31.7.15

TRABALHO
 "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai obra até agora, e eu trabalho também." (João, 5:17.)

    Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas.
    Quase todas pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido.
    A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho.
    Os que varrem as ruas querem ser comerciantes; os trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade.
     O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida.
     De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênito de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro.
    Mas Jesus veio arrancar-nos da "morte no erro". Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida.
     Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecivel dedicação à Humanidade.
     Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando.
    Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?


Livro Evangélico Espírita: “Caminho, Verdade e Vida”. - Francisco C. Xavier - Emmanuel

30.7.15

Questão 307 do Livro dos Espíritos
  LEMBRANDO O PASSADO
  
  Lembrar-se do passado é uma arte, senão um dom, que pode se desenvolver de acordo com as necessidades da alma.
  A natureza, acionada pela força de Deus, não perde tempo: ela ajuda na semeadura e serve de agente na colheita, quando isso é necessário ao Espírito. Precisamos entender essa ciência, porque ela nos ajuda a viver melhor, mostrando-nos os caminhos da felicidade.
  A nossa consciência grava tudo, todos os fatos que ocorrem conosco em todas as reencarnações, por processos tais que o homem, cuja percepção ainda não foi suficientemente desenvolvida, não consegue compreender.
  Quando o Espírito precisa lembrar-se de alguma coisa para o seu benefício, o instrumento para tal é a vontade; todavia, essa vontade deve ser adestrada na ciência do amor. Isso quer dizer que não é somente a consciência que grava os nossos fatos: eles ficam escritos igualmente no exterior, pela sensibilidade do éter cósmico, obediente aos nossos pensamentos. A linguagem não é corno a que se conhece: são imagens que dizem tudo o que fazemos. E, ao subirem para o consciente, despertam em nós poderes, a nos fazerem relembrar de tudo o que realizamos com todos os seus detalhes.
  A regressão de memória nos mostra essa realidade, fato comum no exercício de certas mediunidades, como por exemplo, a escrevente. O passado é um celeiro de guardados daquilo que pensamos e fizemos. É nesse sentido que o Evangelho diz, com propriedade, que nada fica escondido. Escrevemos dentro de nós, no livro da consciência, e o hálito divino registra tudo referente à nossa vida, para entregar Deus o que somos e o que estamos fazendo.
  Ninguém engana a Deus nem a si mesmo. Não há condições de ocultar os nossos erros ante a nossa vida; querer enganarmos a nós mesmos é perder o tempo que poderíamos aproveitar em subir mais um degrau, ascendendo em busca da luz.
  O Espírito evoluído, que já se libertou das paixões humanas, que encontra no amor seu próprio alimento de vida, pode ir ao passado quando desejar, extraindo dele experiências que lhe servem para maiores esclarecimentos. Assim, ele aprendeu a não julgar os outros, pelos erros cometidos, porque também errou no passado. Ele se lembra sempre da advertência de Jesus, que disse: Não julgueis, para não serdes julgados.
  Alguns pensam que, desde quando o Espírito se encontra desencarnado, ele se lembra de tudo, de todas as vidas passadas. É um engano; o processo de lembranças é de acordo com as necessidades da alma. Para isso, existe alguém que regula as nossas lembranças. É, pois, tornamos a falar, uma ciência divina, com sublime força para despertar as criaturas.
  O que provoca o esquecimento do passado é a ignorância das leis espirituais, e o processo da gravação na consciência ainda é primária para as devidas revelações, no que tange a todas as particularidades da escrita interna, no livro da consciência.
  Quando os fatos caem no esquecimento, é porque a sua lembrança pode nos fazer mal. Se teimarmos, buscando aqui e ali meios para regressão da consciência, podemos nos encontrar com o monstro que devora a nossa alegria. A natureza é sábia, e vai nos instruindo parcimoniosamente, de acordo com as nossas necessidades.
  Toda violência adultera a verdade, e a verdade desvirtuada nos traz problemas de difícil reparo. Quando vier a idéia de vasculhar o passado por mera curiosidade, procuremos as lições do presente, entregando-nos a construir, ampliando as forças para amar, perdoar e servir, que nesse caminho as forças libertadoras vão se chegando com a sementeira da alegria, e o porvir será encarado como a meta da felicidade. Devemos nos lembrar das reformas que temos a fazer agora, e não nos deixar ficar somente nas lembranças: AJAMOS!


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

29.7.15

TRANSIÇÃO

153 –Se a hora da morte não houver chegado, poderá o homem perecer sob os perigos que o ameacem?
-Nos aspectos externos da vida, e desde que o Espírito encarnado proceda de conformidade com os ditames da consciência retilínea e do coração bem-intencionado, sem a imponderação dos precipitados e sem o egoísmo dos ambiciosos, toda e qualquer defesa do homem reside em Deus.
154 –Quais as primeiras impressões dos que desencarnam por suicídio?
-A primeira decepção que os aguarda é a realidade da vida que se não extingue com as transições da morte do corpo físico, vida essa agravada por tormentos pavorosos, em virtude de sua decisão tocada de suprema rebeldia.
Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente. Anos a fio, sentem as impressões terríveis do tóxico que lhes aniquilou as energias, a perfuração do cérebro pelo corpo estranho partido da arma usada no gesto supremo, o peso das rodas pesadas sob as quais se atiraram na ânsia de desertar da vida, a passagem das águas silenciosas e tristes sobre os seus despojos, onde procuraram o olvido criminoso de suas tarefas no mundo e, comumente, a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo da decomposição do corpo abandonado no seio da terra, verminado e apodrecido.
De todos os desvios da vida humana, o suicido é, talvez o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da misericórdia.



