19.6.16

Tribos Urbanas

A propósito do homem na Terra, temos muito a dizer.
Ele está apenas começando a sua incrível jornada. Tudo ainda está no seu berço. Afirmo isto para dizer que o homem sabe bem pouco do que ele realmente é. Apenas sonha, diria.
O movimento que se avizinha, meus senhores, é de grande proporção. Gigantesco. É um movimento de alteração total das consciências e isto é por demais desafiante descrever.
O pouco que sei diz respeito às transformações sociais e políticas. Serão muitas que modificarão completamente o atual perfil que conhecemos.
Uma delas se refere aos conglomerados sociais, as grandes metrópoles, que ajuntam enorme quantidade populacional.
Elas bebem do que hoje se denomina de civilização. Os bens públicos modernos, as mudanças tecnológicas de ponta, os novos direitos civis, a instalação de infraestrutura urbana diferenciada e por aí adiante. Pois bem, elas serão o palco das principais transformações a serem implantadas.
Homens e mulheres sentirão o impacto do novo livro das leis. Uma mudança de comportamento se faz com legislação, mas também com inovação. O que ocorrerá é que serão testados outros modelos de convivência social e eles se multiplicarão mundo afora devido ao sucesso alcançado por estas células de aprendizado social.
Reinará nelas um microcosmo da sociedade geral. Em outras palavras, teremos diversas experiências de convivência alternativa, modos diferenciados de comunidades urbanas, com leis específicas de convivência destes grupos. É como se tivéssemos a criação simultânea de várias tribos, as tribus urbanus.
De certa forma, elas já começaram a ser ensaiadas em vários lugares da Europa e ganharão força e voz forçando os legisladores oficiais a conjugarem esforços de convivência da lei maior com a lei menor, se é que me entendem.
Estes guetos sociais, tribos organizadas sob nova ideologia, terão autonomia na criação de um novo status quo. É como se tivéssemos certo retrocesso civilizatório quando tínhamos os diversos feudos da idade média, algo parecido.
Por que isto predominará?
Há uma procura demasiada de muitas pessoas em terem pontos de convívio com aqueles que possuem a sua mesma identidade social e ideológica. Querem estar juntos, viverem juntos, construírem juntos os seus ideais de vida.
Pode parecer estranho, mas este novo modo de organização social será considerado um grande avanço. Não haverá desrespeito às leis maiores do País, mas naquele território haverá o predomínio das suas práticas sociais em detrimento do que possa prevalecer no contexto nacional.
Tudo isso faz parte da busca humana pela sua felicidade e demonstra inteiro respeito pela diversidade e pluralidade de ideias. No mundo espiritual já é assim. Temos fronteiras transnacionais, absolutamente diferentes daquilo que conhecemos na Terra física, embora guarde as suas devidas proporções com o que temos instalado na geografia terrena. Isto ocorre porque o processo civilizatório da dimensão espiritual ocorreu de maneira diferente dos marcos geográficos físicos.
Ora, por que não permitir tais experiências?
O que isso traria de mal?
De nossa parte, considero um enorme esforço dos viventes na Terra de edificarem bases de uma sociedade mais justa e igualitária, mesmo que para isso tenhamos que redimensionar o modo vigente de sociedade.
Esta é uma das grandes novidades em desenvolvimento. Outras serão implantadas e o gérmen delas já está em ebulição por aí e na mente de muitos que chegam do lado de cá para revolucionar o que já demonstrou que não funciona.
Benvindo a um mundo novo, mais interessante, menos rigoroso, mais plural e vigoroso de alegria e bem-estar.
Até mais ver!

Joaquim Nabuco 

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