2.2.17

DURANTE A INFÂNCIA

Questão 382 do Livro dos Espíritos

No decurso da infância o Espírito não sofre, porque não se encontra devidamente ligado ao corpo em estado de crescimento. A lei universal que protege a todos tem as suas gradações de eutimia, facilitando assim o estado em que se encontra a alma em vias, por vezes, de grandes provações. Conforme o Espírito que se encontra ligado à carne, ele passa por certas inquietações, em estado de sono ou inconsciência, que não convêm ao Espírito esclarecido. Já o Espírito altamente evoluído, quando vem à Terra em missão especial, não perde sua lucidez, por não ter necessidade disso, como no caso de Francisco de Assis e outros.
A capacidade espiritual dessas almas não os deixa ficar inertes, nem precisam descansar na formação do seu corpo físico; eles trabalham constantemente. Todavia existem almas que ficam em estado de inconsciência, às vezes até por toda existência. Elas não estão perdendo tempo, pois há um processo de osmose, onde a lei de amor se processa para educar as criaturas nesse regime de vida, que aparentemente se encontra desligado da vida.
Os meios de aformosear a vida são diversos, uns mais lentos e outros mais ligeiros; isso tudo depende da evolução da alma. O carro de boi é muito lento na sua marcha, contudo, a evolução dotou o avião moderno com mais velocidade. Assim é a evolução do Espírito primitivo em relação ao evoluído.
Em se falando das crianças, a imperfeição dos órgãos já lhes obriga a não pensar e nem expressar o que guardam acumulado como suas experiências. Se o corpo tolhe suas faculdades, certamente que isso tem um objetivo, o de ficar em estado de descanso refazendo forças para novas lutas na carne, que não são fáceis. A mensagem do espiritismo à humanidade é para o devido preparo, principalmente para entender como receber os recém-vindos ao mundo, pois que vai ser entregue a eles o comando de todas as nações e de todos os lares, para que esses, no futuro, vivam na suavidade do amor e da caridade.
O constrangimento dos órgãos das crianças é para o bem delas; no fundo, é refazimento das forças. O soldado no “front” tem suas horas para reparar o que perdeu nas lutas. A vida na Terra é, pois, plena luta, e quem vence a si mesmo é o maior vencedor.
Quando Jesus deu grande importância para as crianças, foi nos ensinando que devíamos fazer o mesmo, porque elas são sementes de Deus para continuidade da mensagem de Cristo, porém é necessário que aprendam a viver no ambiente dos pais. Uma criança no lar é um encanto em flor de vida, que por muitas vezes sustenta a vida dos pais. O sorriso de uma criancinha para os pais é vida que se transmite para os que lhe deram a vida material. É a gratidão em silêncio.
Cuidemos bem das crianças e não culpemos a Deus por seus infortúnios, quando esses surgirem em nossos caminhos, nem nos revoltemos com os sofrimentos delas, pois Deus não sabe o que faz; porém cuidemos mais no que se refere a nossa obrigação, para que o sofrimento das crianças não sejam por desmazelo dos pais. Respondemos pelo que deixamos de fazer, esquecendo a obrigação no trato com os pequeninos em formação para a vida.
Que Deus abençoe as crianças e os pais, nos seus cuidados com a formação do homem de amanhã.


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