Livro:  “O Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

28.7.15

NOTÍCIAS DE CHICO XAVIER

São muitos os amigos que nos solicitam enviar notícias de Chico Xavier – interpelam-nos por carta, ou através de nossas atividades doutrinárias na companhia do médium, em suas andanças pelo Brasil e Exterior.
- Onde estará o espírito de Chico Xavier?
- O que Chico Xavier se encontrará fazendo no Mundo Espiritual?
- Em que cidade espiritual Chico Xavier fixou residência?
Perguntas semelhantes a estas são formuladas por muitos irmãos e irmãs de Ideal, não por mera curiosidade informativa, mas por carinho para com o grande Médium, que, na Vida de Além Túmulo, é reverenciado por todos nós, os desencarnados, na condição de mestre do espírito – um dos maiores que já pisou o chão da Terra!
Chico é um dos Ministros do Cristo, um dos poucos espíritos que tomam assento ao Seu lado – não importa se à direita, ou à esquerda, do Divino Amigo!
Todavia, como não haveria de ser, pois que tal não faz parte da natureza dos Espíritos Superiores, ele não se encontra na contemplação – trabalha ainda mais, dos Dois Lados da Vida, continuando no seu laborioso afã de iluminar os caminhos de encarnados e desencarnados.
O trabalho não cessa e é intenso, posto que grande parte da população desencarnada, ainda vinculada à evolução do orbe terrestre, revela a mesma necessidade de despertamento espiritual que os homens que mourejam no corpo carnal.
Vocês não fazem ideia do tamanho da ignorância que, igualmente, sobrevive à chamada “morte”! O Mundo Espiritual, ou melhor, o Planeta Espiritual, que forma um “cinturão” ao redor da Terra, se encontra, igualmente, em colapso!
Portanto, na condição de Médium e de Profeta, o nosso Chico Xavier, prossegue envidando esforços em todas as partes do mundo, em suas regiões consideradas materiais e noutras consideradas etéreas, procurando libertar consciências – tarefa árdua, que sempre acontece individualmente, e não coletivamente.
Chico, caso fosse fixar residência em alguma das múltiplas Moradas da Casa do Pai, certamente, muito haveria de se distanciar de nós – no entanto, ele assumiu compromisso com o Senhor de, incansavelmente, trabalhar pela espiritualização da Humanidade. (Estamos evitando empregar o termo “evangelização”, porque, temos certeza, o próprio Chico nos repreenderia por isto, afirmando que ele nada é para evangelizar a quem seja!)
De quando a quando, conforme, inclusive, já tivemos oportunidade de fazer referência na obra “Trabalhadores de Última Hora”, de nossa lavra, sabemos notícias dele se movimentando nas regiões inferiores do Plano Espiritual – nas que se situam mais proximamente a Terra, chegando, por vezes, a se estenderem às suas entranhas geográficas.
Desde muito, possuidor do “dom da ubiquidade”, Chico, no entanto, se faz sentir, através de seu pensamento, em quase toda parte onde se localizem seareiros com suficiente boa vontade e amor no coração – daí explicar-se o porquê de vários médiuns lhe registrarem a presença em muitos lugares ao mesmo tempo e lhe captarem a inspiração.
- Ele continua preocupado com os destinos da Doutrina Espírita? – indagou-nos uma senhora. E respondemos a ela agora: - Claro que continua, porém, preocupado com os destinos da Doutrina na sua feição Esclarecedora e Consoladora, na missão precípua que lhe cabe de reviver o Cristianismo!
Os Espíritos Superiores não são sectários – difundir o Espiritismo é difundir o Cristo, e não Kardec.
Enfim, aos que, porventura, se mostrem desejosos de uma resposta mais precisa, atualmente, o “quartel-general” de Chico Xavier nos arredores da Terra, não é a cidade de “Nosso Lar”, que ele visita com relativa frequência, mas sim a cidade de São Paulo no Espaço, da qual, igualmente, ele foi um dos fundadores.
(Aos espíritas uberabenses e pedroleopoldenses, embora o seu imenso carinho por Pedro Leopoldo e Uberaba, sinto informar que ele não “mora” em nenhuma das duas cidades!)

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 27 de julho de 2015.

27.7.15

Essência das Rosas

Onde estão as rosas que cultivo do lado de cá?
Tenho um jardim particular e, como entre vós, falo com elas. Converso com elas. Troco amabilidades e doçuras. E elas respondem – como respondem...
Fico a imaginar o quanto se chocariam com o que elas dizem.
Pensam que estou a delirar ou a querer apenas impactar?
Não, coisíssima nenhuma. Falo profunda verdade.
As rosas aqui falam. Muitas até são bem eloquentes.
Elas transmitem o seu pensamento.
Lógico que são raízes do pensar, eflúvios de imaginação, mas se comunicam sim. Imprescindível que se tenha sensibilidade o suficiente para ouvi-las.
E a beleza delas?
Coisa mais linda não há.
O colorido das rosas, no lado de cá da vida, é bem diferente, bem mais cor, mais intensidade no nosso olhar.
A criação é perfeita e ainda nos reserva muitas surpresas. Que maravilhoso que assim seja para que possamos nos surpreender permanentemente com as obras do Senhor.
Vejo graça em tudo que elas representam. Admiro-as com todo o meu coração. Elas são a representação do nosso próprio Deus.
É como se Ele, na sua beleza infinita, nos proporcionasse nuanças de sua manifestação majestosa.
Um jardim de rosas no lado de cá é de entorpecer a alma de tamanha beleza. Não há quando algum que consiga reproduzir tamanha beleza. Não há.
Fico contente quando ao despertar, olho para o meu jardim e as vejo sorrir para mim.
Não, não é coisa de um velho em delírio. É verdade das maiores.
Elas sorriem como a me dizer: “Que bom que você despertou para nos admirar e novamente conversar conosco”.
Na obra da criação tudo merece atenção e carinho. Todos os seres viventes buscam a reciprocidade na relação.
Agradeço a Deus com uma prece. Genuflexo, oro e dirijo-me ao Senhor da Criação:
- Pai, Onipotente e Bom!
Que nos trouxesse a beleza inesgotável das rosas
Que exprimem inenarrável sutileza
Concede a Teus filhos compartilhar da excelsitude criação.
Permita a eles admirar a sensibilidade com que elas dançam para nós em perfeita harmonia.
Como elas expressam em seus movimentos a perfeição da natureza.
Que possam aprender com elas a movimentar em uníssono em direção a perfeição.
Movimentos suaves e constantes  a nos dizer que podemos fazem bem mais quando juntos estamos.
Permite que aprendamos a colher aquilo que de mais essencial existe em cada um de nós: o desabrochar do amor infinito.
Sim, como elas, permite que se exprima, de dentro para fora, o amor verdadeiro.
Como é belo o existir, mas que possamos neste movimento expressar a sua beleza eterna.
E assim tirar de dentro o perfume maior que representa a Sua presença em nós.
Este é o propósito maior das nossas vidas, extrair o perfume do amor que reside no âmago do nosso ser.
Eis o mistério e a razão de toda encarnação.
Paz,

