23.7.15

MEMORIZAÇÃO

Questão 306 do Livro dos Espíritos
   
  É de grande interesse da alma os pormenores das suas vidas passadas, se isso lhe fizer bem, no futuro ou no presente. Há, por assim dizer, um comando geral em todas as nossas pesquisas e mesmo nas nossas vontades.
  Sobre o "pedi e obtereis" do Evangelho, é preciso que se saiba o que é pedir, como pedir e o momento de pedir. Sempre a vontade de Deus irradia-se em tudo e em todas as criaturas.
  Não devemos ter pressa em saber o que fomos no passado remoto de muitas existências. Há fardos que ainda não se encontram preparados para serem abertos; são jugos complicados, que a própria natureza, como já dissemos, abri-los-á, quando as lições puderem ser assimiladas.
  A memorização da consciência é perfeita; tudo ela guarda no seu arquivo interno, de maneira que escapa às análises dos próprios sábios. Quando se fala em consciência, a idéia de muitos a compara com um livro. É completamente diferente. Se compararmos com um computador, ainda assim é fraca a imagem.
  A consciência nos fala pela luz divina, que nos mostra a sensibilidade de Deus como um dos seus perfeitos atributos de vida. Ela guarda todos os acontecimentos, no macrocosmo e no microcosmo, com a perfeição com que o Criador Se manifesta.
  Jesus nos ensinou a memorizar as qualidades superiores, e manifestou todo seu interesse na melhoria dos homens, tanto que deu a Sua própria vida para que vivêssemos na plenitude das recordações da Sua existência, quando estagiou, por pouco tempo, na Terra.
  O Espírito; quando tem condições espirituais, pode recordar suas vidas passadas, mas, nem sempre se interessa por isso, e o texto bíblico nos ensina muito, em seu simbolismo, quando nos revela que a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal.
  Não devemos paralisar nossas atividades em recordações improfícuas, para não estacionarmos no tempo, desperdiçando-o, quando poderíamos semear em terreno bom, para colhermos frutos enobrecidos.
  Se despertarmos logo para Jesus, seremos agraciados por Deus. Agraciados, queremos dizer, é receber a graça do trabalho nobre e da oportunidade santa de modificar nossos sentimentos ao nível dos sentimentos do Divino Mestre.
  Comecemos hoje mesmo a memorizar as qualidades benfeitoras da vida; pesquisemos a natureza e copiemos essa expressão de Deus que sempre nos ensina a viver. Se já lemos com atenção sobre a vida de Jesus, tornaremos a fazê-lo, que Ele é o sol da humanidade. Sem o Seu aquecimento estacamos no gelo das indiferenças. Quem se esquece do Cristo nas suas andanças, perde o poder da alegria, e esquece o modo divino de amar.
  As marcas que o Senhor nos deixou na Terra, todas elas falam da caridade em todas as suas divisões, mostrando a todos e dando exemplos para que possamos fazer o mesmo.
  Estamos finalizando mais um volume sobre "O Livro dos Espíritos", oportunidade essa que nos foi oferecida pela misericórdia do Divino Mestre, de estudarmos essa obra de grande relevância moral e espiritual, com todas as conseqüências científicas, bastando ter olhos para ver.
  "O Livro dos Espíritos" é força basilar da Doutrina Cristã, e as entrelinhas desse celeiro de bênçãos, que passou pelas mãos santas de Allan Kardec, têm o perfume que sempre exala de Jesus Cristo, pela Sua pureza de conceitos e pela Sua firmeza de caráter.
  Que Jesus nos abençoe, para sermos fiéis aos nossos deveres no que se refere a algumas palavras sobre "O Livro dos Espíritos", que encontrou seu berço na França, e sua amplitude geradora na Terra de Santa Cruz.
  Recordar Kardec é sentir Jesus no coração e Recordar Jesus é viver com Deus na consciência.


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