17.8.15

Pensamento e Vontade

Os passos que seguimos na vida são variados. Tudo provém da nossa vontade. O passo representa a ação deliberada de querer ir para algum lugar, aonde ir, porém, deve ser objeto permanente de nossas preocupações.
Pode-se ir para qualquer lugar, mas será que aquele lugar é o melhor que devemos seguir?
A isto, temos o pensamento a nos guiar.
Pensamento e vontade são, portanto, os grandes balizadores da nossa existência. No que pensamos, agimos, mas a vontade é algo que nos impulsiona, quase que passa por cima dos nossos pensamentos.
Será porque temos vontade é algo que devemos fazer?
A vontade expressa o que está no nosso íntimo, é a nossa inclinação natural, a tendência espontânea do que queremos fazer. De certa forma, a vontade expressa os nossos pensamentos mais sagrados. É como se já pensamos e decidimos numa velocidade rapidíssima.
O controle dos pensamentos nos dá a possibilidade de tomar outras direções na vida, ou melhor, a reflexão do que devemos fazer.
Esta dicotomia aparente resulta da nossa incapacidade temporária de discernir sobre o que seja melhor para nós. Quando almejamos algo que não nos seja interessante, mas ainda assim desejamos é porque os nossos impulsos ainda caminham nesta direção e somente estarão satisfeitos se atendermos a eles.
Impulso e vontade parecem ser a mesma coisa, mas um depende do outro para agir. O impulso é o descontrole da razão, mas se estiver bem orientada segue-a igualmente.
No dia a dia, muitas vezes, temos pouco tempo para realizar este discernimento. Apenas reproduzimos num automatismo louco. Aí depois é que vamos analisar se aquilo foi bom ou ruim.
É claro que podemos fazer escolhas que não sejam acertadas, mas isto deve representar sempre o resultado de um processo de reflexão. A decisão sai como consequência disto tudo.
Não é fácil para a maioria das pessoas tomar decisões consoantes à vontade de Deus. Jesus, pelo que sabemos, é que foi este protótipo que nós devemos seguir.
É certo, também, que somente haveremos de aprender, na maioria dos casos, após errarmos. Mesmo impulsionados pela vontade incontida. Pronto, está feito, e agora? Perguntamos.
Analise os resultados, verifique se é o melhor para você, se aquilo lhe convém e depois continue ou volte atrás, se for o caso.
Não podemos, porém, jamais, é deixar de aprender. Aprender a discernir o bem do mal. Aprender com nossos próprios erros. Aprender a saber o que seja melhor para os nossos propósitos elevados de vida. Aprender a sintonizar-se com Deus Pai.
Vamos ainda errar e muito neste caminho de encontro com nós mesmos. É natural e necessário. O que não pode acontecer é permanecer deliberadamente naquilo que não nos faz encontrar com Deus, com o melhor da nossa natureza.
Em paz com as suas decisões,

Helder Camara

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