30.9.17

GLÓRIA IMORTAL

Além da campa escura, existe luz,
Um novo dia esplende sobranceiro,
Cheio de sol, dourando por inteiro
O renascer da Vida que reluz.

Por mais espessa, a sombra se reduz
Perante o amanhecer alvissareiro,
Que acende, no horizonte, o candeeiro
Do Excelso Amor de Deus que nos conduz.

Repleta de perfume, a Natureza
Em cenário de rútila beleza,
Revela-se soberba e bem mais forte...

E ante a glória imortal da Criação,
A alma entoa mística canção,
Na Vida que prossegue e vence a morte!...

Cruz e Sousa – Blog Espiritismo em Prosa e Verso

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 22 de setembro de 2017, em Uberaba – MG).

29.9.17

ESCOTISMO E ESPERANTO

ESCOTISMO E ESPERANTO
Baden Powell :
Robert Stephenson Smith Baden Powell nasceu em Londres, Inglaterra, a 22 de Fevereiro de 1857 - no dia em que os americanos celebravam o 125º aniversário do nascimento de George Washington.
LEI ESCOTEIRA
O Escoteiro tem uma só palavra; sua honra vale mais que a própria vida.
O Escoteiro é leal.
O Escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação.
O Escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais Escoteiros.
O Escoteiro é cortês.
O Escoteiro é bom para os animais e as plantas.
O Escoteiro é obediente e disciplinado.
O Escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades.
O Escoteiro é econômico e respeita o bem alheio.
O Escoteiro é limpo de corpo e alma.
_________________________________________________________
O ESCOTISMO E O ESPERANTO
" O Esperanto conseguiu provar suas possibilidades em muitos meios e campos, e em algumas associações nacionais já se permite conquistar a especialidade de intérprete por meio dele."
Declaração do Comitê Escoteiro Internacional, do ano de 1964, na sua reunião em Luxemburgo.
Skolta Esperanto-Ligo Ekvigligxas Denove en Usono
http://www.esperanto.org/…/U…/ktp/1995/nov-dec/selvivas.html.
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Sempre alerta,
Jozefo RS
KURSO DE ESPERANTO
http://www.kurso.com.br

