1 E até ao ano de 553 da Era Cristã, a Igreja nascente admitia a
Reencarnação, contudo, por ação deliberada das Trevas, no II Concilio realizado
em Constantinopla, decretou-se que “todo aquele que defender a doutrina mística
da preexistência da alma e a consequente opinião de que ela retoma seja
anátema!”. A História registra que, no referido Concílio, o Imperador
Justiniano, que era influenciado pela esposa, Teodora, inclusive nos assuntos
governamentais e teológicos, mandou que se proibisse a doutrina da
transmigração das almas e do carma. Acontece que Teodora, que houvera sido uma
mulher de vida desregrada, ao se unir com o Imperador, que por ela se
apaixonou, passara a ser ironizada pelas suas antigas amigas de leviandades. Em
consequência, a esposa do Imperador ordenou que quinhentas mulheres fossem
mortas em Constantinopla. Os cristãos, então, passaram a rotulá-la de assassina
e a espalhar a notícia de que, a fim de ressarcir o débito contraído, nas vidas
futuras, ela deveria morrer igualmente assassinada quinhentas vezes! Com receio
de que tal previsão se confirmasse, Teodora, passando a odiar a doutrina da
Reencarnação, investindo contra ela, influenciou o marido para que decretasse a
sua extinção e perseguisse os seus defensores. O desastroso desfecho consistiu
na absurda “proibição à lei natural das vidas sucessivas”, no II Concílio de
Constantinopla! (p. 250-251).
Livro: Nos Céus da
Gália – Carlos A. Baccelli – Irmão José
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