16.8.14

Este, André, é um domínio diferente. A percepção humana não consegue apreender senão determinado número de vibrações. Comparando as restritas possibilidades humanas com as grandezas do Universo Infinito, os sentidos físicos são muitíssimo limitados. O homem recebe reduzido noticiário do mundo que lhe é moradia. É verdade que tem devassado com a sua ciência problemas profundos. A astronomia terrena conhece que o Sol, por medidas aproximadas, é 1.300.000 vezes maiores que a Terra e que a estrela Capela é 5.800 vezes maior que o nosso Sol; sabe que Arcturo equivale a milhares de sóis, iguais ao que nos ilumina; está informada de que Canópus corresponde a 8.760 sóis idênticos ao nosso, reunidos; mediu as distâncias entre o nosso planeta e a Lua; acompanha certos fenômenos em Marte, Saturno, Vênus e Júpiter; sonda os milhões de sóis aglomerados na Via-Láctea; conhece as estrelas variáveis, as nebulosas espirais e difusas. E não param as observações humanas na grandeza ilimitada do Macrocosmo. A Ciência vai, igualmente, aos círculos atômicos; analisa a materialização da energia, o movimento dos elétrons, estuda o bombardeio de átomos e esquadrinha corpúsculos diversos. Mas todo esse trabalho, com a colocação das lunetas volts, ainda é serviço que apenas identifica os aspectos exteriores da vida. Há, porém, André, outro mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível. A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar ao nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos de êxito completo. Somente ao homem de sentidos espirituais desenvolvidos é possível revelar alguns pormenores das paisagens sob nossos olhos. A maioria das criaturas ligadas à Crosta não entende estas verdades, senão após perderem os laços físicos mais grosseiros. É a lei, que não devemos ver senão o que possamos observar com proveito.
 

Livro: Os Mensageiros - Francisco C. Xavier - André Luiz - Livro a venda

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