27.2.15

As Chaves da Felicidade

A triste realidade que ainda observamos nos faz ficar preocupados. Estatísticas recentes ainda demonstram enorme concentração de renda no planeta. Poucos detêm a grande maioria das riquezas e a grande maioria vive com o “resto” do que é produzido e dos bens.
Por que esta situação ainda persiste? 
Por que ainda permitimos que sejamos tão desiguais?
Por que não alteramos o curso das coisas?
Há, na raiz disso tudo, muito egoísmo – esta é a verdade.
Pergunto-me sempre, desde que estava aí entre vós, por que tamanha ganância? O que é que uma pessoa vai fazer com tanto dinheiro e patrimônio, sobretudo sabendo que há tantos sem nada?
Na verdade, já perguntava sabendo, de certa forma. O egoísmo era a primeira resposta imediata, mas também vejo que a noção de espiritualidade passa distante destas pessoas. Para elas, o que importa são as coisas materiais. O que as impressiona os sentidos.
Pois bem, como pensar num mundo novo se temos este quadro de egoísmo e materialismo?
Estas constatações nos faz pensar constantemente em tentar construir um mundo novo. Um mundo que seja com mais amor e com mais espiritualidade.
Se notarmos bem, vamos constatar que estas eram as mesmíssimas preocupações de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Primeiro, Ele nos ensinou a amar. Resumiu em seu mandamento maior tudo que deveríamos fazer para sermos felizes: amar a Deus sobre todas as coisas e, imediatamente nos conclamou: e ao próximo como a ti mesmo.
Portanto, devemos amar, mas amar de verdade para sermos felizes. Porque se amamos, vamos querer dividir o que temos para beneficiar ao outro já que não vamos precisar de tudo aquilo para ser feliz. Aliás, só iremos nos sentirmos melhores se enxergarmos a felicidade no nosso irmão de caminho.
Por outro lado, Jesus nos deu provas consistentes sobre a vida espiritual. Ele dizia sempre para que não esquecêssemos: a felicidade não é deste mundo.
Ora, pode ser que Ele se referisse a outro mundo, pode ser, mas certamente também se referia que o mundo que Ele imaginava, sem ódios, sem miséria, sem fome, sem desgraça alguma, “ainda” não era o nosso, aquele em que viva. Os valores espirituais aparecem como necessidade de transcendência do ser humano. A superação dele por ele mesmo. Naturalmente que o mundo espiritual, este que vivo, tem qualidades que o mundo físico ainda não possui, mas devemos trazer o que temos aqui para vocês. Este é o desafio.
Penso já que os homens precisam abandonar de vez esta ideia de que morreu acaba com tudo. Esta noção de limite de vida é terrível. Quando o ser humano pensar que vai continuar, que nada para, então ele vai pensar duas vezes naquilo que está fazendo, ah, vai.
Por esta razão, estou aqui nesta nova frente, toda semana, escrevendo coisas para elucidar, naquilo que posso, as mentes de vocês.
Acordem, meu povo, acordem! O tempo está passando.
Acordem para a vida espiritual.
Acordem para vida repleta de amor.
Estão aí, sem dúvida alguma, as duas grandes chaves para sermos felizes.
Fiquem em paz!
Helder Camara

Nenhum comentário:

Postar um comentário