deu o chão,
Mas deixou por conta dela
O milagre de ser pão.

À fonte deu a nascente
De que se põe a jorrar,
Mas deixou por conta dela
Correr em busca do mar.

Na bênção da Criação,
Deus asas ao passarinho,
Mas deixou por conta dele
Fazer o seu próprio ninho.

À gleba em aridez
Deu a chuva benfazeja,
Mas deixou por conta dela
Cultivar o que viceja.

Fez a roseira florir
Por sobre um berço de estrume,
Mas deixou por conta dela
Produzir o seu perfume.

O Senhor nos deu no Céu
Toda paz que nele há,
Mas deixou por nossa conta
Trabalhar e chegar lá.

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 15 de março de 2014, em Uberaba – MG).

21.3.14


Questão 293 do Livros dos Espíritos
RESSENTIMENTOS

    Os espíritos inferiores conservam todos os ressentimentos gerados quando na Terra. Ao retornarem ao mundo dos espíritos, levam para lá todas as suas inferioridades, desde quando não se purificaram.
    Conforme o grau de ignorância do espírito, o ódio que nasceu na Terra, entre duas criaturas ou mais, aumenta como espírito livre, e se não encontraram os antagonistas, saem à procura deles para desforras e perseguições.
    A necessidade que a Luz tem de pregar o Evangelho, no mundo, existe igualmente nos planos inferiores do mundo espiritual. É preciso fazer os espíritos infelizes conhecerem o Evangelho, porque somente vivendo os ensinamentos de Jesus eles se libertarão dessas animosidades que somente trazem sofrimento.
    Quando eles, entretanto, compreendem o tempo que perderam em ressentimentos desnecessários, abraçam-se, fazendo-se amigos do coração e muitos deles se dispõem a trabalhar juntos, porque a solução dos problemas está dentro deles próprios.
    Os ressentimentos e o ódio prevalecem na Terra e é o que faz as criaturas sofrerem. É necessário mudar de vida, seguirmos os conselhos do Divino Mestre para amarmos os nossos inimigos e fazer o bem aos que nos perseguem e caluniam.
    Fora desse ambiente, não teremos paz nos corações. Deus está sempre nos dando exemplos valorosos sobre o amor e o desprendimento. Vejamos o sol: ele não recolhe seus raios ao encontrar os verdugos da humanidade; a água não deixa de saciar a sede dos homens que semeiam a peste e a fome no mundo, e o ar sempre dá vida, sem escolher o beneficiário.
     Sejamos como filhos de Deus, como o sol, a água e o ar: não escolhamos a quem ajudar, a quem ensinar com amor. Amemos a todos e a tudo, porque é Deus quem está nos usando para o bem de todos. Podemos asseverar que, copiando as leis naturais, os caminhos para a nossa libertação ficarão cada vez mais fáceis de serem trilhados, conduzindo-nos para a paz de Jesus.
    Não guardemos ressentimentos e nem repudiemos companheiros que andam conosco a caminho; ajudemo-los no que estiver ao nosso alcance, afiançando lhes que o bem é sempre luz, e que o mal nos leva para as trevas.
    Se o homem odeia alguém na Terra, não deve deixar para depois da desencarnação a reconciliação. Não deve guardar inferioridade para sobrecarregar mais o seu fardo. A subida requer leveza de sentimentos. Procuremos reconciliar enquanto estamos com nosso adversário em caminho, mostrando a Jesus que compreendemos os seus ensinamentos. Todos os ressentimentos são espinhos, que somente ferem a quem os têm.
     Amparemos a nós mesmos pela força do perdão e amemos e todas as direções que a vida nos pedir para andar. Deus ficará mais presente nos centros dos nossos sentimentos dirigindo-os em direção à paz verdadeira. Indaguemos a nós mesmos se temos algum ressentimento no fundo da consciência; pesquisemos a nossa própria vida e corrijamos o que não entra em sintonia com o amor; reformemos a nossa vida na vida do Cristo, e façamos com que Ele, o Mestre dos mestres, saliente-Se em nosso coração e brilhe em nossa inteligência, como único Senhor capaz de nos oferecer os melhores conselhos.

Livro: Filosofia Espírita VI - João Nunes Maia - Miramez

20.3.14


VIVER  PELA  FÉ
"Mas o justo viverá pela fé." - Paulo. (romanos, 1:17.)

Na epístola aos romanos, Paulo afirma que o justo viverá pela fé.
Não poucos aprendizes interpretaram erradamente a assertiva. Supuseram que viver pela fé seria executar rigorosamente as cerimônias exteriores dos cultos religiosos.
Freqüentar os templos, harmonizar-se com os sacerdotes, respeitar a simbologia sectária, indicariam a presença do homem justo. Mas nem sempre vemos o bom ritualista aliado ao bom homem. E, antes de tudo, é necessário ser criatura de Deus, em todas as circunstâncias da existência.
Paulo de Tarso queria dizer que o justo será sempre fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus.
Os dias são ridentes e tranqüilos? Tenhamos boa memória e não desdenhemos a moderação. São escuros e tristes? Confiemos em Deus, sem cuja permissão a tempestade não desabaria. Vejo o abandono do mundo? O Pai jamais nos abandona. Chegaram as enfermidades, os desenganos, a ingratidão e a morte? Eles são todos bons amigos por trazerem até nós a oportunidade de sermos justos, de vivermos pela fé, segundo as disposições sagradas do Cristianismo.

Livro Caminho, Verdade e Vida - Francisco C Xavier - Emmanuel

19.3.14

Cura Espiritual

"Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibracionais da mente em desequilíbrio?" (Emmanuel)

No trato com as nossas doenças, além dos cuidados médicos indispensáveis à nossa cura, não nos esqueçamos também de que, quase sempre, a origem de toda enfermidade principia nos recessos do espírito.
A doença, quando se manifesta no corpo físico, já está em sua fase conclusiva, em seu ciclo derradeiro.
Ela teve início há muito tempo, provavelmente, naqueles períodos em que nos descontrolamos emocionalmente, contagiados que fomos por diversos virus potentes e conhecidos como raiva, medo, tristeza, inveja, mágoa, ódio e culpa.
Como a doença vem de dentro para fora, isto é, do espírito para a matéria, o encontro da cura também dependerá da renovação interior do enfermo.
Não basta uma simples pintura quando a parede apresenta trincas.
Renovar-se é o processo de consertar nossas rachaduras internas, é escolher novas respostas para velhas questões até hoje não resolvidas.
O momento da doença é o momento do enfrentamento de nós próprios, é o momento de tirarmos o lixo que jogamos debaixo do tapete, é o ensejo de encararmos nossas paredes rachadas.
O Evangelho nos propõe tapar as trincas com a argamassa do amor e do perdão. Nada de martírios e culpas
pelo tempo em que deixamos a casa descuidada.
O momento pede responsabilidade de não mais se viver de forma tão desequilibrada.
Quem ama e perdoa vive em paz, vive sem conflitos, vive sem culpa.
Quando atingimos esse patamar de harmonia interior, nossa mente vibra nas melhores frequências do equilíbrio e da felicidade, fazendo com que a saúde do espírito se derrame por todo o corpo.
Vamos começar agora mesmo o nosso tratamento?
Livro: Vinha de Luz - Francisco C Xavier - Emmanuel

