1.4.15

SAL da Terra – LUZ do Mundo
Nas jazidas na superfície terrestre ocorre o SAL-GEMA é o cloreto de sódio + cloreto de potássio + cloreto de magnésio, que são formadas por materiais provenientes de outras rochas e de restos de seres vivos .
cloreto de sódio, conhecido como sal ou sal de cozinha, é formada de um átomo de cloro para cada átomo de sódio. NaCl. O sal ele é essencial para a vida animal e é também um importante conservante de alimentos e um popular tempero. Cloreto de sódio é necessário para a sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os seres humanos. O sal está envolvido na regulação da quantidade de água do organismo. O aumento excessivo de sal causa risco de problemas de saúde como a hipertensão arterial.
(Mateus, 5:13) "Vós sois o sal da terra. e se o sal perder sua força, com que outra coisa se há de salgar? Para nada mais fica servindo, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens".
A Química nos ensina que onde quer que o encontremos, seja na terra ou no mar, ele é sempre o mesmo: inalterado, inalterável. Dotado de qualidades essencialmente conservadoras, mantém-se incorruptível, preservando, ainda, os corpos que com ele entram em contato.
Jesus quer que seus discípulos sejam como o sal: elementos preciosos, de grande utilidade na sociedade, tipos de honestidade, incorruptíveis e preservadores da dissolução moral no meio em que se encontrarem.
Para o sal exercer suas funções é preciso:
1.°) Ser misturado às substâncias alimentícias. Sem isso, não produzirá os efeitos desejados. Assim também o aprendiz dos ensinos de Jesus. Para atuar junto aos seus companheiros de jornada precisará conviver, participar das dificuldades e alegrias dos seus irmãos. "Deus fez o homem para viver em sociedade. O homem deve progredir, mas sozinho não o pode fazer porque não possui todas as faculdades: precisa do contato dos outros homens. No isolamento, ele se embrutece e se estiola" (questões 766 e 768, de O Livro dos Espíritos). O ser humano às vezes prefere se isolar, para evitar os problemas decorrentes do contato social. Mas o isolamento é egoísmo. Fugir do mundo só é válido para se devotar ao amparo dos infelizes, como fazem alguns abnegados. Há espíritas que preferem realizar seus estudos, fazer suas orações, no ambiente doméstico, evitando participar das sociedades espíritas, para evitar problemas de relacionamento, ou para não assumir maiores responsabilidades. Será que esse "sal" está cumprindo sua finalidade?
2.°) O sal é precioso, porém precisa ser usado na quantidade certa, com equilíbrio. Colocar muito sal pode estragar o alimento, tornando-o impróprio para o consumo. É o caso dos fanáticos, dos exagerados, aqueles que se distanciam da realidade, e que, em conseqüência, nada transmitem de útil. Pior ainda, pode até contribuir para o afastamento de outras pessoas do ideal religioso, devido a sua maneira inadequada de proceder. Empenham-se em pregar para os outros aquilo que elas mesmas ainda não conseguiram entender, e muito menos fazer. "Conhece-se a árvore pelos frutos que ela produz", ensinou-nos Jesus. Conhecemos o cristão pelo seu modo de ser e de agir, e não por aquilo que ele fala.
3.°) "Se o sal perder sua força e tornar-se insípido, para mais nada presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens". São as pessoas que cuidam mais da aparência, do que da essência. Estão mais interessadas no que os outros pensam sobre elas, do que em sua real situação. Mais interessados em prestígio, destaque social, do que em atender o objetivo da vida que é a evolução espiritual.
4.°) Finalmente, vale refletir que quando Jesus compara os aprendizes do Evangelho ao sal, está nos conclamando ao trabalho de nossa transformação moral, afeiçoando-nos aos seus ensinos. Ninguém dá o que não tem. E ninguém tem realmente senão aquilo que é. Para o discípulo de Jesus ser fator de preservação do bem, e contribuir para o progresso e desenvolvimento espiritual dos seus companheiros de jornada, naturalmente ele deverá ter desenvolvido, pelo menos uma boa parte desses valores em si próprio. Para a pessoa "fazer", ou "dizer", com autoridade é necessário "ser" alguém que já desenvolveu em si mesmo os valores que deseja incentivar nos outros. Nesse sentido disse Paulo: Mesmo que eu fale a língua dos anjos, isto é, que fale maravilhosamente bem, expressando conceitos e verdades profundas, "se não tiver caridade", ou seja, se não tiver desenvolvido em si o equilíbrio, o amor, a compreensão, tais palavras serão inócuas, como um sino: apenas um som vazio que a nada leva. Na página de Paulo, bastante conhecida e apreciada, fica claro que tudo o que ele faz, ou fala, só produzirá bons resultados, se for acompanhado de autoridade de quem já edificou em si os valores do bem. O sal para produzir os efeitos de sal tem que ser sal de verdade ou seja, guardar as propriedades que lhe são próprias. Assim também os discípulos de Jesus que desejamos ser.
Pedro de Camargo (Vinícius) no seu livro – Nas Pegadas do Mestre, comenta que o sal não se corrompe, mesmo em contato com a corrupção, e assim, diz ele, deve ser o cristão, ou seja – bom no meio dos maus; justo no meio dos injustos; probo no meio da iniqüidade; prudente no meio dos insensatos; altruísta no meio dos egoístas; virtuoso no meio de todos os vícios. Diz ele ainda: O sal nunca recebe; dá sempre. Misturai-o com o açúcar e esta torna-se salgada, mas o sal não adoça. O cristão, como o sal está no mundo para dar, e não para receber.
Podemos dizer, também, que o sal da terra deverá destacar a vida espiritual do homem. Não somos a matéria que compõem o nosso corpo. Usamos a matéria, mas não somos matéria. Dar ao homem a oportunidade de descobrir a sua espiritualidade, é condimentar a vida, dando-lhe sabor. Mas em tudo é preciso ter a medida certa, pois, assim como o excesso de sal estraga o sabor do alimento, o excesso deste sal da terra, pode tornar a vida intragável.
Mateus 5: 14-16 e Lucas 11: 33–36
Vós sois a luz do mundo. As anotações de Lucas vão um pouco além, porque ele acrescente: a lâmpada do corpo é o olho. Quando o olho é simples todo o teu corpo é luminoso.
Carlos Torres Pastorino, comenta: A luz tem como finalidade, tanto quanto o sal, servir aos outros, e não a si mesma. Para que a luz produza o seu efeito, é mister que esteja colocada no alto, e não escondida. No adendo de Lucas, Pastorino comenta: se os olhos forem simples, no sentido de limpos, puros, sem malícia, todo o corpo será luminoso. Se forem enfermos (maliciosos, maldosos), a criatura ficará em treva. Por exemplo: quando alguém vê duas criaturas se amando com simplicidade, sem malícia, admira o amor, tudo permanece em luz. Mas, se nesse amor, quem olha coloca malícia, o amor continuará a brilhar com pureza, mas a criatura que maldou será invadida pelas trevas da malícia que só existe nela mesma.
Del Chiaro comenta: A luz ilumina o ambiente. A luz referida por Jesus de Nazaré deverá iluminar nossa consciência e a consciência do mundo. Mas, para iluminar o exterior precisamos antes nos iluminar interiormente. Ainda há muita escuridão em nosso mundo interior. Quando o nosso olho é mal, vê maldade em tudo, até onde ela não existe.
Só o conhecimento superior da vida pode iluminar o nosso interior. A Doutrina Espírita é um excelente curso superior do conhecimento da vida.

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