3.8.15

O Assassinato de Cecil

Um sentimento feriu a humanidade em cheio esta semana: a morte selvagem do leão Cecil.
Que brutalidade!
Que falta de sensibilidade!
Como podemos, nos dias de hoje, ainda permitirmos a caça de animais, que beleza há nisso? É o exercício da aparente superioridade do homem sobre os demais animais?
Que nada! Isto é um absurdo. É falta de humanidade, isto sim, porque tudo que há vida deve ser respeitado, mas existem ainda muitas pessoas que pensam que estão vivendo a época das cavernas.
Que cena triste e cruel. Almejado por flecha e depois assassinado friamente. Onde está o sentimento de humanidade de uma pessoa desta?
Ainda bem que os protestos foram praticamente unânimes.
Todo o planeta se reuniu para dizer da sua insatisfação com este crime. Ele, na realidade, veio nos lembrar do quanto existe de selvageria por parte de alguns humanos. Este assassinato covarde foi noticiado e, portanto, acompanhado por milhões e milhões de pessoas, mas como ficam aqueles cometidos no anonimato?
Um crime contra a natureza representa um crime contra o próprio homem, todos os homens. Necessitamos, de uma vez por todas, nos sentir parte incluída neste todo, porque efetivamente não estamos fora dele.
O protesto ressoou de tal forma que já abalou a convicção de caça nos países que autorizam este crime bárbaro. É um sinal de avanço humano que abomina estas práticas ultrapassadas e sem propósito.
É o sentimento de humanidade ampliada que ganha espaço no coração da maioria. Mas há outros crimes bárbaros que o ser humano ainda comete e não percebe.
O que pensar da imensa quantidade de bois e outros animais domésticos que são assassinados para refestelar as nossas mesas?
Como não vemos a cena do crime, nem passa pela nossa cabeça os maltratos sofridos por aquelas criaturas de Deus. São, igualmente, assassinados de maneira cruel e covarde.
Uma esperança está solta no ar: as crianças, a nova geração.
Esta turminha que chega à Terra, muitos deles, não têm mais os vícios dos antigos e consideram um crime de grande impacto o assassinato de animais. Aprendamos, portanto, com eles, os heróis da nova geração.
Tenhamos piedade e bom senso.
Acreditemos, de verdade, que todos somos filhos de Deus e merecemos enorme respeito. Eles, infelizmente, não têm como se defender, mas nós temos absoluta condição de defendê-los. Façamos, portanto, a nossa parte.

Helder Camara

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