18.8.17

Entrevista de Divaldo Franco

    - Os mais recentes trabalhos de Joanna de Ângelis têm abordado temas ligados à psicologia. Qual a razão?
    Divaldo: Segundo a bondosa Mentora, ela tem o desejo de assentar algumas pontes entre o pensamento espírita e as conquistas da psicologia transpessoal. Por essa razão, nos últimos vinte anos, sem fugir aos objetivos do seu trabalho doutrinário e de consolação, ela vem abordando questões existenciais à luz do Espiritismo e da Psicologia, demonstrando que o primeiro prossegue confirmado pelas conquistas psicológicas da atualidade.
    - Comenta-se que o vocabulário empregado nas Obras de sua psicografia seria um tanto erudito. Isso tem fundamento ou se deve à falta do hábito da leitura por parte do povo?
    Divaldo: Confesso que não posso julgar a questão com segurança. Sempre que leio a Codificação busco o dicionário em muitos momentos, considerando-se a linguagem escorreita e nobre em que se apresenta (embora Kardec tivesse tido a preocupação de escrever de forma fácil, popular, para atender ao povo de todos os segmentos da cultura e da sociedade). O mesmo sucede com alguns Autores espirituais como Emmanuel, André Luiz e outros encarnados. Joanna de Ângelis desencarnou no começo do século XIX, preferindo, às vezes, uma linguagem mais cuidadosa. Como cada Autor tem o seu próprio estilo, noto diferenças significativas de linguagem nas suas páginas, como ocorre com o Espírito Ignotus, que escreve de forma muito simples. Como o Espiritismo é, também, doutrina de cultura e aprimoramento de linguagem - um dos sinais de decadência de um povo, é a falta de linguagem, o enriquecimento de gírias e empobrecimento de expressão - penso que os Espíritos preferem escrever corretamente e de forma educativa.
    - Qual o caminho do livro espírita neste novo milênio?

    Divaldo: O livro espírita é farol abençoado que aponta rumos na noite das paixões e abre caminhos na selva densa da ignorância, libertando o ser de sua inferioridade e impulsionando-o ao avanço. Assim sendo, acredito que o livro espírita desempenhará papel preponderante na preparação do milênio, conforme já vem ocorrendo.

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