10.1.17

REVELAÇÃO – EVANGELHO - III

         286 –O sacrifício de Jesus deve ser apreciado tão-somente pela dolorosa expressão do Calvário?
         -O Calvário representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta. E o cristão deve buscar, antes de tudo, o modelo nos exemplos do Mestre, porque o Cristo ensinou com amor e humildade o segredo da felicidade espiritual, sendo imprescindível que todos os discípulos edifiquem no íntimo essas virtudes, com as quais saberão demonstrar ao calvário de suas dores, no momento oportuno.
            287 –Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Como conceituar essa suposição em face da intensidade do sofrimento moral que a cruz lhe terá oferecido?
       -A dor material é um fenômeno como os dos fogos de artifícios, em face dos legítimos valores espirituais.
         Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal.
         Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contempla-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.
         De modo algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus, estabelecendo dados comparativos entre o Senhor e o homem.
         Em sua exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a sua humildade, a sua renúncia por toda a Humanidade.
         Examinados esses fatores, a dor material teria significação especial para que a obra cristã ficasse consagrada? A dor espiritual, grande demais para ser compreendida, não constitui o ponto essencial da sai perfeita renúncia pelos homens?
         Nesse particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão discutindo, como as crianças que somente admitem as realidades da vida de um adulto, quando se lhe fornece o conhecimento tomando por imagens o cabedal imediato dos seus brinquedos.


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