3.8.15

Novo Amanhã

Através dos tempos, aprendemos a não evocar os espíritos. A comunicação espiritual era vista como algo proibido e que poucas pessoas poderiam lidar com isso. A ignorância popular aceitou este argumento durante muito tempo, embora tivesse sobre si experiências diárias que não poderiam ser  desconsideradas.
Ao mesmo tempo que aumentava a proibição de comunicação com os mortos, eles continuavam a participar da vida dos homens. A inspiração para a elaboração de um texto, uma ideia original, uma peça de música, ou outro invento qualquer, tinha, na sua origem, o dedo dos espíritos.
A humanidade, portanto, nunca esteve sozinha, os espíritos, de uma forma ou de outra, estiveram no cotidiano de todas as pessoas. Como ontem, eles hoje batem à porta das pessoas mais sensíveis para apelar para o que está por vir.
Os tempos são chegados – repetimos o anúncio oficial declarado por Jesus.
O que se passa no planeta, senhores, é uma grande transformação, algo inusitado na história mundial, haja vista de que o que se avizinha modificará por completo o estado de ser das coisas.
Quando repetimos continuamente este propósito é porque temos consciência da responsabilidade de cada pessoa neste contexto e, portanto, quem ler estas palavras se tornará um agente desta mensagem de mudança.
A mudança de era quebrará todos os paradigmas vigentes, tornará a humanidade refém de outros princípios sem os quais nada poderá avançar.
É natural que ocorram resistências e elas são esperadas, mas não se manterão porque o redemoinho de transformações não deixará, conforme já foi dito, pedra sobre pedra.
As mudanças acontecerão em todas as frentes do saber e das práticas humanas.
Na política, em particular, teremos a renovação dos princípios onde o homem sustentará a ética da responsabilidade coletiva, da honestidade sem precedentes, do compromisso democrático, do fortalecimento das instituições para o bem comum.
A economia, seguindo os passos das decisões políticas, se inclinará para dar ascensão aos processos de inclusão produtiva e renovarão as concepções de mais valia ou egoísmo exacerbado na auferição de lucros. Ao contrário, as equações econômicas verificarão as economias mais frágeis porque se entenderá que não haverá desenvolvimento sustentável se não ocorrer o fortalecimento das economias locais. O dinheiro será bem visto, como sempre, mas não se matará por ele, não será ele o protagonista das relações econômicas, a principal moeda de troca será a solidariedade, o lucro sustentável, o bem de todos.
Estas mudanças se farão presentes em tratados internacionais, em acordos de cooperação, em reflexões mundiais que apontarão a falência do modelo vigente, como já é anunciado hoje por parcelas significativas da intelectualidade mundial que já percebeu que o modelo de isolacionismo de um grupo de países ricos a manipular a maioria de países pobres já não porque existir.
Sejamos construtores desta nova realidade no dia a dia.
Sejamos ativos defensores destes novos princípios.
Sejamos coadjuvantes destas transformações a partir de nosso comportamento individual e onde estejamos inseridos.
Ninguém ficará de fora destas transformações, sob pena de ser excluído definitivamente deste mundo de redenção que somos convidados a edificar pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Novos olhos sobre o amanhã serão indispensáveis aos trabalhadores da última hora.

Joaquim Nabuco

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