Helder Camara
Pedacinho do Céu

Como o céu é enorme e belo. Há muitas flores por lá.
Flores de todos os tamanhos e cor.
Flores azuis e amarelas. Todas, porém, muito belas.
O céu é azul, cor de anil. Mas há mistérios a descobrir.
Vejo rosas também na criação divina que expõem a beleza do permanente existir. Elas exalam carinho na sua beleza singela.
O céu é feito de rosas, mas de espinhos também.
O céu é anil, mas guarda no seu bojo, lugar para o sombrio.
Vejo rosas igualmente onde nunca se imaginava ter.
Lá distante nos destinos incertos, onde a amargura predomina, estão perdidas, distantes,
imperceptíveis para muitos, mas lá estão elas a dizer:
- Mesmo no deserto de incertezas haverá sempre lugar para a esperança, pois Deus, único poderoso, não deserda a nenhum de seus filhos.
Coragem com a vida. Ela será de espinhos. No final, porém, creia muitíssimo, haverá rosas de beleza inigualável a coroar seu caminho de alegria e paz.


Helder Camara

26.7.15

LUZ NAS SOMBRAS

_ Somos hoje defrontados por grande tempestade magnética, e muitos caminheiros das regiões inferiores são arrebatados pelo furacão como folhas secas no vendaval.
_ E guardam consciência disso? – indagou Hilário, perplexo.
_ Raros deles. As criaturas que se mantêm assim desabrigadas, depois do túmulo, são aquelas que não se acomodam com o refugio moral de qualquer principio nobre. Trazem o íntimo turbilhonado e tenebroso, qual a própria tormenta, em razão dos pensamentos desgovernados e cruéis de que se nutrem. Odeiam e aniquilam, mordem e ferem. Alojá-los, de imediato, nos santuários de socorro aqui estabelecidos, será o mesmo que asilar tigres desarvorados entre fieis que oram num templo.
_ Mas conservam-se, interminavelmente, nesse terrível desajuste? – insistiu meu companheiro agoniado.
O orientador tentou sorrir e respondeu:
_ Isso não. Semelhante fase de inconsciência e desvario passa também como a tempestade, embora a crise por vezes, persevere por muitos anos. Batida pelo temporal das provações que lhe impõem a dor de fora para dentro, refunde-se a alma, pouco a pouco, tranqüilizando-se para abraçar, por fim, as responsabilidades que criou para si mesma.
_ Quer dizer, então – disse por minha vez -, que não basta a romagem de purgação do espírito depois da morte, nos lugares de treva e padecimento, para que os débitos da consciência sejam ressarcidos...
_ Perfeitamente – aclarou o amigo, atalhando-me a consideração reticenciosa –, o desespero vale por demência a que as almas se atiram nas explosões de incontinência e revolta. Não serve como pagamento nos tribunais divinos. Não é razoável que o devedor solucione com gritos e impropérios os compromissos que contraiu mobilizando a própria vontade. Alias, dos desmandos de ordem mental a que nos entregamos, desprevenidos, emergimos sempre mais infelizes, por mais endividados. Cessada a febre de loucura e rebelião, o Espírito culpado volve ao remorso e á penitência. Acalma-se como a terra que torna à serenidade e à paciência , depois de insultada pelo terremoto, não obstante amarfanhada e ferida. Então, como o solo que regressa ao serviço da plantação proveitosa, submete-se de novo à sementeira renovadora dos seus destinos.
Atormentada expectação baixava sobre nós, quando Hilário considerou:
_ Ah! Se as almas encarnadas pudessem morrer no corpo, alguns dias por ano, não à maneira do sono físico em que se refazem, mas com plena consciência da vida que as espera!...
_ Sim – ajuntou o orientador -, isso realmente modificaria a face moral do mundo; entretanto, a existência humana, por mais longa, é simples aprendizado em que o Espírito reclama benéficas restrições para restaurar o seu caminho. Usando nova máquina fisiológica entre os semelhantes, deve atender à renovação que lhe diz respeito e isso exige a centralização de suas forças mentais na experiência terrena a que transitoriamente se afeiçoa.


Livro de Estudo Espírita: Ação e Reação – Francisco C. Xavier – André Luiz - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira

25.7.15

ALMA DA FÉ

Trabalha na caridade,
Não te canses de servir,
Serve sempre, a todo instante,
De coração a sorrir.

O trabalho é a tua luz,
Excelsa fonte de paz,
O teu pão de cada dia
Na alegria que te apraz.

Dá de ti o quanto possas,
Não deixes para depois...
Tendo muito que fazer,
Multiplica-te por dois.

Não páres! Vive no bem,
Vinte e quatro horas por tê-las...
Dorme flores cultivando,
E acorda, plantando estrelas...

Não te esqueças da verdade
Tão singela quanto é:
O trabalho com Jesus
É a alma da própria Fé.

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima da Casa Espírita “Bittencourt Sampaio”, na noite de 23-6-1993, em Uberaba – MG).

24.7.15

ODRES NOVOS - VINHO NOVO, ODRES VELHOS - PANOS NOVOS E VESTIDOS VELHOS

    "Ninguém cose remendo de pano novo em vestido velho; de outra forma o remendo novo tira parte do velho, e torna-se maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque o vinho fará arrebentar os odres e perder-se-á o vinho e também os odres; pelo contrário, vinho novo é posto em odres novos".
(Marcos, 11, 21-22.)