18.3.14


150 ANOS DE “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”

Para mim, o livro mais importante da Codificação não é “O Livro dos Espíritos”, e tampouco “O Livro dos Médiuns”, mas sim “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que agora, no próximo mês de Abril, estará completando 150 anos de seu lançamento.
E isto porque, em minha opinião, na Doutrina Espírita, o Cristo é mais importante que Kardec, ou que qualquer outro espírito que tenha participado do movimento que culminou com o surgimento da Terceira Revelação.
Em nenhuma outra Obra do chamado Pentateuco Kardeciano, a concretização da promessa de Jesus, em relação ao advento do Consolador, se fez ou se faz tão clara.
Escrevendo e fazendo publicar “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é que Allan Kardec se superou – foi o seu momento de maior força, e não de maior fragilidade como alguém já chegou a opinar.
Foi a partir deste terceiro livro das Obras Basilares, que o Codificador fez editar em plena maturidade do vigor intelecto-moral que lhe era próprio, prestes a completar 60 de idade, que o Espiritismo, efetivamente, passou a reviver o Cristianismo, e mostrou ao mundo a que ele viera.
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, foi a Obra na qual Allan Kardec trabalhou mais sigilosamente, porque muitos adeptos da Doutrina já se batiam, pretendendo que o seu aspecto científico sobressaísse ao seu aspecto moral, e foi a partir de sua publicação que, intra e extramuros, as lutas do Codificador ainda mais se acirraram.
Ele, no entanto, compreendeu que os Princípios Fundamentais da Terceira Revelação, sem se clarificarem no Cristo, continuariam a ser meras informações de caráter filosófico que pouco haveriam de contribuir para a renovação íntima das criaturas.
No capítulo VI de “O Evangelho”, sugestivamente intitulado por ele de “O Cristo Consolador”, o Espírito da Verdade grafou em advertência aos adeptos de todos os tempos do Espiritismo: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram”!
Infelizmente, porém, “O Evangelho” prossegue sendo interpretado por muitos como apenas um livro de orações, inclusive, capaz, para alguns, com o simplesmente mantê-lo aberto dentro de casa, de exorcizar os “maus” espíritos e afastar as influências negativas...
Lamentável!
Todavia, para nós outros, sem dúvida, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” permanece na condição do maior desafio que a própria Vida nos endereça, porque nos concita a internalizar as lições libertadoras que, há cerca de dois mil anos, o Cristo nos transmitiu...
Sem, portanto, “O Evangelho”, o Espiritismo se confundiria com uma doutrina esotérica qualquer que, igualmente, apregoa a realidade da Reencarnação, porém, repetimos, sem resultados práticos em termos da realização do Reino de Deus em nós mesmos.
Neste século e meio da publicação deste verdadeiro Best seller da literatura espiritualista em todo o mundo, em grande parte, o que o Espiritismo avançou deve a ele, porque, de fato, se no Espiritismo existe um lenço para enxugar todas as lágrimas e uma voz para confortar todos os corações que sofrem, esta voz e este lenço se encontram consubstanciados em suas luminosas páginas!...
Talvez por este motivo, e outros, quando determinado confrade, certa vez, perguntou de maneira descontraída a Chico Xavier a respeito da novidade, o médium, inspiradamente, respondeu:
- Ah, meu filho, a novidade é o Evangelho!...
Uma novidade que, para os espíritas, estará agora, no próximo mês de Abril – mês de tão significativa importância para a Doutrina –, completando 150 anos!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 17 de março de 2014.

17.3.14


A Força do Silêncio

Silêncio, quanto vale o silêncio?
É tão difícil silenciar, sobretudo diante das injustiças.
Como é difícil silenciar diante da fome e da miséria.
É mais difícil silenciar ainda diante de um crime.
Por isso, a necessidade de se expressar, de denunciar, de ser ativo e falar. Como dói prender no peito algo que precisar ser falado, posto para fora.
Nos meus tempos, durante a ditadura militar, tive que calar, sufocar a voz inúmeras vezes. Houve um momento, porém, que tive que dizer tudo como aconteceu, sem meias palavras. Como é duro ter que se calar diante do erro, mas, em muitas ocasiões, o silêncio é ensurdecedor.
No episódio de Padre Antônio Henrique, não esqueço jamais, o silêncio no cemitério repercute até hoje na memória dos senhores do arbítrio.
É preciso, porém, saber silenciar na vida. Há casos que o melhor remédio, a melhor opção, é calar. O silêncio funciona como algo implacável contra aquele que nos provocou. De incomodado, passamos, por causa do silêncio, a provocar a reflexão do nosso algoz.
Há, portanto, que se ter sabedoria diante dos fatos da vida para saber qual a melhor opção diante daquela situação: calar ou falar.
Particularmente, gosto de falar, todos sabem disso. Se me derem uma boa oportunidade, falo até pelos cotovelos, mas há momentos sagrados, que não profiro uma palavra sequer.
Nos instantes de meditação matinal e de oração, por exemplo, o silêncio é apenas por fora. Por dentro, entramos em ebulição para, pouco a pouco, nos serenar, nos harmonizarmos com o Pai.
Encontrar a palavra certa, a palavra mais adequada para a situação, é fundamental para o equilíbrio. Quem fala demais, erra. Quem fala de menos, omite.
Perdoemos aqueles que não sabem parar de falar.
Estimulemos aqueles que não conseguem se expressar.
Ponto de equilíbrio em tudo, aí reside a sabedoria essencial.
Jesus, o nosso Senhor, diante das injustiças que lhe acusaram publicamente, silenciou. Sabia que uma palavra que dissesse serviria contra ele, seria distorcida propositadamente. Seu silêncio naquele momento foi atordoante. Como pode alguém acusado de morte se calar? Aquele silêncio, há dois mil anos, ressoa até hoje.
Deus te dê sempre sabedoria para decidir o que melhor fazer em cada situação da vida.
Fiquemos sempre com Jesus!
Helder Camara

16.3.14

DEUS AGE

Dificuldades e empecilhos,
Aflições desatadas,
Provações imprevistas,
Tristezas e amarguras,
Farpas de incompreensão,
Contratempos e lágrimas,
Desastres iminentes,
Problemas e conflitos...

Quando essas sombras apareçam,
Ora e silencia,
Guardando tolerância;
Se possivel nada digas,
Servindo para o Bem
Sem que te queixes de ninguém.

Então, perceberás
Que te encontras em paz
E que uma luz vem vindo
Para auxílio de todos...

Assim será sempre,
Porque, em todas as crises,
O Céu apaga as horas infelizes,
E se calas e esperas,
Na fé que já te alcança,
DEUS permanece agindo.

Livro: Amizade - francisco C Xavier - Meimei

15.3.14

MUNDO INSANO

Por mais que o homem se renda ao cepticismo,
Em que o mundo se lança, nau sem rumo,
Prossegue no Ideal, de fronte aprumo,
Sem te inclinares ao materialismo...