28.9.17

Espaço-Tempo

    A terra gira em seu denominado movimento de Rotação e Translação.
    O sol arrasta consigo seu sistema, o conjunto de seus planetas e satélites em direção à um ponto denominado Ápex. O astro de nosso sistema gravita em torno do eixo de nossa galáxia, num movimento resultante da própria galáxia, e, inúmeras são as galáxias, cada qual com sua infinidade de corpos celestes, e, incontáveis sistemas solares.
    A distância astronômica entre uma galáxia e outra foge à nossa compreensão, e, tal distância, comparada com o universo é demasiadamente pequena. Segundo Einstein para atravessarmos o universo seriam necessários 18 bilhões de anos-luz.
    O período do ciclo solar é de 28 anos, o qual terminado, o ano recomeça sempre pelos mesmos dias, enquanto o ciclo lunar possui 19 anos, e, ao fim destes, as fases da lua voltam a se realizar nas épocas do período anterior. O chamado "Grande ano de Platão" consiste em uma volta completa no espaço de todas as estrelas em relação à Terra, de duração de 25.550 anos, sincronamente equivalente ao número médio das respirações do ser humano em um período de 24 horas.
    O nome que os astrônomos aplicam ao movimento de oscilação do eixo da Terra é "Precessão dos equinócios", e que se sucede a cada 2.145 anos, ou seja, a cada 30 graus do "Grande ano de Platão", o qual completo tem 360 graus do ciclo macroscópico de 25.550 anos comparados à um dia de inspirações e expirações humana.
    Mas o que os antigos sabiam dos movimentos das galáxias?
    A sabedoria antiga reporta-nos por um velho comentário oculto, escrito originalmente em sensar:
    "A roda única gira. Uma volta só é feita e cada esfera, e sóis de todos os graus, seguem a sua rota. A noite do tempo perde-se nessa volta e os éons representam menos do que segundos no curto dia do homem. Passam dez milhões de milhões de éons, e duas vezes dez milhões de milhões de Ciclos Brâmicos (trezentos e onze quatrilhões, quatrocentos trilhões de anos igualam um Ciclo Brâmico ou Grande Éon),  e, apesar disso, não fica completa uma hora do tempo cósmico. Dentro da Roda e formando essa Roda existem as rodas menores da primeira à décima dimensão. Estas na sua volta cíclica suportam nas suas esferas de força outras rodas menores. E contudo, o sol cósmico é composto de muitos sóis. "
    A maioria dos físicos hoje acredita na existência de uma quinta dimensão, segundo estes - "A quinta dimensão é menor que o núcleo de um átomo, mas nós e todo o Universo estamos dentro dela".
    O mesmo comentário antigo e oculto em sensar continua reportando-nos:
    "Rodas dentro de rodas, esferas dentro de esferas. Cada uma segue sua rota e repele ou rejeita a sua irmã, e apesar disso nenhuma pode escapar aos braços circunvolventes da mãe.", e continua... "Quando as rodas da quarta dimensão, das quais o nosso sol é uma, e tudo o que é de menor força e em número mais elevado, tal como o oitavo e nono graus, girarem sobre si mesmas, se devorarem uma às outras e se voltarem e despedaçarem a sua mãe, então a Roda Cósmica estará preparada para uma revolução mais rápida".
    Hoje a física determina a não existência de espaço vazio, e sim uma interligação energética, e, a física quântica nos afirma que toda a energia que interliga o universo pode ser influenciada pelo nosso poder mental.
    Segundo a física, o observador do fenômeno é um participante do fenômeno, o que demonstra uma interação, uma grandeza em potencial que, adicionada à grandeza do universo, provam-nos a infinitude divina ao seu manifesto inerente, dessa forma nossa energia mental pode influenciar a energia universal. Segundo a Ciência aproximadamente existem em todo o universo 10 elevado a100 de átomos, o número torna-se tão gigantesco, e, nosso cérebro oferece informações que processa cerca de 10800 opções a percorrer. Esse numero 10 elevado a 800 não implica em oito vezes 10 elevado a 100, sendo 700 zeros a mais do que existem nesse valor, e, se cada zero multiplica dez por dez, deparamo-nos com um número inimaginável e superior ao número de átomos existentes no universo.
    A ciência alerta para o fato de um indivíduo adulto ser detentor de 14 bilhões de neurônios e suas possibilidades de conexão superam as estrelas do universo.
    O macrocosmo assim como o microcosmo possui seus ciclos; as minúsculas partes do átomo têm os seus, assim como as estrelas, os cometas e as galáxias, assim como disse Espinosa: há uma relação entre o finito e o infinito, o mesmo princípio de Hermes Trismegistro: "Assim como é em cima, assim é em baixo". Teilhard de Chardin afirmava que via Deus no átomo, isto é, Deus presente no átomo.
    Os ciclos geralmente denotam a recorrência de acontecimentos. A própria humanidade parece ser cíclica e sensível a densidade populacional.
    Concluímos que não estamos apenas nós impregnados de ondas mentais, mas que também impregnamos o universo, como nos afirma a física  no fato de que as coisas invisíveis são mais reais do que as visíveis, e como nos afirma a ciência ser a inteligência o trabalho conjunto de diversas regiões cerebrais e a capacidade da produção das conexões dos seus 14 bilhões de neurônios.
    Se a Física Quântica nos afirma não haver observador de um fenômeno, mas participante de um fenômeno, desta forma podemos crer nossas atitudes irão refletir nos campos vibratórios psíquicos da coletividade à qual estamos associados. O próprio medo emanado da mente humana e o inconsciente coletivo mergulhado em temores apocalípticos com a finalização do milênio tornam-se então a agulha que tece destinos tornando a melhor maneira de pensar "o não pensar".
   Enquanto as luzes das estrelas nos perfazem uma recordação do universo, pela demora da luz trazer-nos à visão o relato de sua existência, podemos conceituar que a natureza possui uma memória e que estamos sujeitos ao vínculo de ações ao qual pertencemos, tanto naturais como sociais. Isso nos conduz ao conceito elaborado pelos cientistas de que a física quântica pode apenas "predizer um certo número de resultados possíveis" e "não um único resultado definido", isso pode ser expresso em "Vocês Mudarão?", pergunta codificada presente no estudo resultante do experimento que provou a existência do código da Bíblia que relata os maiores acontecimentos da história humana com precisão profética, publicado em um boletim especializado norte-americano, Statistical Science, órgão de divulgação do Instituto de Estatística Matemática (vol. 9, nº 3) em agosto de 1994, pp. 429-438
    Podemos concluir que o tempo cósmico não se compara à um dia de vida do homem, nossos antepassados possuíam uma visão cíclica do tempo, sem começo nem fim denotado pelos fenômenos da natureza em um perpétuo recomeço cujos ciclos regulavam sua vida.
    Em uma definição de biologia, Santo Tomás de Aquino citou que a vida é movimento.
    Segundo à Galileu atribui-se a frase: "E pur, se muove!" - E contudo, ela se move - A respeito do movimento cíclico da Terra em torno do Sol.
    Entre grandes sábios da história estudiosos do "Grande ano de Platão", destacam-se Ptolomeu, Nostradamus, Isaac Newton, A. Rosenberg entre outros.
    Galileu juntamente com Newton, Copérnico e Kepler entre outros foi um dos grandes estudiosos dos fenômenos cíclicos dos astros, em  principal do Sol e da Terra.
    A afirmação de Lavoiser de que na natureza nada se cria, nada se perde, mas tudo se transforma também se aplica aos ciclos, já que o término de um implica no início de outro.
    "Levanta-se o sol, e volta ao seu lugar onde nasce de novo. O vento vai para o Sul, e faz seu giro para o Norte; volve-se e revolve-se na sua carreira e retorna aos seus circuitos" (Eclesiastes 1:5 e 6)
    São Paulo em (2Cors. 4:18): "Porque não miramos as coisas que se vêem, mas sim as que não se vêem. Pois, as coisas que se vêem são temporais e as que não se vêem são eternas."
    Enquanto nossos antepassados possuíam uma visão cíclica do tempo, na atualidade o ponto infinitesimal presente progride em velocidade constante, não retrocede e se mostra indiferente aos acontecimentos, concebido como uma linha reta infinita ,ou finita, se correlacionado a entropia.
    Seu conceito é linear, sob o qual estamos situados e tudo se desloca, os cronômetros colaboram para a ilusão do tempo linear o que força-nos à uma urgência em saciar nossos desejos e produção tornando-se pesados fardos de estresse.
    Reportemo-nos às palavras de Albert Einstein, 1955 - "A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, embora persistente. "
    Se, em uma concepção conceptual, extinguirmos a memória e a conjectura eliminando o passado e o futuro, só nos resta o infinitesimal AGORA, assim adentramos na lógica de que o Universo está em constante emergir, se criando a cada infinitesimal AGORA e deixando seu rastro em uma memória psíquica da própria natureza, desta forma o universo torna-se um processo no qual estamos englobados e somos levados. Percebemos então que a dissolução de nosso ego não altera o processo do qual fazemos parte e que prosseguirá indefinidamente.
    Se, numa percepção psíquica súbita, percebemos o próprio universo como processo continuo - e do qual fazemos parte - em estado de perpétuo emergir, o tempo se apaga, seja ele cíclico ou linear. Entramos assim no atemporal. O tempo linear deixa de eliminar pouco a pouco nosso tempo de vida a cada segundo que passa, o estresse já não se torna nosso fardo e começamos a transcender a transitoriedade.

