11.7.16

Braços Cruzados

Vejo por aí, ainda hoje, muitos homens pedindo esmola. Meninos, que deveriam estar na escola ou aprendendo um ofício qualquer, limpando carros nas avenidas. Do meu tempo para cá, o que mudou?
É certo que foram criadas leis. É também certo que exista hoje um caldeirão de proteções sociais, mas por que ainda temos que conviver com tamanha miséria social?
Ora, se estão lá, no meio da rua, abandonados, é porque eles não têm para onde ir, com quem ficar, o que fazer.
Esta é mais uma demonstração que nossa sociedade, apesar dos incontáveis avanços, ainda se encontra doente. Está doente porque parte de seus integrantes – e não são poucos – estão relegados a própria sorte.
O que fazer além da indignação para quem já a possui?
As organizações sociais e não governamentais fazem a sua parte. Procure alguma delas e empreste a sua solidariedade em forma de recurso financeiro ou com a sua própria ajudada voluntária.
As igrejas, o movimento espírita e vários religiosos possuem iniciativas caritativas que atendem a muitos segmentos envolvidos em carência. Engaje-se em uma, o mais rapidamente possível.
Se nada puder fazer, se achar que nada pode ser feito, ao menos ore.
A oração é benção divina que cada um de nós pode empresar ao seu irmão de caminho e nada custa, absolutamente não se paga nada por ela.
Basta, de maneira corajosa e sincera, elevar o pensamento e o coração em convergência para aquele que sofre.
Algo, portanto, pode ser feito no curto prazo para aliviar as dores dos nossos irmãos ao relento, classificados como excluídos.
Outro procedimento, porém, pode ser feito com mais efetividade.
É o voto, meu filho, é a participação política consciente. Este é um poderoso instrumento de transformação social quando visto de maneira responsável.
As eleições municipais se aproximam e em quem você vai votar?
Que causa você vai defender?
Que juízo de valor fará para as propostas políticas dos candidatos?
Todas as iniciativas, particulares ou coletivas, públicas ou privadas, são importantes para tirar o menor da rua e o adulto da exclusão.
Outras sociedades já conseguiram avançar um passo, então é possível fazer.
Vejamos o que nos cabe. Pensemos as nossas alternativas. O que não se pode, de jeito algum, é ficar de braços cruzados.
Paz em Jesus!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

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