Minhas Senhoras, Meus
Senhores!
Que dias vivemos no nosso
Brasil.
Dias de espanto, diria. Dias
de aprendizado, confirmaria. Dias, porém, de profunda reflexão e de coragem
para mudar.
O que vemos é um tecido morto
querendo viver. Um modelo ultrapassado de se fazer política que se mantém pelos
“tubos”, embora a sua morte já houvesse sido declarada.
A política no Brasil
ultimou-se há algum tempo, mas teimosamente a classe política a mantém como uma
chama nas suas derradeiras manifestações.
Os partidos não funcionam.
São meras siglas que não dizem nada de aprofundamento ideológico, na sua
maioria.
O sistema político está
falido, pois que não representa a democracia na sua inteireza e complexidade.
Os cidadãos simplesmente se acham distanciados da realidade das principais
decisões do País e sequer se sentem representados.
Os políticos, em grande
parte, discutem ao vento ou absorvem os conteúdos que lhe são inerentes para
defenderem os seus interesses. Quando não roubam o dinheiro público de alguma
maneira, subtraem a confiança popular de outra.
Para onde vai o nosso País desse
jeito?
Para lugar algum se não
efetuarmos as reformas inadiáveis que já defendi.
Por favor, não me falem de
lisura. Todos sabemos que os políticos que estão aí, independentemente da sua
opção partidária, e garantindo obviamente as boas exceções, são desonestos por
natureza.
A ausência de hombridade
empestou o quadro político brasileiro de há muito tempo, não é fenômeno
recente. Todos correm para tirar o seu quinhão no grande aporte das benesses
públicas. A hipocrisia reina triunfante na maioria dos gabinetes de governo e
nas tribunas legislativas.
De nossa parte, influenciamos
para que o bem possa prevalecer e trabalhamos para diminuir o índice de
falcatruas e de negligência com os interesses maiores da população.
O subterrâneo do mal
alastrou-se de tamanha monta na política brasileira que poucos, muito poucos,
conseguem exercer seu mandato sem o manto do fascínio espiritual negativo.
Aqueles que juraram defender
o povo e os princípios morais foram os primeiros a, em chegando ao poder,
subtrair o que pudessem em nome de uma ideologia facciosa.
Os outros, como sempre,
queriam beber dos impostos contraídos para a manutenção do status quo.
Nem vencidos, nem vencedores.
Todos perderam. Perdeu a democracia, perdeu a cidadania, perdeu o povo.
Vamos agora tentar dar um
rumo diferente no que está aí. E não afirmo ser melhor que ninguém o que hoje
se presta a consertar o País. É o retrato da legalidade, o que não quer dizer
que seja o reflexo da vontade popular. Se é o que está aí que trabalhemos no
processo de mudança. Mudança em substância e não apenas nas aparências.
Tolo seria imaginar que não
teríamos saída para o nosso Brasil. O que temos, porém, neste momento grave que
passa a nação, é a oportunidade do aprendizado consciente para propormos leis
mais sérias e rigorosas e mais, o cumprimento fiel delas.
Os cidadãos são os grandes
juízes das mudanças, isto se não ficarem apenas no discurso vazio da crítica,
mas que se envolvam mais ativamente com o processo político. Não deleguem
responsabilidade aquilo que lhes pertence fazer.
Ao Brasil, que venham as
mudanças.
A mudança verdadeira.
A mudança na base.
A mudança no caráter.
A mudança desta práxis
ultrapassada.
Avante, Brasil, há muito por
se fazer.
Um abraço,
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões
de um Imortal.
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