    Não vale pôr remendo de pano novo em vestido velho; vai-se o vestido e fica o remendo.
    Querer corrigir os erros das "religiões" com fragmentos da Nova Revelação, é querer remedar vestido velho com pano novo.
    As religiões sacerdotais são odres velhos curtidos de dogmas, de sacramentos; não suportam absolutamente a força da nova verdade vinda do Céu.
    Essas comparações foram feitas por Jesus a propósito da pergunta que lhe fizeram acerca do jejum que os discípulos de João Batista observavam e os de Jesus não.
    "Como podem os meus discípulos jejuar se eu estou com eles?" (Lucas, V, 33-39.)
    "Minha palavra não cabe nas vossas igrejas; justamente por isso ela não vos foi oferecida diretamente, mas foi anunciada de cima dos telhados, nos montes, nos campos, nas praças e nos mares.
    "Tirar um fragmento da verdade, que eu leguei ao mundo todo, para suprimir o jejum dos discípulos de João e dos fariseus, seria o mesmo que pôr remendo de pano novo na rotura de um vestido velho".
    As igrejas, em tempo algum, serviram de receptáculo, de vaso sagrado para o vinho novo da revelação.
    O Decálogo não foi transmitido aos hebreus pelos sacerdotes nem pelas igrejas do Egito, mas no Monte Sinai pela mediunidade de Moisés.
    O Cristianismo não foi dado ao mundo do Templo de Jerusalém, nem pelos fariseus, nem pelos escribas, nem pelos saduceus, nem pelos essênios, nem pelos samaritanos, nem no Monte Garizim, mas por Jesus, homem independente de todas as igrejas e de todas as seitas religiosas.
    O Espiritismo, tal como a Primeira Revelação, a cristã, também foi e continuará a ser manifestado ao mundo, fora de todas as igrejas e de todas as ortodoxias.
    "Não se põe vinho novo em odres velhos: pela fermentação os odres partem-se e o vinho se derrama".
    Acresce ainda a circunstância do paladar: o que se acostumou ao vinho velho não quer o novo. Assim também aqueles que se acostumaram com velhas religiões, não podem querer a nova, mesmo porque a "religião", dizem, é como o vinho: quanto mais velho melhor.
    Para odres velhos, vinho velho; para velhos incrustados dos parasitos das velhas religiões, religião velha!
    As túnicas com que os cristãos se vestem no mundo espiritual não são feitas de remendos, assim como os odres que têm de receber o vinho novo, não são os velhos; daí o aviso a Nicodemos, mostrando-lhe a necessidade de renascer da carne e do Espírito.
    O Espírito velho prejudica, deteriora a carne nova, ou seja a nova geração; pela mesma forma o Espírito novo não pode ser assimilado pela carne velha (a velha geração). É necessário que se dê o renascimento do Espírito, pela modificação das idéias, e do corpo, sem o que não se verá o Reino de Deus.
    A esta operação Paulo chamou: "a substituição do homem novo pelo despojamento do homem velho"; e acrescentou: "os que são de Cristo se tornam novas criaturas". Debalde, por isso, é esperar de religiosos, anquilosados pelas tradições e dogmas avoengos, a modificação e regeneração dos costumes; assim como é utopia julgar que dos parasitos que compõem a Ciência oficial, venha o progresso da Ciência, e por eles nasça uma filosofia racional que exalte a pesquisa, o livre exame orientado pelos sãos princípios da Lógica.
    Pela mesma maneira se pode aplicar a parábola aos representantes dos governos corrompidos que têm acendido o fogo da guerra, devastando nações, oprimindo povos, degradando o caráter nacional, empobrecendo o erário, erigindo a politicagem de campanário, adstrita a interesses subalternos.
    Esses religiosos, cientistas e políticos não podem receber o vinho novo, são vestidos velhos, nos quais não cabe o remendo de pano novo, de idéias novas de paz, de ordem e progresso. São odres velhos, que estouram ao contacto do Espírito novo, só assimilável pela nova geração.
    "Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho; não se põe vinho novo em odres velhos!"


Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel - Os livros espíritas, como esse, vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

23.7.15

MEMORIZAÇÃO

Questão 306 do Livro dos Espíritos
   
  É de grande interesse da alma os pormenores das suas vidas passadas, se isso lhe fizer bem, no futuro ou no presente. Há, por assim dizer, um comando geral em todas as nossas pesquisas e mesmo nas nossas vontades.
  Sobre o "pedi e obtereis" do Evangelho, é preciso que se saiba o que é pedir, como pedir e o momento de pedir. Sempre a vontade de Deus irradia-se em tudo e em todas as criaturas.
  Não devemos ter pressa em saber o que fomos no passado remoto de muitas existências. Há fardos que ainda não se encontram preparados para serem abertos; são jugos complicados, que a própria natureza, como já dissemos, abri-los-á, quando as lições puderem ser assimiladas.
  A memorização da consciência é perfeita; tudo ela guarda no seu arquivo interno, de maneira que escapa às análises dos próprios sábios. Quando se fala em consciência, a idéia de muitos a compara com um livro. É completamente diferente. Se compararmos com um computador, ainda assim é fraca a imagem.
  A consciência nos fala pela luz divina, que nos mostra a sensibilidade de Deus como um dos seus perfeitos atributos de vida. Ela guarda todos os acontecimentos, no macrocosmo e no microcosmo, com a perfeição com que o Criador Se manifesta.
  Jesus nos ensinou a memorizar as qualidades superiores, e manifestou todo seu interesse na melhoria dos homens, tanto que deu a Sua própria vida para que vivêssemos na plenitude das recordações da Sua existência, quando estagiou, por pouco tempo, na Terra.
  O Espírito; quando tem condições espirituais, pode recordar suas vidas passadas, mas, nem sempre se interessa por isso, e o texto bíblico nos ensina muito, em seu simbolismo, quando nos revela que a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal.
  Não devemos paralisar nossas atividades em recordações improfícuas, para não estacionarmos no tempo, desperdiçando-o, quando poderíamos semear em terreno bom, para colhermos frutos enobrecidos.
  Se despertarmos logo para Jesus, seremos agraciados por Deus. Agraciados, queremos dizer, é receber a graça do trabalho nobre e da oportunidade santa de modificar nossos sentimentos ao nível dos sentimentos do Divino Mestre.
  Comecemos hoje mesmo a memorizar as qualidades benfeitoras da vida; pesquisemos a natureza e copiemos essa expressão de Deus que sempre nos ensina a viver. Se já lemos com atenção sobre a vida de Jesus, tornaremos a fazê-lo, que Ele é o sol da humanidade. Sem o Seu aquecimento estacamos no gelo das indiferenças. Quem se esquece do Cristo nas suas andanças, perde o poder da alegria, e esquece o modo divino de amar.
  As marcas que o Senhor nos deixou na Terra, todas elas falam da caridade em todas as suas divisões, mostrando a todos e dando exemplos para que possamos fazer o mesmo.
  Estamos finalizando mais um volume sobre "O Livro dos Espíritos", oportunidade essa que nos foi oferecida pela misericórdia do Divino Mestre, de estudarmos essa obra de grande relevância moral e espiritual, com todas as conseqüências científicas, bastando ter olhos para ver.
  "O Livro dos Espíritos" é força basilar da Doutrina Cristã, e as entrelinhas desse celeiro de bênçãos, que passou pelas mãos santas de Allan Kardec, têm o perfume que sempre exala de Jesus Cristo, pela Sua pureza de conceitos e pela Sua firmeza de caráter.
  Que Jesus nos abençoe, para sermos fiéis aos nossos deveres no que se refere a algumas palavras sobre "O Livro dos Espíritos", que encontrou seu berço na França, e sua amplitude geradora na Terra de Santa Cruz.
  Recordar Kardec é sentir Jesus no coração e Recordar Jesus é viver com Deus na consciência.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como esse, vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

