5.11.15

Evocação à Vida

Que dizer dos mortos? Eles vivem.
No dia que é consagrado aos finados, tenho a dizer que tudo isto segue a uma tradição de termos boas lembranças de nossos antepassados.Tenhamos, porém, consciência de suas condições atuais.
Os mortos não vivem nas catacumbas, vivem nos céus. Estão em toda parte e são seres como nós, aliás, os mortos somos nós que apenas não possuem mais os seus corpos carnais.
O contato com os mortos se faz diariamente, nunca cessa. Quando estamos pensando em fazer algo é normalmente neste momento que somos influenciados por eles, para o bem ou para o mal. Não há meio termo na Criação, tudo acontece numa perfeita interação entre os dois ambientes da vida. Seja a pessoa quem for ela estará sempre em interação com os chamados “mortos”.
Neste contexto, tenho que dizer que a morte é uma grande falácia. É uma falácia porque o que existe por toda parte é vida e como disse o Nosso Senhor Jesus Cristo, em particular para quem o seguisse, que há vida e vida em abundância. Não esqueçamos jamais disto.
A morte é, portanto, uma breve passagem para o outro lado da vida e continuaremos sendo exatamente os mesmos que sempre fomos, sem tirar nem por.
Vivemos a vida espiritual e nos expressamos quando podemos. Estamos em espírito e possuímos as mesmas necessidades que antes possuíamos quando estávamos no corpo físico.
No dia reservado aos finados, façamos uma evocação à vida, a vida verdadeiríssima, que é a vida espiritual, a vida que resiste a tudo.
Continuemos a “abraçar” os nossos mortos na carne, mas vivíssimos em espírito, sabendo naturalmente que o ambiente dos cemitérios representam, tão somente, um ponto convergente desta reverência, mas que esta homenagem e relacionamento ocorrem todos os dias e todas as horas e em todos os lugares.
Reverenciemos a vida, a vida maior, a vida permanente, a vida de verdade.
Saudemos a vida e agradeçamos sempre ao Pai por isso, pela vida incessante e plena.

Helder Câmara por Carlos Pereira

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