26.11.14

RELAÇÕES ENTRE ESPÍRITOS

Questão 274 do Livro dos Espíritos

Como há diferentes ordens de Espíritos, essa escala é obedecida, considerando-se a autoridade moral dos Espíritos Superiores sobre aqueles que se encontram na retaguarda.
O Espírito que responde à pergunta localizada neste capítulo fala que essa autoridade dos Espíritos Superiores sobre os inferiores é irresistível. Somente isso basta para compreendermos as leis espirituais que comandam uma vida de exemplos enobrecidos.
O grau de superioridade de uma entidade espiritual faz com que ela irradie, em todas as direções, uma força que sai da sua própria vida, a refletir nas vidas que a cercam. Negar esse comando é iludir a si mesmo. É qual a gravidade da Terra, que exerce sua ação sobre as coisas materiais. Ninguém pode contrariar as leis de Deus.
A escala dos Espíritos é infinita, e uns exercem comando sobre os outros, até chegar ao Todo Maior - comando central de toda a criação. Convidamos a todos para estudarmos juntos as leis do Senhor, computando experiências e guardando valores para a devida conscientização. Nós temos de chegar na condição do todo menor, que é o Espírito, porém conscientemente e por esforço próprio.
Se a sabedoria é um atributo do Pai Celestial, somos herdeiros do Senhor e temos o direito de saber aquilo que nos convém, pelas bênçãos do Todo Poderoso. Lembremo-nos de que Jesus é o nosso Mestre, que está sempre a nos instruir, por intermédio das anotações dos Seus discípulos.
O Espírito inferior respeita sempre o superior, mesmo em se tratando de almas encarnadas. Temos os muitos exemplos do que falamos; onde Jesus chegava, alguns dos seus contraditores, mesmo não concordando com as suas palavras, respeitavam-nas, e no íntimo ficavam fascinados por Ele. Era a autoridade moral do Mestre. Assim aconteceu com Buda, Francisco de Assis e tantos outros Espíritos Superiores enviados por Jesus à Terra.
O inferior usa de violência, por lhe faltar a força moral. O futuro irá nos mostrar essa verdade, pelos homens que governam as nações. Eles vão ser escolhidos pela força moral, e não porque falam bonito e usam a inteligência e as armas para pressionarem os mais fracos. O povo tem o governo que merece; se as coletividades "pedem", pela vida que levam, para ser dirigidas pela violência, a lei de justiça e afinidade lhes dá o que merecem. As sementes germinam pelos mesmos processos que foram geradas.
Os inferiores não têm poderes para se subtraírem à força moral, porque ela vem de Deus, e é, como responde o benfeitor espiritual ao Codificador, irresistível. Aos leitores desta obra, convidamos para se dirigirem aos que os cercam com essa força irresistível da moral, que os primeiros cristãos tinham com abundância, por beberem em fonte inesgotável: o Cristo.
Verificando-se os fatos na Terra, pode-se observar que todos aqueles que queiram e tentam subornar as leis pagam caro. Os contraventores são respondidos sempre com duras provas, no entanto, o Cristo está crescendo por dentro e por fora dos corações, ganhando terreno e ampliando seu comando, de forma que o amor domine como lei em todas as nações e em todos os povos, daí resultando na felicidade de todas as criaturas: as casas de detenção desaparecerão da face da Terra, os remédios para todos os males serão os alimentos, e os próprios hospitais transformar-se-ão em escolas, para conscientização de todas as almas em aprendizado. Eis aí o paraíso de que se tem notícia há muito tempo, e que a esperança nos mostra que não está longe, desde que olhemos para o futuro com os olhos de Jesus Cristo.
 

Livro: Filosofia Espírita - João Nunes Maia - Miramez

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