22.7.15

TRANSIÇÃO - IV

150 –É possível que os espiritistas venham a sofrer perturbações depois da morte?
-A morte não apresenta perturbações à consciência reta e ao coração amante da verdade e do amor dos que viveram na Terra tão-somente para o cultivo da prática do bem, ns suas variadas formas e dentro das mais diversas crenças.
Que o espiritista cristão não considere o seu título de aprendiz de Jesus como um simples rótulo, ponderando a exortação evangélica – “muito se pedirá de quem muito recebeu” , preparando-se nos conhecimentos e nas obras do bem, dentro das experiências do mundo para s sua vida futura, quando a noite do túmulo houver descerrado aos seus olhos espirituais a visão da verdade, em marcha para as realizações da vida imortal.
151 –O espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos?
-Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o “tônus vital”, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluídos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material.
152 –A morte violenta proporciona aos desencarnados sensações diversas da chamada “morte natural”?
-A desencarnação por acidentes, os casos fulminantes de desprendimento proporcionam sensações muito dolorosas à alma desencarnada, em vista da situação de surpresa ante os acontecimentos supremos e irremediáveis. Quase sempre, em tais circunstâncias, a criatura não se encontra devidamente preparada e o imprevisto da situação lhe trazem emoções amargas e terríveis.
Entretanto, essas surpresas tristes não se verificam para as almas, no caso das enfermidades dolorosas e prolongadas, em que o coração e o raciocínio se tocam das luzes das meditações sadias, observando as ilusões e os prejuízos do excessivo apego à Terra, sendo justo considerarmos a utilidade e a necessidade das dores físicas, nesse particular, porquanto somente com o seu concurso precioso pode o homem alijar o fardo de suas impressões nocivas do mundo, para penetrar tranqüilamente os umbrais da vida do Infinito.



Livro: “O Consolador” – Espírito: Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira

21.7.15

VOCÊS JÁ VIRAM?!

Creio que, de espírito batedor que eu sempre fui, e ainda sou, esteja virando espírito perguntador – deve ser influência do Codificador!
A pergunta desta semana, que, de fato, me intriga, é a seguinte: vocês já viram algum companheiro de ideal espírita-cristão, verdadeiramente consagrado à prática da Caridade, dedicando-se a crítica sistemática contra outro confrade de nossas lides doutrinárias?!
De minha parte, confesso que não.
Sempre que me deparo com um crítico, maledicente e contumaz, do esforço de servir em alguém, constato, sem dificuldade alguma, que esse nosso irmão pode ser considerado muito mais um teórico do Espiritismo, do que propriamente um adepto que se preocupe com a vivência cotidiana de seus Princípios.
Vocês concordam, ou acham que esteja exagerando?!
Sinceramente, eu nunca percebi, por exemplo, um espírita que seja sopeiro, passista, faxineiro no Centro Espírita, costureiro, benfeitor dos mais pobres, aficionado leitor das páginas de “O Evangelho”, amante da oração do “Pai Nosso”, seguidor dos exemplos de Chico Xavier, etc. – eu nunca detectei um desses companheiros de Doutrina a se esmerarem na crítica destrutiva contra quem quer que fosse!
Sempre que tenho oportunidade de lidar com alguma crítica – não a mim, que estou consciente de que mereço todas elas –, analisando o currículo de vida de seus autores, observo que lhes sobra excessivo tempo ocioso na encarnação e que, praticamente, são quase todos nulos no campo das atividades de assistência aos mais desvalidos...
Eis o que, ultimamente, eu tenho me desdobrado para tentar compreender.
Por que será que os que, com sinceridade, se empenham em sua própria renovação íntima, não se encorajam a atirar pedras sobre os outros?! Será que, talvez, seja por que já lograram alcançar mais profundo conhecimento a respeito de si?!...
Tendo a responder afirmativamente a questão que eu próprio formulo e tomo a liberdade de endereçar aos amigos deste Blog.
Para mim, dentro de nossa Universidade, que, na revivescência do Evangelho, é o Espiritismo, existe uma escola de dissidência ética, encabeçada por cultores de uma falsa intelectualidade – escola que, infelizmente, tem feito vários seguidores, criando problemas sérios para a nossa Doutrina de Paz e Amor.
Interessante que os maiores críticos de meu conhecimento pertencem a tal escola, que não é a de Chico Xavier!
Vocês já repararam isto?!
Façam uma enquete silenciosa a respeito, e vejam a que escola pertence, por exemplo, os oradores intolerantes e mal educados, vaidosos e exigentes, e os médiuns elitistas que, no Movimento, incrementam os cursos pagos, chegando à desfaçatez de falarem em “investimento” – sim, “investimento”... bolso deles!
Não sei, não.
Acho que os espíritas, que anelamos ser sinceros profitentes da Fé, precisamos, urgentemente, efetuar um retorno às nossas origens – aos caminhos que, sacrificialmente, foram trilhados pelos pioneiros do Espiritismo!
Em vez de nos lançarmos a uma disputa de Conhecimento, vamos nos lançar a uma disputa de Bondade! Quem consegue perdoar mais, esquecer mais agravos, auxiliar mais, servir mais, aproveitar mais o tempo na prática do Bem aos semelhantes?!...
Aliás, eu vou dizer a vocês que o Conhecimento tem sido por demais desconhecido de nós outros, que, equivocadamente, achamos que Conhecimento seja apenas e tão somente informação, nada, portanto, tendo a ver com formação.
Quem sabe, também faz a hora... de ser melhor!...
INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 20 de julho de 2015.