Afasta-te do estranho e escuro abismo,
Que se escancara a frente e que, em resumo,
Há de tragar as almas que presumo
Perdidas em seu louco niilismo...

Em meio à espessa sombra da descrença,
Que mais se espalha quanto mais se adensa,
Mantém acesa a luz de tua fé...

E nas vertigens deste mundo insano,
Não desistas do esforço sobre-humano
De ficar com Jesus sempre de pé!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 5 de fevereiro de 2014, em Uberaba, Minas Gerais). 

14.3.14


Velhice

Será que alguém gosta de ser chamado de velho?
Velho quer dizer, quase sempre, algo desprezível, sem utilidade, obsoleto, sem serventia.
Velho é associado a algo ultrapassado, sem ter o que dizer, fora de moda.
Velho parece, para muita gente, alguém que já passou o seu tempo, mas ainda vive.
Esquecem, muitos desses, que um dia, também, serão velhos, se é que conseguirão chegar lá.
Fui um velho na carne, um bom velho, já que morri aos 90 anos de idade, e não me sentia um inválido. Até onde as forças me foram possíveis, realizei muitas coisas.
A sabedoria dos velhos, meus caros, é inesgotável. O velho, sem nenhum tom depreciativo, é um estágio natural do ser humano na sua vida física, mas o que vale mais, o que importa de verdade, não é a velhice do corpo, é a velhice das ideias.
Conheci gente novíssima e que, na realidade, era mais velho que eu. Cabeça jovem não é privilégio da idade, é conquista do espírito.
Quando me chamavam de velho querendo, de alguma forma, me diminuir, não me magoava. Eles, os que diziam isto, não passaram pelo que eu passei, não aprenderam o que eu aprendi, não superaram o que eu superei.
Quem acha que velho não tem mais o que dar está muito enganado. Velho é um estado de espírito, portanto, procure um velho jovem e você verá que ele será mais produtivo e sábio do que muitos moços juntos.
O peso da idade, é claro, limita, de alguma maneira, os movimentos. Parece que o tempo, de certa forma, vai criando raízes na terra junto ao corpo tornando-o um fardo, quase a se arrastar pelo chão, mas, tirando a “obsolescência” do organismo próximo à exaustão, a mente de um velho é coisa raríssima, inimaginável de possibilidades, porque o velho possui, pela força da experiência, uma capacidade associativa impressionante. Por já ter passado por muitas experiências na vida, a possibilidade de criação se torna maior e de mais qualidade.
Vejo por aqui que os velhos remoçam, ficam mais jovens na aparência. Eu mesmo me mantenho quando tinha uns 60 e poucos anos. A mente limpa por aqui consegue provocar este fenômeno do rejuvenescimento, coisa legal.
Mesmo do lado de cá da vida, conheço muitos jovens velhos e também muitos velhos jovens. Não é porque se morre que se deixa de pensar de um jeito ou de outro. A juventude, já disse em outras oportunidades, é atributo daquele que possui mil razões para viver.
Há gente deste lado que parece que continua morta, sem ânimo, sem força para viver e se renovar. Vivem no passado. Costumam dizer sempre: “porque no meu tempo...”
Meu Pai, quanta gente por aqui vive mais presa ao passado do que ao presente e, sobretudo, ao futuro.
Tem gente que está mais com os pés na terra do que no mundo espiritual. Se pudessem, voltavam de mala e cuia para viver a mesma vida de antes.
Vida é renovação e somente é velho quem fica absorvido no passado e nas antigas ideias. Há gente que não quer enxergar que o mundo muda – e rapidamente.
Velho não sou. Velho nunca me considerei ser, sobretudo porque ouvia muito aos jovens, procurava aprender com eles, estar próximo de suas ideias e vontades.
Não quer dizer, absolutamente, que tudo que vem de jovem é bom e o que vem de velho é ruim, ou vice-versa, nada disso.
A juventude pode aprender com a sabedoria da idade e os mais maduros podem arejar as suas mentes com a pujança dos mais novos.
Sou um bom velho. A minha idade mental será sempre de uma criança se aproximando da adolescência. É a idade da descoberta, da imaginação, dos grandes sonhos, do entusiasmo total.
Prefiro que me chamem de criança inquieta do que de velho gagá.
São as ideias que representam o espelho da idade e não o tempo contado no corpo.
É isso aí!
Helder Camara

13.3.14


Manifestações de um polêmico
  Alamar pede Caridade à COBEM

Uma das coisas que o Espiritismo dá mais enfoque nos ensinamentos que nos passa é o nosso compromisso com a Humildade.
Ensina-nos que devemos ser humildes, para reconhecer os nossos erros, e que devamos recorrer sempre aos que sabem mais do que a gente, de preferência de cabeça baixa, a fim de que, resignadamente, possamos ouvir as orientações corretas, para que não voltemos nunca mais a cair no mesmo erro.
A COBEM, Casa de Oração Bezerra de Menezes, é uma tradicional e respeitável casa espírita de Salvador, Bahia, localizada à Rua Bezerra de Menezes, 91, no bairro de Brotas, na capital baiana, onde trabalha muita gente querida.
Geralmente quando fazemos palestras nas casas espíritas, é comum algumas pessoas pedirem os nossos contatos, principalmente os de internet, como e-mail, Facebook e essas coisas. Antes pediam MSN, que não existe mais, e Orkut, que já caiu da moda.
Em decorrência disto estreitamos amizades com várias pessoas, freqüentadoras dessas casas, que estão sempre nos trazendo as novidades. Só que elas gostam de falar tudo. 
Uma delas, que diz ter gostado muito da última palestra que eu havia feito lá, me passou uma informação dizendo que, ao tentar, junto com outras pessoas, perguntar por mim e sugerir que me convidassem a ir lá de novo, escutou da boca de um membro da diretoria, em público, que não atenderia a sugestão porque o Alamar é totalmente anti-doutrinário e que também representa um PERIGO para o movimento espírita.
Já que eu procuro ser muito cuidadoso, para não ser precipitado em absorver informações que me passam como sendo verdades, sem apurar bem o caso, perguntei à pessoa se não havia nenhum mal entendido. Ela simplesmente colocou em contato comigo mais outras seis pessoas, freqüentadoras da mesma casa, que estavam presentes no momento, a fim de confirmarem o fato, e confirmaram.
Ninguém tem nada que se aborrecer por fatos desta natureza, não é verdade? Mas também temos o direito à curiosidade e ao desejo de querer nos melhorar, daí recorremos a aqueles que fizeram algum comentário, geralmente por trás, para que falem, sem problema nenhum, pela frente a fim de nos apurarmos e corrigirmos.
Estou mandando agora, por e-mail, esta carta para a COBEM, como um pedido de ajuda, e passo para todos os meus amigos, para que a gente inaugure mais uma forma de relacionamento entre os espíritas, ou seja: transparência, verdade, dignidade, franqueza, decência, honestidade e todos aqueles indispensáveis valores que o espiritismo nos recomenda.
O bom senso e a dignidade recomendam que, toda vez que tivermos alguma restrição contra alguém, devemos primeiro dar conhecimento a esse alguém, das divergências verificadas, a fim de que se manifeste a respeito.
Então passo a carta ao conhecimento dos meus amigos:   

São Paulo, 25 de fevereiro de 2014.

