3.3.15


FÉ E TRABALHO

Muitos irmãos e irmãs nos escrevem desesperados.
Afirmam, inclusive, que têm pensado em suicídio.
Sentem-se deprimidos, sozinhos, sem esperança...
Não se sentem amados!
Dizem estar sem ânimo até para sair de casa, atravessar a rua, fazer uma simples caminhada.
Muitos confessam terem se entregado ao alcoolismo.
Convém, no entanto, que procurem ter serenidade.
O que, na atualidade, anda reduzindo, espiritualmente, muita gente a frangalhos é a falta de FÉ e de TRABALHO!
Não estou me referindo àquela fé menor depositada nas pessoas em geral, nos governantes, nos líderes religiosos...
Não, absolutamente! Estou me referindo àquela FÉ MAIOR que nasce da consciência tranquila pelo dever cumprido – àquela que todo mundo carece desenvolver para consumo pessoal – àquele tesouro que, segundo Jesus, não é acumulado na Terra,“onde a ferrugem e os vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam”...
O mundo está repleto de ladrões de fé!
Daqueles que, vivendo à margem da Lei Divina, em tudo quanto fazem, e dizem, inspiram apenas descrença, apatia, desânimo, tristeza...
Daqueles que não nos apontam caminhos para o alto, mas sim atalhos para o abismo...
VOCÊ, QUE ASSIM ME ESCREVEU, COM CERTEZA, ESTÁ PADECENDO DA FALTA DE FÉ E DE TRABALHO!
Não estou também aludindo ao trabalho de ordem material – àquele trabalho em que, correndo somente atrás de dinheiro, e cada vez mais dinheiro, muita gente está enlouquecendo...
Parece-me que querem amontar para a sua próxima reencarnação – e é tanto o que ajuntam, surrupiando o alheio, que nem em cinco reencarnações tudo eles poderiam consumir! Não obstante, em uma só existência, eles se consomem a si mesmos, e por várias existências!...
O trabalho, pois, que anda faltando, não é bem aquele que, por vezes, deixa você na condição de um pai, ou de uma mãe, de família desempregado!
Não é aquele trabalho menor que, honestamente, lhe garante o pão cotidiano – abençoado!
É AQUELE TRABALHO MAIOR DE DOAÇÃO ESPONTÂNEA A UMA CAUSA NOBRE! A UM IDEAL DE NATUREZA SUPERIOR! A UM PROPÓSITO HORIZONTAL, e não exclusivamente vertical!!!
Irmão José, nosso preclaro Benfeitor, em uma de suas obras, escreveu com a sabedoria que lhe é peculiar: “Solidão é sinônimo de mãos desocupadas e alma vazia de Ideal.”
Procure, URGENTEMENTE, algo para fazer – “a fé sem obras é morta” – não se esqueça!
Voluntarie-se, AINDA HOJE, ao serviço da Caridade, e vacine-se contra o mal que lhe deseja possuir o espírito.
O único bem que podemos fazer a nós mesmos é o bem que fazemos aos outros!
Alicerce a sua fé em sua própria capacidade de amar aos semelhantes – ainda que em seu amor ao próximo haja muita nódoa de egoísmo, ame!
Ame, imperfeitamente, mas ame!...
O homem solidário jamais estará solitário!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 2 de março de 2015.

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