20.7.15

Oração de Esperança

Pai de infinitas possibilidades!
Aos Teus pés, simbolicamente, quero Te agradecer pela vida maior. Hoje, estou aqui a dizer da minha imortalidade, da minha sobrevivência após a morte física, e que maravilha é poder isto fazer.
Aos Teus pés, rejubilo minh’alma e coloco-a aos Teus interesses maiores, conquanto saiba da minha incapacidade de servir-Te plenamente.
Sou Teu filho, bem o sei, mas guardo ainda os resquícios das minhas imperfeições que ainda não consegui me desvencilhar no carreiro dos dias.
Sou ainda falho por não compreender-Te na Tua imensa grandeza, mas acolhi-me assim mesmo e produz em mim o que quiseres ao longo do meu existir.
Sou servo da Tua vontade e permita que eu adentre no Teu pensamento soberanamente santo e augusto para que eu possa refletir, timidamente que seja, a Tua inesgotável luz.
Hoje, despeço-me, mais uma vez, dos meus afazeres banais e cogito estar Contigo para cooperar naquilo que quiseres.
O Teu tamanho é gigantesco que nem consigo mensurar, mas, ao mesmo tempo, Te fazes presente em todos aqueles meus irmãos que me envias para o auxílio redentor. Quando a eles ajudo, na realidade, ajudo-Te e, antes de tudo, ajudo-me. Tua criação se faz, portanto, na junção coletiva de interesses e reciprocidade.
Ao proclamar-Te soberano no meu viver, concluo que minhas ações somente terão sentido se forem guiadas pela Tua magnânima sabedoria. Permita, portanto, adentrá-la pouco a pouco, pois não conseguiria, de modo algum, no estágio que estou, bebê-la na sua totalidade.
Faz-me servo dos meus irmãos de espírito para que eles, de algum modo, possam perscrutar a Ti, Pai Eterno, e conduzirem igualmente as suas vidas. Sem Ti, somos todos nós, caminhantes no erro e sem propósito. Ao Teu lado, teremos tudo, absolutamente tudo, que necessitamos para o nosso progresso no ermo das eras.
Quem dera àqueles que ainda não Te enxergam poder acessar a Tua presença, que seja nas mínimas coisas, para que eles não percam tempo numa procura vã.
Deste modo, Pai, serve-nos à Tua causa. Em Ti depositamos toda a nossa esperança e fé, pois sabemos que nada há de existir e ter sentido sem que coloquemos a Tua presença soberana.
Despeço-me, humildemente, Pai, dizendo- Te antecipadamente, que rogarei sempre e cada vez mais para que eu não me distancie jamais da Tua abundância sublime de bênçãos.
A Ti, Pai, todo poder e bondade nas nossas vidas!

Joaquim Nabuco.

19.7.15

A ESMOLA MAIOR

"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus.”
I João, 4:7.

No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar. Ela é o próprio coração a derramar-se, irradiando o amor por sol envolvente da vida.
 No lar, ela surge no sacrifício silencioso da mulher que sabe exercer o perdão sem alarde para com as faltas do companheiro; na renúncia materna do coração que se oculta, aprendendo a morrer cada dia, para que a paz e a segurança imperem no santuário doméstico; no homem reto que desculpa as defecções da esposa enganada sem cobrar-lhe tributos de aflição; nos filhos laboriosos e afáveis que procuram retribuir em ternura incessante para com os pais sofredores as dívidas do berço que todo ouro da terra não conseguiria jamais resgatar.
 No ambiente profissional é o esquecimento espontâneo das ofensas entre os que dirigem e os que obedecem, tanto quanto o concurso desinteressado e fraterno dos companheiros que sabem sorrir nas horas graves ofertando cooperação e bondade para que o estímulo ao bem seja o clima de quantos lhes comungam a experiência.
 No campo social é a desistência da pergunta maliciosa; a abstenção dos pensamentos indignos; o respeito sincero e constante; a frase amiga e generosa e o gesto de compreensão que se exprime sem paga.
 Na via pública é a gentileza que
ninguém pede; a simplicidade que não magoa; a saudação de simpatia ainda mesmo inarticulada e a colaboração imprevista que o necessitado espera de nós muita vez sem coragem de endereçar-nos qualquer apelo.
 Acima de tudo, lembra-te da esmola maior de todas, da esmola santa que pacifica o ambiente em que o Senhor nos situa, que nos honra os familiares e enriquece de bênçãos o ânimo dos amigos, a esmola de nosso dever cumprido; porquanto, no dia em que todos nos consagrarmos ao fiel desempenho das próprias obrigações o anjo da caridade não precisará desfalecer de angústia nos cárceres das provações terrenas, de vez que a fraternidade estará reinando conosco na exaltação da perfeita alegria.


Livro: Marcas do Caminho – Francisco C. Xavier -Francisco Cândido Xavier.
Livro: Marcas do Caminho, lição nº 27,
Emmanuel - Os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

18.7.15

MEDIUNIDADE - REFLEXÕES

A flor da mediunidade,
Beleza embora dispondo,
Pode ocultar na corola
Agressivo marimbondo.
*
No afã da mediunidade
Um fato se verifica:
Mais que espírito enganando
Há médium que mistifica.
*
A vaidade no médium
É tiririca em ação,
Que se alastra de mansinho
E toma conta do chão.
*
Em nome da Caridade,
Sem temer cadeia e surra,
Há em quase toda parte
Muito médium enchendo a burra.
*
Mediunidade e Dever –
Uma dupla sertaneja,
Um falando “seja assim”,
E outro dizendo “assim seja”.

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 11 de julho de 2015, em Uberaba – MG).