De: Alamar Régis Carvalho
Para: Casa de Oração Bezerra de Menezes
Rua Bezerra de Menezes, 91 – Brotas, Salvador, Bahia.
Assunto: Pedido de Caridade.



         Prezados e queridos amigos:

Conforme todos sabemos, enquanto espíritas temos o dever de estender as mãos àqueles que nos pedem ajuda, no exercício daquilo que ostentamos em todos os centros espíritas: “Fora da Caridade não há salvação”.
Sei que espírita adora falar na Caridade e também tem muita afinidade em fazê-la para com o próximo, e é isto que eu quero pedir a vocês, que façam uma Caridade para comigo, que estou precisando muito e vou explicar o porquê:
Há uns dois anos, mais ou menos, eu fiz uma palestra aí na COBEM, casa cheia, levado que fui pelo nosso querido amigo comum Edvaldo Veloso, ex-presidente da Federação Espírita da Bahia e um dos mais notáveis espíritas desse estado.
Na parte final da palestra, assim como no final do evento, eu passei meus contatos, tipo email, MSN e telefones para várias pessoas freqüentadoras da casa, que me pediram, o que, naturalmente, fez nascer algumas amizades pelas redes sociais, que prevalecem até hoje. Inclusive o pessoal da divulgação daí me manda todos os informativos sobre as realizações da COBEM.
Conforme vocês sabem, as pessoas falam sobre tudo, não é verdade?
Então, diante disto, algumas têm me comentado recentemente (não foi uma só, foram várias pessoas), que recentemente alguém perguntou por Alamar e, em público, alguém, da diretoria da casa, havia dito para que as pessoas tivessem cuidado com o Alamar, porque ele é anti-doutrinário e é muito perigoso para o movimento espírita.
Confesso-lhes, sem aquela falsa humildade que é muito comum em muitos espíritas, que eu não fiquei aborrecido não, podem crer, pelo contrário, comecei a refletir comigo mesmo, numa linha de pensamento mais ou menos assim:
- “Poxa, se o pessoal da COBEM acha isto, logo a COBEM que é uma das casas espíritas as quais considero respeitável pelo seu histórico em Salvador, é provável que eu esteja mesmo equivocado em alguma coisa e de fato ando citando coisas anti-doutrinárias em meus escritos e palestras, e vivo mesmo sendo esse perigo enorme para o movimento espírita. Deu vontade até de ir na COBEM tomar uns passes e pedir umas orientações doutrinárias”.
Bom, já que não dá para ir à COBEM agora, porque moro em São Paulo, bem distante, e não posso correr o risco de continuar falando besteiras por aí, uma vez que continuo fazendo palestras em grandes centros espíritas aqui por São Paulo e por várias regiões do Brasil, sempre convidado, resolvi pedir esta ajuda por escrito, já que orientações podem ser dadas também desta forma, não é verdade?
Que os amigos da diretoria da COBEM me enviem uma carta (serve por email também) relacionando quais foram as minhas citações anti-doutrinárias, tanto através de palestras, inclusive a que eu fiz aí que provavelmente deve estar gravada, pelos meus artigos escritos ou por programas de televisão, para que eu possa me corrigir e nunca mais voltar a cometer o erro.
Mas peço-lhes, por favor: Que a disposição dessa relação de equívocos cometidos por mim seja de uma forma bem didática, para que eu possa apresentar para o Brasil todo ler e acompanhar o amor de vocês ao ajudarem a corrigir um companheiro que vive em equívocos que são prejudiciais à doutrina:
Erro do expositor: – No dia tal o expositor disse isto, isto e aquilo, através da palestra tal ou do artigo tal.
Base da contestação: - O expositor errou, porque o Espiritismo ensina ao contrário. Mas façam o indispensável enquadramento. 
Citem a questão de “O Livro dos Espíritos” assim como “O Livro dos Médiuns” e qualquer outro que compõe a base da doutrina espírita, inclusive a “Revista Espírita”, onde o equívoco cometido possa estar caracterizado.
Sei que não é toda casa espírita que costuma estudar a Revista Espírita, o que não é o caso da COBEM, e sei também que muitas até a têm, em suas prateleiras. Mas sempre sugiro que as pegue, limpem bem a poeira e vamos formatar o embasamento da contestação.
Tenho certeza de que a COBEM não terá dificuldade nenhuma em fazer isto e, também, pela sua tradição da prática da Caridade, jamais vai negar uma ajuda e apoio desse para Alamar, que precisa tanto, já que, por conta das maluquices que inventou em se disponibilizar a levar o Espiritismo para milhares de pessoas no Brasil, durante mais de vinte anos, terminou ficando conhecido por muita gente, fala para muita gente e não pode continuar representando perigo para o Espiritismo.
E quanto a afirmação de que represento um perigo para o movimento espírita, que, também, vocês coloquem quais foram as citações que fiz, acerca do movimento espírita, que não sejam verdadeiras. Ainda bem que não disseram que sou perigo para o Espiritismo que, conforme vocês sabem, são duas coisas distintas, né?
Que tal a gente raciocinar bem em cima dessa questão de “perigo”? 
Perguntemos a nós mesmos: Será que não existem práticas, hábitos, costumes, culturas, paradigmas, comentários às escondidas e até dogmas no movimento espírita que de fato representam perigo para o Espiritismo; aí sim, merecedoras de maiores cuidados de nossa parte? 
Topam a gente fazer um final de semana de debates aí na COBEM, isto é, se eu não tiver entrado no “índex” da casa, no estilo de um VERDADEIRO CONGRESSO, para debatermos aberta e claramente, sem medos e sem tabus, as práticas verificadas no movimento espírita? Não se preocupem, porque este Alamar, que é um perigo para o movimento, vai levar um vasto material documentado, inclusive muitas filmagens com imagens e sons nítidos, material inclusive produzido pelos próprios freqüentadores de diversas casas de vários locais do Brasil, inclusive algumas daí da Bahia. Não se preocupem porque faremos de tudo para que o padre Quevedo e outros verdadeiros detratores do espiritismo não tenham acesso às imagens, ficará só entre a gente mesmo.
Que tal a idéia?
Talvez seja até bom, quem sabe, para verificar o que realmente é perigo para o movimento espírita.
Nesse debate eu faço questão de estar com a Revista Espírita no ambiente, porque tenho quase certeza que vamos precisar abri-la, e, se possível, as obras básicas em mais de uma tradução, pra gente debater bem. Porque em caso de dúvidas sobre cada assunto argumentado, a gente abre na hora e verifica como fazia Allan Kardec.
Mas também gostaria muito que tudo fosse filmado, detalhadamente, para mostrarmos os resultados para todo o Brasil e até deixarmos para a história. 
Não é uma boa idéia?
Tenho certeza de que alguém da diretoria da casa certamente dirá: “É melhor não, vamos evitar polêmicas, porque polêmicas não constroem”.
Não é bem o que Kardec pensava, pois que ele jamais recusava polêmicas para tratar das coisas que dizem respeito ao Espiritismo e ao movimento espírita. (RE, novembro de 1858).
Só lembrando: Espírita que foge da polêmica e da discussão de idéias sobre a doutrina, sob o argumento citado do “É melhor não,...” finge estar agindo pacificamente, na presunção de uma paz e de uma humildade que não existem de fato, mas no fundo está mesmo é com medo de expor o seu desconhecimento da doutrina e a sua incapacidade de discuti-la, dado a um conhecimento, que todas as evidências demonstram, meramente superficial. Creio que este não seja o caso de tão respeitável instituição espírita. 
Mas... já que Kardec hoje não tem lá todas essas relevâncias no movimento espírita, creio que prevalecerá a costumeira fuga de buscar a realidade dos fatos.
Concluindo, meus amores: tenho muito a aprender com a experiência da COBEM, mas se desse pra gente trocar uma idéias ABERTAS, LIVRES e sem qualquer tipo de censura, acho que seria bom demais, quem sabe, para o Espiritismo.

