7.8.15

A morte não é adeus

Adeus!
O que significa um adeus?
Significa que não vamos mais ver aquela pessoa ou que não a veremos tão cedo.
É o adeus, por esta razão, que nos proporciona a saudade. O simples fato de não vermos mais alguém que amamos nos dá esta sensação desconfortável e expressamos no adeus este momento de partida.
Adeus, no entanto, pode significar até logo, até um dia. Quando se sabe que vamos encontrar aquele que os despedimos.
É assim que ocorre, também, com os que chamamos de mortos.
A morte não existe – já afirmei isto mil vezes. A morte é uma ilusão, uma ilusão, algo que imaginamos ser a nossa destruição total, mas não é, é uma renovação total. Renovamos para entrar numa nova vida, a vida espiritual.
Esta concepção verdadeira, absolutamente verdadeira, é ignorada por muitos que sequer pensam na hipótese da imortalidade. É mais fácil para elas argumentar que a vida depois da morte não existe, que não há provas suficientes para afirmar isto, pois tudo que lhe colocam às mãos é rejeitado com alguma desculpa lógica ou, pelo menos, que satisfaça às suas argumentações.
O que acontece, porém, quando se desperta no mundo espiritual e se percebe que a ilusão não era bem ilusão, que tudo continua a existir?
Esta constatação é muito comum por aqui, além do que poderia imaginar.
As pessoas pregam uma tese, mesmo as imortalistas, mas não vivem de acordo com ela. Fixam-se no mundo da matéria e enriquecem os seus sentidos e necessidades com aquilo que está presente agora. Ora, a imortalidade sendo um fato deveria ser vivenciada todos os dias, dos pequenos aos grandes atos. Mas não, esta ideia ainda é uma abstração, mesmo para os mais avançados no pensar.
Os que se posicionam como materialistas dão um trabalho enorme no mundo do lado de cá. Eles continuam afirmando, muitos deles, que não morreram, que continuam vivos, mas na matéria, em algo que eles não conseguem descrever direito, mas que continuam com sua mentalidade terrestre inalterável. Mudam, sob a força das circunstâncias, quando encontram alguém que já partiu antes. Aí então a mente entra em ebulição.
Os nossos irmãos espíritas têm esclarecido bastante sobre esta vida pós-morte. Seus conselhos, suas ilustrações sobre este aspecto da vida, deveriam ser motivo de reflexão de toda gente, independentemente da religião, e por um motivo bem simples: o que temos a perder em escutá-los? Acho que só teremos o que ganhar.
Pois bem, este existir pós-físico nos remete a experiências variadas, experiências absolutamente gratificantes, experiências que jamais imaginaria passar.
Em tudo fica clara a presença da mão de Deus nas nossas vidas. A Sua presença se faz nos mínimos detalhes da criação e aqui posso “tocar” nele por uma experiência que não poderia descrever para vocês, a experiência do sentir Deus.
É Ele que preside todos estes movimentos, que nos faz ver que a vida, efetivamente, é de grande abundância, conforme prometido por Jesus.
É esta constatação que nos faz mais felizes, mais dispostos para a vida, mais animados para o que der e vier, sobretudo porque não necessitamos dar adeus em definitivo para os nossos mais chegados, mas um adeus de até breve. É este adeus que devemos cultivar nas nossas relações diárias.
Até daqui a pouco!

Helder Camara

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