17.7.15

ORIENTAÇÃO

"E procureis viver quietos e tratar dos vossos próprios negócios e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado." - Paulo; I Tessalonicenses, 4:11

A cada passo, encontramos irmãos ansiosos por orientação nova, nos círculos de aprendizado evangélico.
Valiosos serviços, programas excelentes de espiritualidade superior experimentam grave dilação esperando terminem as súplicas inoportunas e reiteradas daqueles que se descuidam dos compromissos assumidos. Assim nos pronunciamos, diante de quantos se propõem servir a Jesus sinceramente, porque, indiscutivelmente, as diretrizes cristãs permanecem traçadas, de há muito, esperando mãos operosas que as concretizem com firmeza.
Procure cada discípulo manter o quinhão de paz relativa que o Mestre lhe conferiu, cuide cada qual dos negócios que lhe dizem respeito e trabalhe com as mãos com que nasceu, na conquista de expressões superiores da vida, e construirá elevada residência espiritual para si mesmo.
Aquele que conserva a harmonia, ao preço do bem infatigável, atende aos desígnios do Senhor no círculo dos compromissos individuais e da família humana; o que cuida dos próprios negócios desincumbe-se retamente das obrigações sociais, sem ser pesado aos interesses alheios, e o que trabalha com as próprias mãos encontra o luminoso caminho da eternidade gloriosa.
Antes de buscares, pois, qualquer orientação, junto de amigos encarnados ou desencarnados, não te esqueças de verificar se já atendeste a isto.


Livro: Vinha de Luz _ Francisco C. Xavier _ Emmanuel _ Os livros espíritas, como esse, vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

16.7.15

LEMBRANÇA DA EXISTÊNCIA CORPORAL

Questão 305 do Livro dos Espíritos

Falemos mais um pouco sobre as lembranças da alma depois do túmulo, das suas recordações do passado. Não podemos generalizar os fatos, dizendo que todos os Espíritos recordam de suas vidas passadas, tão logo deixem o corpo.
A sucessão de lembranças é gradativa, de acordo com as necessidades de cada um. Ao que Deus achar conveniente, esse pode regredir a memória até onde suporte, desde quando seja para o seu adiantamento espiritual. O mais comum é que se recorde quando está próxima a reencarnação, para que o Espírito aceite com mais coragem o que deve ser reparado para a sua felicidade.
Já foi dito várias vezes que nem todos os Espíritos podem recordar suas vidas passadas. É qual os homens que, por vezes, esquecem o que se passou com eles um ano atrás, e quando se recordam, as minúcias ficam esquecidas. As vidas passadas são inúmeras, de sorte que seria uma confusão para a alma a recordação de todas elas. Tudo na vida é gradativo para melhores entendimentos e melhor assimilação das experiências.
Os Espíritos, encarnados e desencarnados, têm uma noção do que foram no passado pelo que são no presente. Basta analisar suas tendências que a razão lhes dirá o que foram, e a inteligência espiritual nos diz que, com essa inspiração, o nosso dever é melhorar. Os caminhos estão abertos e em cada passo Jesus nos deixou ensinamentos que podem nos ajudar a caminhar com mais desembaraço.
Quando tivermos oportunidades de melhorar, no exterior e no íntimo, não nos façamos de esquecidos do convite; abracemos os compromissos com alinho de coração, porque toda reforma íntima é luz que se acende no coração, para despertamento da consciência. Aproveitemos o tempo que passa, que mãos invisíveis estão ajudando a quem se ajuda, estão trabalhando com quem trabalha, estão amando a quem ama e perdoando a quem perdoa. Esqueçamos o mal e recordemos o bem sem ostentação, por ser o bem um dever sagrado de cada alma nos caminhos que percorre.
Há espíritas que fixam o pensamento no passado e passam a viver esse passado sem nenhum proveito para o presente. Querem saber o que foram por vaidade, e quando alguém lhes diz que foram ladrões, assassinos, traidores da pátria e coisas assim, eles já passam a não acreditar mais na reencarnação. O desejo de muitos é terem sido personalidades notáveis, faraós, generais, grandes cientistas e santos famosos. São ilusões envolvidas em ilusões maiores.
Somos somente o que somos, e nada mais. Entreguemos à natureza esse trabalho de recordações. Quando Jesus achar por bem dos nossos corações, Ele, o Sábio dos sábios, nos oferecerá as regressões de memória, como lições valiosas para que possamos saber o mal que fizemos e apurar nossas consciências no bem e na caridade que devemos fazer. O amor nos espera para dele fazermos uso, amando a todos.
Se ainda estamos vivendo imersos em dúvidas, se estamos vivendo pelo impulso do orgulho e do egoísmo, e tantas outras manifestações da inferioridade, o que devemos esperar das recordações do passado? Depois que limparmos o presente, aperfeiçoando todas as nossas qualidades morais, eis aí o momento de pensarmos em recordações do passado, e essas lembranças, com a presença de Jesus, virão gradativamente a nos aconselhar no que devemos fazer a mais para a nossa felicidade.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Os livros espíritas, como esse, vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

15.7.15

Transição

149 –Logo após a morte, o homem que se desprende do invólucro material pode sentir a companhia dos entes amados que o precederam no além-túmulo?
-Se a sua existência terrestre foi o apostolado do trabalho e do amor a Deus, a transição do plano terrestre para a esfera espiritual será sempre suave.
Nessas condições, poderá encontrar imediatamente aqueles que foram, objeto de sua afeição no  mundo, na hipótese de se encontrarem no mesmo nível de evolução. Uma felicidade doce e uma alegria perene estabelece-se nesses corações amigos e afetuosos, depois das amarguras da separação e da prolongada ausência.
Entretanto, aqueles que se desprendem da Terra, saturados de obsessões pelas posses efêmeras do mundo e tocados pela sombra das revoltas incompreensíveis, não encontram tão depressa os entes queridos que os antecederam na sepultura. Suas percepções restritas à atmosfera escura dos seus pensamentos e seus valores negativos impossibilitam-lhes as doces venturas do reencontro.
É por isso que observais, tantas vezes, Espíritos sofredores e perturbadas fornecendo a impressão de criaturas, desamparadas e esquecidas pela esfera da bondade superior, mas, que, de fato, são desamparados por si mesmos, pela sua perseverança no mal, na intenção criminosa e na desobediência aos sagrados desígnios de Deus.