Beijão a todos e fico na expectativa da resposta.


Alamar Régis Carvalho.

Este que jamais comenta nos bastidores aquilo que não possa falar em público.

Observação: Esta carta está sendo enviada, também, pelo correio, com aviso de recebimento, para que fique mais um documento, para consultas futuras.


Fica aí, então, para apreciação de todos. 
Abração.

                           Alamar Régis Carvalho
        Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA
                          alamarregis@redevisao.net 

12.3.14


Um novo desafio surge às religiões não-reencarnacionistas. 

         Os jovens da nova geração são na grande maioria adeptos da tese reencarnacionista. Já nasceram com esta convicção. Esta crença não é produto do ensino familiar ou educacional. É conseqüência apenas do raciocínio lógico da nova geração. Pesquisa presente na revista Época (Editora Globo), de 15 de junho de 2009, constata esta realidade, de cada 10 jovens praticamente 7 acreditam na reencarnação, ou, mais precisamente, a pesquisa informa que 67% dos jovens acreditam na reencarnação. No entanto, num paradoxo incrível, quase 100% dos jovens, para ser mais exato, 97%, adotam religiões não-reencarnacionistas! Reforçando, são reencarnacionistas, mas freqüentam religiões que não têm esta visão! Esta constatação leva-nos a duas reflexões:
a) As religiões não-reencarnacionistas precisam aprender com o raciocínio lógico dos jovens e adotar a reencarnação como um fato incontestável. Ou perderão seus fiéis da nova geração.
b) O Espiritismo, e também outras doutrinas reencarnacionistas, precisam se aproximar das doutrinas não-reencarnacionistas para levarem a elas – com humildade e respeito – a realidade das vidas sucessivas, pois o “campo está aberto”.
         Na condição de espírita, questionemo-nos: qual deverá ser nossa estratégia para num processo urgente e contínuo, cooperarmos com as demais religiões em relação à tese reencarnacionista?
         Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, afirmou que as religiões irão mudar pela base. Por exemplo, no catolicismo não será o Papa que irá decretar esta realidade reencarnacionista, mas, sim, os padres de cada paróquia, bem como no protestantismo os pastores protestantes tenderão a aceitar esta tese pela pressão dos seus adeptos. A pressão da mudança virá de “baixo” para “cima”. Fazendo com que um dia os líderes maiorais não tenham como fugir da realidade reencarnacionista.
         Cabe-nos, portanto, enquanto espíritas, nos aproximarmos da base das religiões, por exemplo, presenteando padres e pastores com os livros kardequianos, caso tenhamos liberdade para este tipo de atitude, sem ferir o direito de opção do outro. Além do que é fundamental que nesta nossa atitude estejam presentes a
fraternidade, a humildade e o profundo respeito à crença alheia. 
         Mãos a obra: presenteemos livros espíritas aos líderes de outras religiões.
         Alkíndar de Oliveira

11.3.14


CARNAVAL ALÉM DA MORTE

Amigos me escrevem perguntando a respeito de Carnaval além da morte – se existe, ou não existe?
Lamento informar aos seus aficionados que, pelo menos, nesse degrau da escada no qual, presentemente, nos encontramos residindo, o Carnaval é uma festa que já se encontra extinta.
Claro que, por outro lado, sem que tenham qualquer caráter enfadonho, temos reuniões festivas que nos motivam o espírito à alegria, pois parece até que a única festa popular, pelo menos no Brasil, capaz de motivar o homem à alegria seja o Carnaval – e não é bem assim!
Evidente, no entanto, que, na Terra imediata, para o espírito recém-desencarnado, que não logrou colocar o pé num patamar de superior compreensão da Vida, a folia continua...
Blocos e mais blocos de foliões fora do corpo, praticamente, prosseguem pulando no mesmo compasso daqueles que se esbaldam na avenida – e não somente na famosa “Sapucaí”!
Infelizmente, hoje, em qualquer cidadezinha do interior, o Carnaval de rua, quase sempre tocado a alguma espécie de droga, é uma epidemia de caráter obsessivo! E não estou sendo moralista, não! Vocês sabem que moralismo não é comigo – estou passando longe disto! A verdade, porém, lamentavelmente, é esta: carregando nos bolsos pílulas e preservativos, e outros adereços que não nos convém mencionar, não raro, cada folião de rua encarnado se faz acompanhar, no mínimo, por mais outro... desencarnado!
Nesta festa de origem pagã, de há muito, não existe mais nenhuma ingenuidade – se é que, algum dia, ingenuidade nela realmente existiu! Eu tenha cá as minhas dúvidas...
Se a coisa se limitasse ao desfile, à fantasia, ao samba e ao flerte sem excesso de sensualidade, na entronização do corpo como descartável objeto de prazer, tudo bem; não obstante, sabemos que não é o que acontece, e infeliz da ovelhinha, ou do carneirinho, que se entregar a esta matilha de lobos famulentos...
Eu não sei se vocês sabem. Chico Xavier costumava dizer aos amigos mais próximos que o livro “Libertação”, de André Luiz, psicografado, creio, em 1949, era para ser um livro muito mais extenso que as 263 páginas que o constituem – aliás, ele chegou a ser muito mais volumoso. Todavia, depois do livro pronto, aconselhado por Emmanuel, André Luiz retirou muito do conteúdo da referida obra, que, mesmo assim, ainda ficou extraordinariamente substanciosa.
Acontece que, segundo Chico, ao descrever a cidade dos “gregorianos”, localizada na Dimensão das Trevas, o autor de “Libertação” tinha falado sobre as orgias que, pela época do Carnaval, eram promovidas lá, com verdadeiras procissões pelas ruas conduzindo andores sobre os quais os “deuses” eram os símbolos fálicos – tanto o masculino quanto o feminino! Então, os espíritos, com quase nenhuma roupa, ou nenhuma – qualquer semelhança com a atualidade é mera coincidência –, bebendo e se drogando, praticavam atos libidinosos à vista uns dos outros, em completa promiscuidade...
Por isto, sinceramente, eu não saberia dizer se, pela época do Carnaval, esta turma sobe e se junta à da Crosta, ou se é essa turma que desce e se junta à das Trevas – talvez, subindo e descendo se encontrem na metade do caminho e façam aquele fuzuê!...
Agora, extrapolando um pouquinho, se durasse apenas três ou quatro dias, o Carnaval não seria nada – os seus prejuízos dariam muito trabalho, mas, por fim, seriam reparados! No entanto, pior que, em nosso país, de Brasília ao Rio de Janeiro, ele dura o ano inteiro!...
Com as exceções de praxe, que um amigo sempre me recomenda destacar, a folia dos encarnados é tão grande que não está precisando da folia dos desencarnados, não!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 10 de março de 2014.

