4.9.16

Modelo Ultrapassado

Minhas Senhoras, Meus Senhores!
Que dias vivemos no nosso Brasil.
Dias de espanto, diria. Dias de aprendizado, confirmaria. Dias, porém, de profunda reflexão e de coragem para mudar.
O que vemos é um tecido morto querendo viver. Um modelo ultrapassado de se fazer política que se mantém pelos “tubos”, embora a sua morte já houvesse sido declarada.
A política no Brasil ultimou-se há algum tempo, mas teimosamente a classe política a mantém como uma chama nas suas derradeiras manifestações.
Os partidos não funcionam. São meras siglas que não dizem nada de aprofundamento ideológico, na sua maioria.
O sistema político está falido, pois que não representa a democracia na sua inteireza e complexidade. Os cidadãos simplesmente se acham distanciados da realidade das principais decisões do País e sequer se sentem representados.
Os políticos, em grande parte, discutem ao vento ou absorvem os conteúdos que lhe são inerentes para defenderem os seus interesses. Quando não roubam o dinheiro público de alguma maneira, subtraem a confiança popular de outra.
Para onde vai o nosso País desse jeito?
Para lugar algum se não efetuarmos as reformas inadiáveis que já defendi.
Por favor, não me falem de lisura. Todos sabemos que os políticos que estão aí, independentemente da sua opção partidária, e garantindo obviamente as boas exceções, são desonestos por natureza.
A ausência de hombridade empestou o quadro político brasileiro de há muito tempo, não é fenômeno recente. Todos correm para tirar o seu quinhão no grande aporte das benesses públicas. A hipocrisia reina triunfante na maioria dos gabinetes de governo e nas tribunas legislativas.
De nossa parte, influenciamos para que o bem possa prevalecer e trabalhamos para diminuir o índice de falcatruas e de negligência com os interesses maiores da população.
O subterrâneo do mal alastrou-se de tamanha monta na política brasileira que poucos, muito poucos, conseguem exercer seu mandato sem o manto do fascínio espiritual negativo.
Aqueles que juraram defender o povo e os princípios morais foram os primeiros a, em chegando ao poder, subtrair o que pudessem em nome de uma ideologia facciosa.
Os outros, como sempre, queriam beber dos impostos contraídos para a manutenção do status quo.
Nem vencidos, nem vencedores. Todos perderam. Perdeu a democracia, perdeu a cidadania, perdeu o povo.
Vamos agora tentar dar um rumo diferente no que está aí. E não afirmo ser melhor que ninguém o que hoje se presta a consertar o País. É o retrato da legalidade, o que não quer dizer que seja o reflexo da vontade popular. Se é o que está aí que trabalhemos no processo de mudança. Mudança em substância e não apenas nas aparências.
Tolo seria imaginar que não teríamos saída para o nosso Brasil. O que temos, porém, neste momento grave que passa a nação, é a oportunidade do aprendizado consciente para propormos leis mais sérias e rigorosas e mais, o cumprimento fiel delas.
Os cidadãos são os grandes juízes das mudanças, isto se não ficarem apenas no discurso vazio da crítica, mas que se envolvam mais ativamente com o processo político. Não deleguem responsabilidade aquilo que lhes pertence fazer.
Ao Brasil, que venham as mudanças.
A mudança verdadeira.
A mudança na base.
A mudança no caráter.
A mudança desta práxis ultrapassada.
Avante, Brasil, há muito por se fazer.
Um abraço,

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal.

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