11.7.14

Depois da Porta

À fresta da porta, vislumbramos o outro lado. Parece sombrio, parece incerto, mas lá existe algo, do outro lado da porta.
Esforçamo-nos em ver mais, em saber o que está lá, detrás da porta.
Há pessoas? Certamente.
Há pássaros? Talvez.
Há o que fazer? É possível.
O que será que encontraremos depois da porta?
Olho mais uma vez pensativo e inquieto, afinal, o que esperarei depois da porta?
O invisível não há, penso. Deve haver algo maior, bem maior do que aqui, mas o que realmente?
A esperança é que depois da porta tenhamos mais vida, mais alegria, mais razão ainda para viver.
Depois da porta, devemos encontrar a paz tão desejada e sonhada pelos poetas e amigos da natureza.
Depois da porta, a solidão não mais, somente amor e paz.
Devo encontrar ao Pai depois da porta? Espero ansiosamente por isso. Há segredos que ainda não se podem revelar.
Ao passar pela porta, encontrei tudo isso e muito mais.
Venha, permita-se adentrar além da porta, mesmo que definitivamente não seja.
Lá, depois da porta, é a nossa eterna morada, mas não agora, certamente, pois há muito a fazer para estarmos definitivamente depois da porta ou, quem sabe, não mais existi-la para nós.
Enquanto isso, façamos por merecer um bom lugar, depois da porta. Nada de surpresas ou incômodos, somente alegria e bem-estar, tudo num só lugar, depois da porta.
Helder Camara

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