6.9.16

ALIENAÇÃO MENTAL

Na excelente obra intitulada “No Mundo Maior”, logo no capítulo 2 – “A Preleção de Eusébio” –, vamos nos deparar com as atualíssimas palavras do referido Instrutor, alertando, há 70 anos, para o grave problema da alienação mental, que, de fato, a Humanidade parece estar acometida, diante da violência e dos comportamentos agressivos que, mesmo nos países mais civilizados, se espalham entre os homens.
“Existe, porém – alerta-nos o Instrutor –, nova ameaça ao domicílio terrestre: o profundo desequilíbrio, a desarmonia generalizada, as moléstias da alma que se ingerem, sutis, solapando-vos a estabilidade.
Vossos caminhos não parecem percorridos por seres conscientes, mas semelham-se a estranha veredas, ao longo das quais tripudiam duendes alucinados.
(...) Esse hiante vórtice, meus irmãos, é o da alienação mental, que não nos desintegra só os patrimônios celulares da vida física, senão também nos atinge o tecido sutil da alma, invadindo-nos o cerne do corpo perispiritual.”
Realmente, a falta de equilíbrio emocional, tangenciando a loucura, parece se generalizar, não apenas nas demonstrações coletivas de insanidade, que poderiam ser atos de loucura isolados, mas, principalmente, nas ações individuais, cometidas, no cotidiano, por pessoas aparentemente saudáveis.
Eis alguns exemplos:
- o vandalismo contra a Natureza,
- a depredação do patrimônio público,
- a violência no trânsito,
- a corrupção generalizada,
- o comportamento suicida dos jovens...
Claro que, felizmente, quando nos referimos ao comportamento suicida dos jovens, existem exceções, tanto quanto nos outros itens que acima elencamos – não obstante, deveras, é alarmante, a situação de precariedade espiritual que a Humanidade atravessa.
Agora, recentemente, em Portugal, um incêndio criminoso que, praticamente, se generalizou, destruiu boa parte de suas reservas florestais.
Aqui no Brasil, durante as Olímpiadas, sem nenhum propósito de crítica destrutiva, dois jovens atletas norte-americanos, forjaram um assalto para ocultarem os atos de barbárie que, sem mais nem menos, praticaram num posto de gasolina.
Nos Estados Unidos da América do Norte, com a população quase toda armada, quando a quando, alguém ensandecido invade uma repartição publica e pratica assassinatos em série.
No Brasil, um idoso de mais de 80 anos, dentro de um ônibus, sem qualquer motivo aparente, atirou num rapaz e esfaqueou outro que desmaiara – ambos desencarnaram.
No Japão, dias atrás, um homem, armado de faca, invadiu um hospital e assassinou dezenove pessoas.
Aqui, em Uberaba, até então, pacata cidade do interior mineiro, numa briga envolvendo gangs de traficantes, em plena via pública, de populoso bairro, um rapaz foi morto a tiros de metralhadora e as casas dos moradores vizinhos ficaram crivadas de projéteis.
O homem, com facilidade, está a se transfigurar em fera, e, realmente, exteriorizando o seu preocupante estado de alienação mental, a manifestar-se, de inesperado, não apenas nos “homens-bomba” do terrorismo islâmico, mas, repetimos, em seu comportamento diário, inclusive, dentro de sua própria casa.
E assim, por exemplo, num país como a Itália, na qual anda faltando médico pediatra para cuidar das crianças refugiadas, que, abandonadas, vagam, pelas ruas das grandes cidades, há de faltar psiquiatras para cuidar de tanta gente louca, quando, inclusive, eles próprios, os psiquiatras, em bom número, demonstram estar carecendo de tratamento.
A Humanidade, quase no final da segunda década deste Terceiro Milênio, está se vendo diante de um impasse: ou, realmente, se volta para as lições de Jesus, o Divino Médico das Almas – mas não para o Cristo que os pastores evangélicos andam pregando em seus templos na loucura do enriquecimento ilícito! –, ou, infelizmente, veremos a Terra transformar-se em maior nosocômio do que ela já se revela.
Os encarnados, que crêem na sobrevivência do espírito para além da morte do corpo carnal, nem de perto fazem ideia do número de espíritos que, quase que em completa insanidade, todos os dias aportam ao Mundo Espiritual, carecentes de tratamento psiquiátrico de profundidade, já que, infelizmente, ainda não se revelam dispostos a aceitar Jesus Cristo no coração.

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 5 de setembro de 2016.

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