1.2.16

Solidariedade - Solução Universal

A experiência humana na Terra é cheia de altos e baixos. Ora, o homem progride velozmente, outro momento ele destrói a si mesmo em escalas elevadas. Parece que ele não sabe o que quer. Na verdade, estas contradições indicam o estágio de desenvolvimento do homem no planeta. Ele ainda é assim, cheio de contradições.
Se por um lado consegue avanços tecnológicos gigantescos a ponto de curar doenças terríveis, por outro, ainda saqueia cidades e promove matanças.
Se, em outra parte, demonstra progresso na ciência a ponto de levar o homem a outro planeta, contrariamente, não conseguiu sequer erradicar a fome entre irmãos.
Se, no uso de sua inteligência, faz arranha-céus cada vez mais altos como a desafiar a lei da gravidade, em outra direção, o homem é incapaz de diminuir números de violência em vários indicadores de sua manifestação.
Ora, irmãos meus, por que tudo isto acontece?
Na minha análise, como “padre morto”, vejo que não conseguimos, no conjunto da nossa espécie, evoluir moralmente na mesma escala que fazemos na inteligência.
Somos absorvidos pela curiosidade de fazer coisas cada vez mais potentes, difíceis de materializar, mas somos desprovidos de mesmo entusiasmo na erradicação da miséria humana, seja pela falta de comida, seja pela falta de fibra moral.
Tudo avança em direções contrárias neste sentido. Uma força puxa para o atraso; outra para a superação das barreiras tecnológicas.
É verdade que conseguimos elevar alguns indicadores sociais no planeta, mas convenhamos, eles são bastante tímidos na proporção que deveria ser. São acanhados demais. O progresso é medido olhando para os dois lados da moeda. De um lado, o ser humano; de outro, as conquistas materiais, que devem ser canalizadas em benefício da outra face da moeda.
Asseguro que se o homem der prioridade, de fato, ao progresso humano pela via moral, muitos problemas naturalmente sucumbirão, pois o que falta na maioria dos casos é uma postura moral diferenciada. A causa de muitos males que assola a humanidade está dentro do próprio homem. Um deles se chama o egoísmo.
O egoísmo é destruidor do próprio ser humano, haja vista que é uma apropriação exclusivista das conquistas, enquanto a solidariedade representa a evolução coletiva de toda a raça humana.
Se adotássemos ao mínimo este princípio de vida todos os outros seriam espontaneamente beneficiados porque a solidariedade, a distribuição do bem produzido, promove uma reação em cadeia de incríveis proporções. Os efeitos benéficos da solidariedade são contados em escala geométrica, de modo que se faz bem mais com bem menos.
Este é o segredo que o ser humano precisa desvendar no século 21 para abolir todas as mazelas existentes e construir um novo amanhã.
Fiquem em paz!
Helder Câmara – Blog Novas Utopias

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