10.3.14


Razão do Sofrimento

- Porque sofro demais é que estou aqui, por favor, me ajude, Dom Hélder.
- Calma, minha filha, vou ver o que posso fazer. Confie em Deus, Todo Poderoso, e as coisas podem se resolver.
- Não sei, Dom Hélder, tenho feito preces e mais preces e parece que Ele não me ouve.
- Ouve, sim, minha filha, mas Ele responde de seu jeito.
- Então, eu não ouvi ainda o que Ele quer me dizer, se é que disse alguma coisa.
- Minha filha, o que eu posso fazer por você enquanto Deus não responde de seu jeito.
- Dom Hélder, tenho duas filhas pequenas, de pais diferentes. Eles só queriam o “bem bom” e depois deixam a gente na rua da amargura. Elas, frequentemente, não têm o que comer, mas tenho como morar. Se não fosse uma puxadinha que minha mãe deixou eu fazer, eu estava morando era no meio da rua.
- Sei, imagino que sua vida seja de tormentos, mas o que eu posso fazer é falar com alguém que lhe dê um emprego e se tiver alguma coisa de alimento lá na dispensa podemos organizar um farnel, mas você tem que encontrar a causa do seu sofrimento para não sofrer mais. O que acha que lhe aflige tanto?
- Não sei, Dom. Eu queria alguém que me levasse a sério, que não quisesse somente dormir comigo e mais nada, mas eu não encontro.
- Será que você está procurando direito, minha filha?
- Tenho, Dom.
- Tem mesmo?
- Bem, eu tenho a minha graça e se me simpatizo com alguém dou bola para ele e aí...
- E aí vêem estas menininhas que nada têm a ver com as suas simpatias inconsequentes.
- Mas homem é tudo uma coisa só, Dom, não querem outra coisa, não querem responsabilidade.
- Não creio que são todos assim, acho que talvez você não esteja procurando direito, mas, por enquanto, o que vale mesmo é você procurar um emprego, que vou lhe ajudar, e tocar a sua vida. Quer um conselho?
- Diga, Dom.
- Dê um tempo para homem, pelo menos enquanto até as suas crianças crescerem um pouco mais. Você vai ter que priorizar a sua vida para elas de agora em diante.
- É mesmo, mas o que faço com as minhas carências?
- Troque por trabalho, dê em carinho para suas filhas, venha me ajudar nas tarefas por aqui, se quiser, o importante é colocar a sua atenção e energias em outras coisas, até tudo se arrumar.
- Sei não...
- Talvez esteja aí a razão de seu sofrimento, minha filha. Na vida tudo tem a sua hora e o jeito certo de fazer. Não será que você é muito impaciente e precipitada?
- Pode ser, mas todo mundo merece ser feliz, Dom.
- É certo que todo mundo tem direito a felicidade, mas não uma felicidade qualquer conquistada a qualquer preço. É preciso também pensar se a felicidade de hoje não será a infelicidade de amanhã.
- Parece que é o meu caso.
- !
- É, Dom. Vou seguir aos seus conselhos e dar um tempo, por enquanto, a homem, mas se aparecer um bem intencionado?
- Pense bem antes de fazer qualquer trela.
- Está bem!
Meus queridos irmãos, reproduzi acima um dos diálogos dos muitos que tive com os meus irmãos na nossa sacristia que me procuravam pedindo algum tipo de ajuda. Maioria das vezes, encarnava-se de teimosia e a imprevidência. Na vida é assim, o que a gente não pensa direito antes de fazer pode trazer consequências por muito tempo.
Pense nisso!
Helder Camara

9.3.14

Independente das valiosas e expressivas realizações que você não consegue produzir, torne-se uma  ponte   entre Deus e o seu próximo, com os  elementos  da boa vontade e da solidariedade.

Livro: Momentos de Decisão - Divaldo P Franco - Marco Prisco

8.3.14

A ESPADA E A CRUZ
(Versos a um amigo de outras eras).

Recordo-me de ti na arena ensanguentada,
Hábil gladiador, invencível e forte,
Que nunca vacilava ao decretar a morte
De quem se te opusesse à inclemência da espada...

Certo dia, porém, numa luta travada,
Ante um golpe mortal a transmudar-te a sorte,
Constrangido, por fim, a seguir outro norte,
Deixaste o corpo ao chão, de alma atormentada...

Correu o tempo e, então, voltando à antiga arena,
De teus crimes cruéis, notei-te noutra cena,
Sem mais arma na mão, amarrado a uma cruz...

Como mártir da fé, em rude expiação,
Aos alvitres da dor te fizeras cristão,
Aprendendo a viver e a morrer por Jesus!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 1º de março de 2014, em Uberaba, Minas Gerais).

7.3.14


Sonho Divino

Qual o homem na Terra que não sonha?
Ou melhor dizendo:
Qual o homem na Terra que não deveria sonhar?
Sonhar é um dos atributos dos nobres valores da alma. Serve para todo aquele que almeja ser mais do que é, estar mais além de onde está, sair do lugar comum.
Sonhar é imaginar-se mais, é pensar que pode mais, é saber que às alturas é possível chegar.
Sonhar faz parte da condição humana. Pelo que sei, os animais não sonham. Somente o homem possui esta capacidade formidável.
Eu sonhei ontem e sonho hoje. Amanhã, sonharei ainda mais. Mantenho-me vivo, creio, porque sonho, porque almejo estar num outro nível de coisas na vida. Tudo que fiz foi no intuito de mudar as coisas que achava errado e aí sonhava com algo melhor.
Era o sonho que me alimentava a alma.
O sonho, porém, deve ser real, não uma imaginação irrefletida.
Claro que o entusiasmo é necessário para materializar um sonho, mas é fundamental que você se pergunte se o seu sonho é algo possível ou apenas fruto da sua fantasia.
Sonhar com os pés no chão – eis o desafio.
Sonhar nas alturas, mas manter-se firme ao solo. Isto é sonhar com responsabilidade.
Mas cá entre nós, se o sonho não tiver uma pitada de imaginação irresponsável não é sonho, não é verdade?
Se os dois pés ficarem muito presos ao chão, não é preciso sonhar, então.
Todos os grandes seres da humanidade ousaram sonhar. E que sonho gigantesco alguns deles tiveram. Para aqueles que possuem até a alma presas ao chão tudo que os sonhadores falavam não passava de mero delírio.
Que ótima a imaginação criadora do Pai, não? Foi Ele que nos ensinou a sonhar. O primeiro dos seus sonhos foi o ser humano. Ele nos fez e determinou no seu sonho admirável:
- Esta minha criatura será feliz. Será feliz e perfeita, pois refletirá a Mim.
Que extraordinário o sonho do Pai, não?
Viver para sermos felizes e perfeitos como Ele é.
Este é o maior sonho da humanidade.
Serei feliz e perfeito como o meu Pai. Este é, portanto, o propósito de viver.
Pensemos nisto, meus caros, não paremos de pensar neste sonho de Deus.
Creio que é isto que o Nosso Senhor Jesus Cristo sonhou quando propôs, há mais de dois mil anos, que instalássemos o Reino de Deus na Terra.
É por este sonho que eu vivo.
É por este magnífico sonho que viverei na eternidade.
É por este grandioso sonho que você vai viver.
Fiquemos hoje todos embevecidos no maior sonho da Criação.
Helder Camara

