Adeus!
O que significa um
adeus?
Significa que não vamos
mais ver aquela pessoa ou que não a veremos tão
cedo.
É o adeus, por esta razão,
que nos proporciona a saudade. O simples fato de não vermos mais alguém que
amamos nos dá esta sensação desconfortável e expressamos no adeus este momento
de partida.
Adeus, no entanto, pode
significar até logo, até um dia. Quando se sabe que vamos encontrar aquele que
os despedimos.
É assim que ocorre, também,
com os que chamamos de mortos.
A morte não existe – já
afirmei isto mil vezes. A morte é uma ilusão, uma ilusão, algo que imaginamos
ser a nossa destruição total, mas não é, é uma renovação total. Renovamos para
entrar numa nova vida, a vida espiritual.
Esta concepção verdadeira,
absolutamente verdadeira, é ignorada por muitos que sequer pensam na hipótese da
imortalidade. É mais fácil para elas argumentar que a vida depois da morte não
existe, que não há provas suficientes para afirmar isto, pois tudo que lhe
colocam às mãos é rejeitado com alguma desculpa lógica ou, pelo menos, que
satisfaça às suas argumentações.
O que acontece, porém,
quando se desperta no mundo espiritual e se percebe que a ilusão não era bem
ilusão, que tudo continua a existir?
Esta constatação é muito
comum por aqui, além do que poderia imaginar.
As pessoas pregam uma tese,
mesmo as imortalistas, mas não vivem de acordo com ela. Fixam-se no mundo da
matéria e enriquecem os seus sentidos e necessidades com aquilo que está
presente agora. Ora, a imortalidade sendo um fato deveria ser vivenciada todos
os dias, dos pequenos aos grandes atos. Mas não, esta ideia ainda é uma
abstração, mesmo para os mais avançados no pensar.
Os que se posicionam como
materialistas dão um trabalho enorme no mundo do lado de cá. Eles continuam
afirmando, muitos deles, que não morreram, que continuam vivos, mas na matéria,
em algo que eles não conseguem descrever direito, mas que continuam com sua
mentalidade terrestre inalterável. Mudam, sob a força das circunstâncias, quando
encontram alguém que já partiu antes. Aí então a mente entra em
ebulição.
Os nossos irmãos espíritas
têm esclarecido bastante sobre esta vida pós-morte. Seus conselhos, suas
ilustrações sobre este aspecto da vida, deveriam ser motivo de reflexão de toda
gente, independentemente da religião, e por um motivo bem simples: o que temos a
perder em escutá-los?
Acho que só teremos o que ganhar.
Pois bem, este existir
pós-físico nos remete a experiências variadas, experiências absolutamente
gratificantes, experiências que jamais imaginaria
passar.
Em tudo fica clara a
presença da mão de Deus nas nossas vidas. A Sua presença se faz nos mínimos
detalhes da criação e aqui posso “tocar” nele por uma experiência que não
poderia descrever para vocês, a experiência do sentir
Deus.
É Ele que preside todos
estes movimentos, que nos faz ver que a vida, efetivamente, é de grande
abundância, conforme prometido por Jesus.
É esta constatação que nos
faz mais felizes, mais dispostos para a vida, mais animados para o que der e
vier, sobretudo porque não necessitamos dar adeus em definitivo para os nossos
mais chegados, mas um adeus de até breve. É este adeus que devemos cultivar nas
nossas relações diárias.
Até daqui a
pouco!
Helder
Camara
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