4.7.16

Quando, Pai?

Meus queridos amigos,
Quero abordar hoje sobre a pobreza no mundo.
Apesar de tanta riqueza que se tem sobre a Terra, a condição desigual e miserável ainda predomina no planeta.
Como é que temos ainda tanta gente na faixa da miséria total?
Uma pesquisa recente apontou os 10 países mais pobres do mundo, liderado pela República Centro-Africana, mas igualmente os demais países do ranking eram todos da África.
Que vergonha!
Somos unânimes em nos gabar dos incríveis avanços tecnológicos. Jogamos para o ar o argumento que hoje se processa mais informações em um minuto do que se fazia em toda a história da humanidade. Pois bem, e daí?
Processamos informações, inventamos mil coisas geniais, aperfeiçoamos as nossas máquinas, dobramos o nível de conhecimento, mas tropeçamos na nossa incapacidade de gerar riqueza equânime para a maioria da população do planeta.
Somos incapazes, enquanto moradores de um mesmo planeta, de proporcionar condições dignas de vida para o conjunto de nossos irmãos.
Isto tem uma palavra, uma única palavra para explicar este desconforto: egoísmo.
Qual a consideração que temos com os nossos irmãos africanos? Nenhuma. Pensa-se que lá é assim mesmo e sempre será. Não importa o que se fizer haveremos de ter uma África miserável para todo o sempre.
Que lástima!
Além de egoístas inveterados, aprovamos a nossa incompetência com argumentos frouxos e sem sentido algum.
Não enfrentamos o problema e tampouco movemos uma palha sequer na direção de diminuir as barreiras que nos separa.
Como poderíamos ajudar?
Procure instituições verdadeiramente sérias e dê a sua contribuição. Diminuindo a fome de um, que seja apenas um de nossos irmãos, já estaremos dando enorme passo de renovação social.
Falta a presença do Cristo em nossas mentes. Quando Ele se solidarizou com todos os pobres e marginalizados, dizendo que se fizessem a eles faríamos a Ele próprio deu a dica universal da solidariedade humana irrestrita como caminho para a felicidade social.
Mas não, cruzamos os braços na nossa primeira argumentação indecorosa. E por que não cuidar dos famintos e pobres da esquina da sua rua ou da cidade que você mora?
Para quem deseja ajudar as portas do bem abrem-se ligeiramente. Pense nisso!
Por quanto tempo ainda, Pai, continuaremos a nos alimentar com estatísticas absurdas, que denigrem a dignidade e que nos rebaixa a humanidade?
Quando é que veremos o Cristo na face de qualquer irmão de caminho?
Quando? Quando, Pai?
Helder Câmara – Blog Novas Utopias

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