6.3.14


Questão 292 do Livros dos Espíritos
 
    ÓDIO ENTRE OS ESPÍRITOS
    Existe ódio entre os espíritos, sim, mas, somente dentre os inferiores, que ainda alimentam as paixões que correspondem ao egoísmo. Foi por isso que Jesus desceu à Terra, por bondade de Deus, para trazer a mensagem de amor, no sentido de libertá-los dessa escravidão.
    O ódio, a inveja, o apego são forças negativas que pretendem empanar a verdade, mas, sendo ilusão, não conseguem. Disse o Evangelho que somente a verdade ficará de pé.
    Os espíritos superiores se esqueceram completamente do estado d'alma contrário à caridade. Não alimentam o ciúme, por não terem apego a ninguém e a nada. Não conservam o egoísmo, por serem desprendidos das coisas transitórias. Não têm orgulho, por terem entrado no esquema da humildade. Não mentem, por saberem que a verdade é luz de Deus que liberta as criaturas. Porém, quando trabalham no meio de almas infelizes, no que tange à inferioridade, eles não julgam nem maltratam, porque eles já passaram por caminhos idênticos.
     Sabemos porque na Terra não existe a felicidade. A humanidade que nela se encontra, mesmo as criaturas que se esforçam para melhorar, ainda deixam escapar do coração alguns reflexos de ódio para aqueles com quem não simpatizam, e os que desconhecem as verdades espirituais acham que a violência, que a inimizade, que o orgulho e egoísmo, devem formar o caráter do homem honrado.
    Nesse ambiente é que deixa de existir a solidariedade que fortalece a verdadeira fraternidade entre os povos. Já dissemos muitas vezes - e a repetição é consciente - que quando as nações adotarem o Evangelho de Jesus como Carta Magna para suas orientações, passando a viver a paz com o trabalho, a caridade como dever, e o amor como norma de vida, estarão plantando no mundo as sementes da felicidade de todos os povos.
    A Doutrina dos Espíritos tem a sagrada missão de fazer recordar o Evangelho na sua pureza primitiva, como soma de todos os esforços de muitos espíritos enviados por Jesus à face do planeta, cada qual fazendo brilhar, pelo exemplo, uma letra do Livro Sagrado. Todas juntas formam um sol, que aquece e dá vida a nações e povos.
    Somente entre os espíritos impuros há ódio, por desconhecerem o amor, mas, para tanto, existem mutirões de almas preparadas para que esse amor se estenda pelo reino humano. O culto do Evangelho no lar, sob a inspiração do Espiritismo, é capaz de levar a compreensão à família, e quando as famílias entenderem esse tesouro, a sociedade passará a reformar seus sentimentos, e a Terra tornar-se-á um paraíso.
    O Satanás, que as velhas religiões têm como inimigo, é o orgulho, o egoísmo e o ódio, chefes de tantos outros nascidos das suas presenças no coração das criaturas. O maior combate não é fora de nós; é, pois, na intimidade do nosso mundo interior. Se nos livrarmos desses inimigos internos, romperemos a sintonia com os inimigos externos.
    O céu, devemos repetir, sempre está dentro de nós. Vejamos que tesouro de luz foi dado por Cristo à humanidade, quando disse, sintetizando os dez mandamentos:
    - "Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a vós mesmo. Aí está toda a lei e os profetas."
    O amor isola o ódio e dá crescimento à presença de Deus e de Cristo no coração.

Livro: Filosofia Espírita VI - João Nunes Maia - Miramez

5.3.14


ENTREVISTA COM DOMINGAS

Com o propósito de continuar nos seus estudos sobre a Vida no Mundo Espiritual, fui, dias atrás, procurado pela nossa irmã Domingas, que, agendara uma sabatina comigo.
- Dr. Inácio – deu início à pequena entrevista –, se fosse hoje para definir o Mundo Espiritual, como o senhor o definiria?
- O Mundo dos homens desencarnados – respondi.
- O que o senhor pretende que os nossos irmãos encarnados compreendam com isto?!
- Que o Mundo Espiritual não é o mundo sobrenatural que muitos deles imaginam, ou, equivocadamente, depreendem das obras espíritas que leem.
- Como, então, definiria a Terra dos homens?...
- O Mundo dos homens encarnados – nada mais do que isto! Precisamos parar de fazer distinção entre espírito e homem, pois um não é mais que outro.
- O senhor diria que a Terra é um Plano Espiritual?...
- Sim, um Plano Espiritual no qual a matéria, vibrando numa frequência diferente, faz com que ele seja mais compacto. Simples assim. Energia é matéria e matéria é energia.
- Então, em geral, a Vida, além da morte do corpo carnal?...
- Sem tirar e nem por, é a sequência natural da Vida no corpo que se reveste do que, convencionalmente, se chama da “carne”.
- Convencionalmente?...
- O que é a “carne”, se não proteína, gordura e água?! Proteína, por exemplo, é um polímero natural formado pela reação por polimerização por condensação entre aminoácidos, unidos por ligações peptídicas – Hidrogênio, Nitrogênio, Oxigênio, Carbono, etc. Em trocados e miúdos: tudo é química – até a atração afetiva! – gracejei.
- O perispírito, também, seria “carne”?...
- A gosto do freguês! Tudo depende da terminologia que se convenciona. Esta questão de “encarne” e “desencarne”, tomada ao pé da letra, tem feito uma confusão danada... “Encarne” não quer dizer tão somente “em carne”, assim como “desencarne” não significa apenas “fora da carne”...
- Portanto, a rigor?...
- Perispírito e corpo físico, praticamente, têm a mesma constituição físico-química... A água, em estado, sólido, líquido ou gasoso, é H²O! A diferença está na forma de organização das moléculas!...
- Então?...
- Então, é isto: corpo carnal e perispírito, e, consequentemente, Mundo Material e Mundo Espiritual, é resultado de uma caprichosacombinação dos átomos!...
- Quando alguém está comendo carne?...
- Pensa que está comendo carne, mas, em verdade, está “comendo” moléculas que condensam determinado tipo de energia... Uma picanha não é uma picanha! Lamento acabar com o churrasco da turma...
- Quem bebe água?...
- Ingere, ou melhor, inala H²O – Hidrogênio e Oxigênio!
- Na Terra, a carne nutre a carne?...
- É protoplasma “comendo” protoplasma... O boi come o capim que nasce na terra, o homem come o boi e, por fim, a terra come o homem, usando-o como adubo para, de novo, fazer o nascer o capim!...
- Considerações finais.
- Eu não as tenho – tudo está começando! Principalmente, o conhecimento do espírita sobre o Mundo Espiritual! Lamento os que insistem em crer que aqui seja uma fumacinha, dentro da qual todos nós, os mortos, vivemos a volitar... Haverá prantos e ranger de dentes! Para quem não tiver dentes para ranger, a gente providencia um par de dentaduras!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 3 de Março de 2014.