http://www.unicamp.br/~vgallani/

27.9.17

DURANTE O SONO

Durante o sono, o Espírito se encontra mais ou menos livre, e é nesse momento que ele se encontra com quem tem mais simpatia espiritual, razão porque sonha com pessoas da sua amizade. Quando sonha com alguém que julga desconhecer, trata-se de sintonia com personalidade de outras vidas.
O Espírito livre da densidade da matéria vai onde quer que lhe seja permitido pelos benfeitores espirituais. Essa liberdade parcial é bênção de Deus para fortalecimento da alma, nas suas provações na carne. No entanto, necessário se faz que o Espírito afira suas forças, se pode ou não aderir a certos encontros, desde que eles não venham a prejudicá-lo na sua nova vida. Porém, outros encontros lhe fazem bem, para o bom andamento das suas atividades no planeta.
Se, na Terra, a alma se instrui, frequentando escolas de variadas estirpes, no mundo espiritual essas escolas existem em maior número, para todos, desde quando o aproveitamento seja o objetivo do aluno. O pagamento, no mundo dos Espíritos, é a boa vontade de assimilar os ensinamentos ministrados. Eis porque se deve aproveitar o sono. Além de ser uma necessidade do corpo somático, o Espírito precisa dessas horas de liberdade para o bom aprendizado.
Aprende-se melhor, não na escola da Terra, mas, na do espaço, onde a realidade é mais presente e a paz mais visível aos corações. Assim como existem alunos no plano físico que desperdiçam o tempo, indo para outros lugares, supondo estar enganando aos outros, eles fazem a mesma coisa na erraticidade, só que ninguém engana ninguém. Os enganados são, pois, eles mesmos, e quem não aprende na oportunidade recebida deixa débitos para depois, quando as dificuldades de pagamento serão maiores. O Espírito relapso se esquece de que ele está deixando de aprender como se libertar das próprias inferioridades.
Para se ter sono proveitoso, necessário é que se prepare durante o dia, com pensamentos bons, com palavras edificantes e com vida reta. Os acontecimentos dos sonhos são a resposta do que se pede durante o dia, pela conduta. Nós, pela graça de Deus, estamos junto à humanidade o tempo suficiente para entendê-la, e procuramos ajudá-la em todos os pontos cardeais da vida. A mediunidade funciona por todos os meios, para que os Espíritos encarnados compreendam o valor do tempo e as bênçãos do espaço, com que Deus nos favorece por amor, senão por misericórdia.
Que cada um se alinhe nas diretrizes do amor, amando e perdoando, servindo e trabalhando em todas as direções, para que o Cristo possa aparecer dentro de si, a dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”!
Vivemos duas etapas simultaneamente: a vida física e a liberdade pelo sono no mundo espiritual. Preparemo-nos sempre para os bons encontros durante o sono, e se desejamos boas companhias nesses momentos de liberdade, melhoremo-nos por dentro, que o exterior refletirá as nossas mudanças.
Somos o que desejamos ser. Nossa mudança pode demorar, dependendo do nosso passado, entretanto, nossos infortúnios nunca são eternos e todas as nossas dívidas são pagáveis. Todas as faltas são sanáveis e todas as dores transformar-se-ão em alegrias. Precisamos perseverar até o fim, porque, depois de livres, seremos felizes para a eternidade.
Encontros e reencontros teremos sempre, na Terra e no céu, e os valores deles dependem dos nossos.
As portas do sono se abrem, por amor de Deus, para o nosso bem. Aproveitemo-lo como bons alunos, sem menosprezarmos o tempo que nos foi entregue.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