Livro Espírita “O Consolador” – Francisco C. Xavier  -  Emmanuel - Os livros espíritas, como esse, vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

14.7.15

PENSAMENTOS MÓRBIDOS

Quando eu me encontrava mais encarnado do que me encontro agora, atendendo a diversos pacientes em meu consultório de médico psiquiatra – que muito pouco sabia, e ainda muito pouco sabe de Psiquiatria –, não raro, os que eram considerados mais normais, ou seja, os que não careciam de internação imediata, faziam-me certas confissões de estarrecer.
Falo em estarrecimento, mas, em verdade, eu nunca me alarmei muito com a condição da criatura humana, que, em termos evolutivos, não se coloca assim muito à frente dos animais, não.
- Doutor – confessavam-me muitos deles –, eu me imagino esganando a fulano com as minhas próprias mãos – sinto vontade de enforcá-lo, pois é o que ele merece... E, em mim, tal pensamento é recorrente – de vez em quando, eu me pego descarregando toda a minha ira sobre a garganta dele...
- Em meus devaneios – diziam-me outros –, sonho em descarregar a minha arma contra o peito daquele imbecil, que não perdoo – ele me humilhou, como se eu fosse qualquer... Constrangeu toda a minha família, e a minha honra tinha que ser lavada com sangue...
- Já pensei em contratar alguém para dar cabo daquela mulher, que me tomou o marido – falou-me uma senhora. – Quase todos os dias eu penso nisto... Tenho ódio dela – um ódio terrível!...
E ao longo de décadas, ouvindo confissões semelhantes, vocês podem imaginar o que, por vezes, registrava, tanto de homens quanto de mulheres:
- Doutor, eu sonho que estou estuprando... É uma coisa terrível! Sinto prazer nisto!...
- À noite, os meus sonhos são de pura devassidão... Tenho vergonha de contar ao senhor tudo o que faço, quando estou sonhando... Sexo desregrado com menores de idade – eu não poupo nem crianças!...
Muitos deles choravam e falavam em suicídio, e outros já estavam entregues ao alcoolismo.
A situação era difícil.
Certa vez, um pedófilo, ao me procurar, disse que estava com a arma engatilhada em casa, aonde chegaria e atiraria contra a própria cabeça – eu seria a sua última esperança.
Conversei, conversei, conversei... Receitei medicamentos... Falei em Deus, em imortalidade, na consequência do suicídio para o espírito... Sugeri internação por uns dias... Ele agradeceu, foi embora e, depois de oito meses, acabou por se matar. Fiquei sabendo através do jornal da cidade... Ele não voltara a se consultar comigo.
E os que, mentalmente, planejavam golpes financeiros nos familiares, em questões de herança?!
E os que, aparentando ser sociáveis, mal conseguiam conterem-se em seus ímpetos de agressividade reprimida?!
E os egoístas ao extremo – o egoísmo é uma das piores doenças que conheço! –, que se escondiam para que não fossem molestados pelos mendigos nas ruas?! – Doutor, eu chego a mudar de calçada – tenho asco de pedinte! Uma moeda para mim é muita coisa – eu não acho certo ajudar a ninguém! Essas Instituições assistenciais alimentam a malandragem...
Não creiam, meus amigos, que a coisa tenha mudado muito, não! Tristemente, a morbidez de nossos pensamentos fala de nossa grande miséria espiritual – do nosso primitivismo moral!
Só mesmo apelando para a Misericórdia do Senhor, pedindo forças para que, pelo menos, a tentação nunca nos saia da esfera dos pensamentos, pois, caso contrário... Meu Deus, que loucura!
E tem gente que ainda se acha completamente sano! Tais pensamentos enfermiços, contudo, são capazes de nos assaltarem até mesmo em meio a uma oração...
Um comerciante, meu amigo e paciente, me dizia:
- Doutor, para eu terminar um Pai Nosso sem pensar em coisas ruins é o maior sacrifício... Começo a rezar e o meu pensamento foge por tantos caminhos... Eu fico com vergonha da prece! Como continuar orando assim?!...
- Meu caro – eu respondia –, o lírio nasce no charco... Não desista! Os sãos não precisam de médico! Todos nós somos doentes da cabeça, uns mais, outros menos... Se você não orar, a coisa piora!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 13 de julho de 2015.

13.7.15

Fazer o Bem

Tudo que se faça nesta vida tem que ser bem feito. Se nos propomos a fazer algo que se faça com a mais absoluta qualidade possível. O que precisamos é ter gente engajada no bem geral. Não podemos admitir mais que mal algum aconteça por causa da atuação do bem. Este tempo tem que acabar e vamos acabar.
O que defendo, em todos os aspectos, é que tenhamos uma atitude voltada permanentemente para o bem. Não podemos admitir que nossas ações sejam desviadas constantemente do projeto maior de Deus nas nossas vidas. Este tempo já passou para aquele que já conhece a verdade divina em si mesmo.
O que podemos fazer, então?
Policiarmos as nossas ações que se desviam do bem. Ao percebermos que algo que faremos terá o impacto negativo em alguém, antes mesmo de fazer, devemos retê-lo em nós. Evitar sair de nós. Se conseguirmos brecar o mal que somos agentes então haveremos de contribuir para a paz total.
Este exame permanente das nossas atitudes custa caro. Vamos ter que exercitar a vigilância 24 horas de nós mesmos. Sabe o que isto significa? Significa o exame dos pensamentos. Significa controlar qualquer impulso indevido. Significa estar sintonizado, o tempo todo, com as forças superiores do bem. E isto só acontece se estivermos em pleno estado de oração.
Não outra maneira de produzir o bem na Terra. Seremos agentes do bem quando nos dispusermos a este trabalho incansável de renovação interior. Como a maioria das pessoas não está preocupada com isso, como funcionam numa espécie de piloto-automático, então colocam para fora tudo que geram, sem processamento, e como sempre se diz: as consequências somente chegam depois.
O bem na Terra, portanto, se constrói, inevitavelmente, pela produção do bem individual.
Quando somos alertados das guerras, dos conflitos, das intemperanças, das agressões de todo tipo, é porque alguém, de algum modo, não freou os seus impulsos menores.
A qualidade de fazer o bem, como qualquer produto ou serviço, está no ânimo interior de fazê-lo, na vontade individual de produzir mudanças. A notícia positiva disto tudo é que quando o nosso exemplo é eficiente provoca naturalmente o esforço de outros para fazer o mesmo.
O que queremos, meus irmãos de caminho, é o brilho nos olhos, é a força da vontade, é a disposição de servir.
Todos são convocados para isso, conforme nos asseverou o Nosso Senhor Jesus Cristo. Pegue, portanto, a sua cruz e siga-O. Ele espera de braços abertos para dar continuidade a sua obra redentora.
Paz,

Helder Camara