12.5.15

ESPIRITISMO – POR ESTE MOTIVO

Espiritismo não pode ser – e não é! – uma religião como as demais, porque tampouco é somente doutrina religiosa.
Por este motivo:
- não deve se formalizar,
- preocupar-se com conversões,
- criar qualquer espécie de ritual,
- estabelecer censura ao pensamento alheio,
- valer-se de rótulos como, por exemplo, o famigerado “antidoutrinário”,
- almejar uniformidade de opiniões,
- menosprezar a crença de quem seja,
- crer na infalibilidade dos comunicados de além-túmulo que constam de suas Obras, e que, consequentemente, elas não necessitem de ampliação,
- pretender a hegemonia espiritual,
- evocar para si a “propriedade” do Mundo dos Espíritos,
- admitir a superioridade de seus “guias”,
- supor que os seus adeptos estejam na vanguarda do progresso moral da Humanidade,
- aceitar que os seus tarefeiros encarnados sejam espíritos investidos de transcendente missão, que se sobreponha à daqueles que militam em outros setores no bem da coletividade,
- fomentar ilusões quanto à rápida generalização de seus Princípios,
- fazer acreditar que nada mais exista para ser revelado,
- permitir que os seus seguidores ignorem a necessidade de sua constante renovação íntima,
- pontificar de cátedras de um falso academicismo,
- aplaudir a generosidade que, em todos os que lhe abraçam os postulados de fé, não passa de simples dever a cumprir,
- habilitar médiuns com diplomas e troféus, comendas e medalhas,
- concordar em que a vaidade e o personalismo prevaleçam em suas supostas lideranças,
- impor suas próprias convicções à liberdade de escolha das pessoas,
- desvendar, com minúcias, o passado, como quem possua alguma autoridade para se imiscuir no destino alheio,
- participar de excomunhões intramuros,
- empreender, em nome de uma chamada “pureza doutrinária”, cruzadas que objetivem alijar companheiros do trabalho sincero,
- endossar a arbitrariedade ridícula de dirigentes que estejam à frente de Grupos, e que não possuam o menor senso de autocrítica...
O Espiritismo verdadeiro, que é o Cristianismo genuíno, não deve, sob pena de lamentáveis equívocos, consentir que nenhum de seus tutelados se esqueça das sábias palavras do Cristo: “... quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva.”
Porque, de fato, todo aquele que quiser tornar-se grande sem apequenar-se no espírito de serviço, não servirá para fazer a maior grandeza do Espiritismo.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 11 de maio de 2015

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