4.3.14


Seu triunfo depende, exclusivamente, de você.
A vida retribui conforme recebe.
Há compensações em tudo.
O sol visita a flor e esta explode em perfume; a chuva refresca a terra e ei-la reverdescida, depois.
Dê a sua quota, mesmo que lhe pareça insignificante. Todavia, dando o máximo, você será compensado em paz e alegria, por haver feito o melhor.

Livro: Momentos de Decisão - Divaldo P Franco - Marco Prisco

3.3.14


Alegria de Viver

Estive sábado no desfile do Galo da Madrugada.
Quis ver a enorme euforia popular. Nunca me atrevi, quando no corpo físico, a ir para aquela multidão que, parece-me, a todo ano cresce mais.
Naquele mar de gente, como se costuma dizer, vi um pouco de tudo. Vi gente se drogando, vi gente roubando, vi gente se embriagando, outros se entregando aos prazeres do sexo, mas o que vi mais, o que vi abundantemente, foi muita alegria.
Meu Deus Pai, quanta alegria reunida. Quanta gente cantando feliz. Quanta gente fantasiada por fora e por dentro de alegria. Alegria de viver. Que festa maravilhosa para a alma humana.
Pais com seus filhos, namorados, famílias inteiras, amigos. Todos querendo brincar, dançar e cantar. Todos querendo se confraternizar. O ponto central era o frevo. Claro que havia diversas outras manifestações artísticas, mas o frevo era incomparável.
Esta minha passagem na Terra foi felicíssima. Nasci no meu Ceará querido, terra linda. Depois, tive a graça do Pai de ir para a Cidade Maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro. E este mesmo Pai, após tantos presentes, deu-me a oportunidade de viver no meu Pernambuco.
Pernambuco emociona a alma com a sua gente. Gente que se expressa de várias maneiras, mas uma em especial: pela alegria do frevo.
Quando toca um frevo rasgado parece mais que o povo inteiro entra em transe. É uma espécie de transe coletivo de alegria.
E o bom humor...
Fantasias irreverentes faziam a todos rir. Que criatividade magistral do meu povo. Estive lá e conferi.
Conferi, também, a homenagem sincera a outro não pernambucano de alma pernambucana, o meu querido amigo e irmão Ariano Suassuna.
Que alegria do povo em homenagear e reverenciar seu escritor maior. Aquela cabeça branca já sem cabelos encarnava a alegria de todos os pernambucanos na manhã e tarde de ontem.
O frevo fervilhava no centro do Recife, o galo imponente como sempre na ponte Duarte Coelho e o povo feliz da vida.
É esta alegria saudável que o nosso Pai quer ver na face de seus filhos. Deus é felicidade e amor. Deus não é tristeza e rancor. E onde se expressam os Seus sentimentos maiores é certo que Ele está lá.
Bom carnaval ao meu povo de todo o Brasil. Brinquem, porém, com moderação. Brinquem dentro do equilíbrio. Brinquem com a alma e a emoção. Brinquem com responsabilidade.
Sejam felizes!
Helder Camara

2.3.14


O Jogo da Vida

O futebol tem sido o centro das atenções de muita gente. Como o nosso povo gosta de futebol, muitos dão a própria vida pela emoção do futebol. É como se a sua existência estivesse diretamente relacionada às chuteiras do jogador do seu time do coração.
Quantas pessoas ficam tristes, verdadeiramente arrasadas, quando o seu time de futebol perde uma partida. Parece que a própria vida sofreu um terrível baque.
Já vi gente chorar, ficar aborrecido como se não mais devesse viver, porque seu time querido perdeu uma partida. Caia em depressão profunda até o próximo jogo. Chegando perto do novo embate as suas esperanças fluíam novamente e o semblante, pouco a pouco, resplandecia. Se vencesse, então, que maravilha. Sairia direto do fosso para as alturas.
Como pode uma pessoa dedicar tanto sentimento e emoção por um time de futebol?
Numa partida de futebol, para muitos, está o jogo da própria vida. Ali, ele se projeta. Ali, ele dedica tudo que tem e é. É uma aposta grandiosa, arriscada, é verdade, mas depois de tantos problemas na vida, é um jeito que se tem para aliviar tensões e decepções, colocando todas as suas fichas na vitória de seu time querido.
Vi muita gente chorar e querer morrer num domingo e brilhar de alegria infinita já na quarta-feira seguinte.
A vida não pode ser uma partida de futebol. As quatro linhas de um gramado não limitam a vida. A vida existe, literamente, além de uma partida de futebol.
O futebol implica em possíveis frustrações, já que seu time não vai ganhar sempre. Igualmente, no nosso dia a dia, devemos estar preparados para qualquer resultado que venha das nossas iniciativas. Se perder hoje devemos estar preparados para o próximo empreendimento, aprendendo com os erros cometidos, e jogando diferente, agora para ganhar. Nunca desanimar com uma derrota momentânea.
Se alguém atrapalha o seu time do coração, se alguém inadvertidamente apontou uma penalidade injusta e isto lhe causou prejuízo, releve, amanhã, noutra partida, você poderá ser beneficiado pela incúria do outro, quando é cometida sem querer, logicamente.
Um dia hoje, outro amanhã, mas sempre de esperanças renovadas. Como numa partida de futebol, o time pode melhorar, aperfeiçoar as suas jogadas e marcar um gol genial.
Na vida, meus caros, hoje você pode dar uma de perna de pau, mas amanhã ser reconhecido como um grande craque.
Tendo consciência disso tudo, procure fazer a sua parte, nunca desanimar, nunca deixar-se abater. Amanhã, sendo um novo dia, é oportunidade bendita dada pelo Pai Amantíssimo para começar tudo de novo e realizar uma grande partida.
Deus o abençoe sempre,
Helder Camara

1.3.14

Espaço para Florbela

ESTRABISMO

Numa noite sombria e de tristeza,
Mais escura que o abismo mais escuro,
Tomou conta de mim tal incerteza
Que planeei descanso prematuro...

Deixando-me levar à correnteza,
De desespero tormentoso e duro,
Cedi à tentação e, sem nobreza,
Fugi da vida em gesto que esconjuro...

Mas, a morte ansiada era egoísmo,
Fruto, talvez, de crônico estrabismo,
Com que sempre fitei a própria imagem...

Pois, a dor de ninguém é dor maior
Do que a dor de quem sofre ao derredor,
E prossegue vivendo com coragem!...

Florbela Espanca
(Soneto recebido pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública realizada no Núcleo Familiar Espírita “Mentor Amigo”, de Pechão, Algarve, na noite do dia 17 de janeiro de 2014, em Portugal).