7.8.16

A Verdadeira Transformação

A ordem das coisas depende de cada um de nós. Nosso futuro está literalmente nas nossas mãos. Não nos desculpemos, portanto, quando algo foge ao nosso controle, ao contrário, partamos já para outra fileira a saber, onde possamos seguir caminho próprio.
Não nos convém mais, à luz do que sabemos e pregamos, dar desculpas quanto às nossas falhas morais pontuais. Temos muitas imperfeições, é verdade, e vamos ainda demorar séculos por entendê-las e dominá-las completamente, mas já há um mínimo que podemos – e devemos – fazer em busca da nossa melhoria espiritual.
O mundo passa por transformações, mudanças abruptas, de algo que jamais se viu na história da humanidade. Transformações gigantescas batem a todo momento à nossa porta. Ora, junto com elas, as mudanças de ordem tecnológica, devemos priorizar também as mudanças de ordem moral, pois que adianta um mundo avançado na tecnologia com homens ainda se comportando como se estivessem próximos às cavernas.
A tecnologia é sintoma de evolução intelectual e nisto demos passos extraordinários em tão pouco tempo. Mostramos a nós mesmos que somos absolutamente capazes de proezas inimagináveis, no entanto, comportamo-nos de maneira bruta e cruel, destruímos a nós mesmos e a natureza que nos recebe e alimenta. Somos brutos porque sequer reconhecemos falhas grotescas no proceder e defendemos, com unhas e dentes, procedimentos que já deveriam ter sido abandonados ao longo da história.
É este, porém, o retrato que temos, por enquanto. Satisfazer-se com ele, jamais. Deixar de reconhecer os avanços, igualmente não, mas não permitir passos de maior envergadura no contexto social, político e econômico é perda de tempo e sinal de beligerância.
Aos que acenam por mudanças radicais, muitas delas imprescindíveis, analisemos até onde se pode fazê-las hoje. Quando não, absorvamos o que é possível a as executemos já. O que não se pode, a pretexto da cautela, é deixar sempre para depois as mudanças que consideramos urgentes.
No Brasil, por exemplo, encontramos contrastes significativos. De um lado, avanços econômicos setorizados, tecnologia de ponta, inovação a pleno vapor, ideias maravilhosos postas em execução. De outro, porém, a famigerada corrupção, os desmandos governamentais, a educação de baixíssima qualidade, os indicadores de pobreza que não deixam de existir e lembrar, de certa forma, que somos extremamente egoístas, porquanto somos absurdamente concentradores de riqueza.
Neste capítulo, importante lembrar a figura de Jesus de Nazaré.
Por favor, não me denominem imediatamente que trato de religiosismo, de aderência a causas secundárias. Nada disso. Primeiramente, reconhecer a enorme contribuição moral deste personagem histórico, da sua elevada condição espiritual, de tamanha envergadura que não conseguimos ainda vislumbrar. Contenham-se muitos apenas nos quesitos do comportamento moral desejado. Sua filosofia do amor não houve outra, até o momento, que se demonstrasse mais eficiente. Outras ficaram, tão somente, em questões subliminares, Ele, entretanto, foi a fundo, disse objetivamente que nenhuma mudança efetiva ocorreria se não fosse por intermédio da implantação da lei do amor.
Aprendamos, portanto, com este senhor. Ele tem muito a nos ensinar. Descuidem-se do aparato dogmático que os homens lhe deram e concentre-se, o máximo que puder, na sua mensagem redentora e magnífica.
Avante, senhores, pois as mudanças que desejamos ver instaladas no mundo, como bem afirmou a grande alma da Índia, deve perpetuar-se primeiramente no coração de cada homem.
Será assim – e somente assim – que promoveremos a grande revolução que a humanidade espera.
Abraços,

Joaquim Nabuco - Blog Reflexões de um Imortal

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