10.6.16

Hereditariedade Moral

     Venho vos explicar a importante questão da hereditariedade das virtudes e dos vícios na raça humana. Esta transmissão faz hesitar aqueles que não compreendem a imensidade do princípio revelado pelo Espiritismo. Os mundos intermediários são povoados de Espíritos esperando a prova da encarnação, ou ai se preparando de novo, segundo seu grau de adiantamento. Os Espíritos, nesses viveiros da vida eterna, estão agrupados e divididos em grandes tribos, uns adiante, outros em atraso no progresso, e cada um escolhe, entre os grupos humanos, aqueles que correspondem simpaticamente às suas faculdades adquiridas, os quais progridem e não podem retrogradar.
     O Espírito que se encarna escolhe o pai cujo exemplo o fará avançar no caminho preferido, e repercute, elevando-lhes ou enfraquecendo-lhes, os talentos daquele que lhe deu a vida corpórea; nos dois casos, a conjunção simpática existe anteriormente ao nascimento, e é desenvolvida em seguida nas relações da família, pela imitação e pelo hábito.
    Depois da hereditariedade familiar, quero, meus amigos, vos revelar a origem da discordância que separa os indivíduos de uma mesma raça, de repente notável ou desonrado por um de seus membros que ficou estranho entre ela. O grosseiro viciado que está encarnado num centro elevado, e o Espírito luminosos que se encarna entre seres grosseiros, ambos obedecem à misteriosa harmonia que aproxima as partes divididas de um todo, e faz concordar o infinitamente pequeno com a suprema grandeza. O Espírito culpado, apoiado sobre as virtudes adquiridas de seu procurador terrestre, espera se fortalecer por elas, e se sucumbe e retorna à erraticidade menos carregado de ignorância e melhor preparado para sustentar uma nova luta.

Livro: Revista Espírita - 1862 - Allan Kardec - Médium Sra. Costel - Espírito São Luiz – Todos os livros espíritas, como este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz de Limeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário