15.4.14


OBSESSÃO ENTRE ENCARNADOS

Falando a respeito da obsessão entre encarnados, que, na minha modesta opinião, é a pior das obsessões, não estou querendo me referir à opressão de natureza física e mental que, de maneira impiedosa, certas pessoas exercem sobre outras.
Muito comum, por exemplo, nos depararmos com quadros de pais que subjugam filhos, e vice-versa, quanto de cônjuges que escravizam cônjuges no relacionamento que estabelecem...
Quando na Terra, tive oportunidade de me deparar com muitas situações assim, em que um espírito encarnado, praticamente, anulava o outro, impedindo o seu crescimento diante da Vida.
Uma mãe vampirizava tanto a pobre da filha, que, ao vê-las adentrando o meu consultório, eu tinha a impressão de que a dementada genitora sugava todas as energias da pobre menina, pela qual ela a todo instante chamava, impedindo que a garota saísse de seu raio de influência, ou que sequer respirasse sem a sua permissão...
Fiz o que pude para libertar a jovem daquela possessão afetiva, que, a cada dia, tornava-a mais debilitada, inclusive fisicamente, e que terminou por levá-la à pneumonia, vindo a desencarnar primeiro que sua perturbada mãe.
E o pior é que, então, criou-se tal dependência psíquica entre as duas, que, mesmo após ter desencarnado, a filha não conseguia se libertar da mãe que, poucos anos depois, igualmente veio a deixar o corpo ainda chamando, com insistência, por ela.
Quero, no entanto, através deste pequeno registro, alertar para outro tipo de obsessão que, com frequência, impera entre os que se encontram encarnados – obsessão, talvez, menos agressiva, porém não menos nociva do que aquela que mencionei entre uma senhora e sua filha única.
Trata-se de uma obsessão exercida à distância, apenas e tão somente pela força do pensamento que dispara na direção do alvo que pretende atingir...
Nesta espécie de obsessão entre encarnados, não raro, o obsessor age com plena consciência do que pretende na emissão de vibrações agressivas que, constantemente, emite na direção da vítima de sua inveja, de sua mágoa, de seu ódio...
Tais vibrações enfermiças, se não rechaçadas por quem, direta ou indiretamente, as esteja motivando, podem ir minando a sua resistência, fazendo com que, por exemplo, ele se veja dominado pelo desânimo na tarefa que cumpre.
De repente, sem explicação alguma, a vítima começa a se sentir tomado pela falta de disposição física, exteriorizando vários sintomas de doenças que, na realidade, não existem.
Então, procurando vários médicos, toma medicamentos sem necessidade de tomá-los, e, caso não venha a reagir contra tal estado de abatimento, de tanto somatizar as vibrações que recebe, pode, de fato, acabar dentro de um quadro patológico real.
Daí a necessidade de todos os que costumam despertar tais reações ao seu derredor – a alguns metros, ou alguns quilômetros de si – criarem, em nível de pensamento, defesas capazes de repelir as vibrações que desejam a sua queda e o seu fracasso.
A primeira providência para isto, evidentemente, é a de se tomar consciência de que os adversários estão sempre à espreita e dardejam vibrações negativas que mentalizam, sem pausa, contra quem querem prejudicar... A segunda providência é a de se esforçar no sentido de, sob qualquer hipótese, não lhes oferecer sintonia, criando, com base na prece e na prática do bem aos semelhantes, um escudo magnético de proteção em volta de si...
No mais, é deixar que as vibrações infelizes não encontrando receptividade da parte do destinatário, tornem ao seu anônimo remetente, cujo endereço elas conhecem, e, pela Lei de Causa e Efeito, ensinem a lição que lhe cabe aprender.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 14 de abril de 2014.

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