26.9.17

ESPIRITISMO – FÉ - IV

         358 –Para os Espíritos desencarnados, que já adquiriram muitos valores em matéria de fé, qual o melhor bem da vida humana?
         -A vida humana, nas suas características de trabalho pela redenção espiritual, apresenta muitos bens preciosos aos nossos olhos, na sequência das lutas, esforços e sacrifícios de cada espírito. Para nós outros, porém, o tesouro maior da existência terrestre reside na consciência reta e pura, iluminada pela fé e edificada no cumprimento de todos os deveres mais elevados.
         359 –Nas cogitações da fé, o Espírito encarnado deve restringir suas divagações ao limite necessário às suas experiências na Terra?
         -Pelo menos, é justo que somente cogite das expressões transcendentes ao seu meio, depois de realizar todo o esforço de iluminação que o mundo lhe pode proporcionar nos seus processos de depuração e aperfeiçoamento.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

25.9.17

TESTEMUNHO

Um dia, com certeza, acordarás
Para a Verdade, em seu clarão bendito,
E, então, sublime luz divisarás,
Entre as sombras, caindo do Infinito...

Todos os erros teus lamentarás,
A soluçar de coração aflito,
E o tempo que perdeste buscarás
Recuperar de espírito contrito...

Hás de trilhar, sozinho, a mesma estrada,
Daqueles que oprimiste na jornada,
Que, antes de ti, ousaram empreender...

E assim, da Terra, procurando o Céu,
Desprovido de aplauso e de troféu,
Também pela Verdade hás de sofrer!...

Cruz e Sousa

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, em reunião da manhã de sábado do dia 16 de setembro de 2017, em Uberaba – MG).

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XXVI

No capítulo 33 do livro “Nosso Lar”, André Luiz, basicamente, aborda quatro assuntos importantes: as saudades que sentia da família terrestre; o desdobramento – fornece notícias de dois espíritos encarnados que, no instante do desprendimento pelo repouso do corpo físico, estavam visitando “Nosso Lar”; a chegada da equipe de resgate denominada “Samaritanos”; e outra vez, referência aos animais no Mundo Espiritual.
*
Comentemos, inicialmente, a sua observação daqueles “dois vultos enormes” dos quais, segundo ele, “dos pés e dos braços pendiam filamentos estranhos, e da cabeça como que se escapava um longo fio de singulares proporções.” Evidentemente, André está fazendo referências aos laços perispirituais que unem o espírito ao corpo carnal. O “fio de singulares proporções” que ele observa à altura da cabeça, é uma espécie de cordão umbilical, de natureza elástica, que tão somente, se desprende em definitivo quando do fenômeno da desencarnação.
No livro intitulado “Obreiros da Vida Eterna”, em seu capítulo XIII – “Companheiro Libertado” –, narrando a desencarnação de Dimas, o autor espiritual anota o que lhe disse Jerônimo: “Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos sediados no tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.”
Os nossos irmãos internautas, certamente, haverão de pensar não apenas no cordão umbilical que, constituído por duas artérias liga o feto à placenta – quando o cordão umbilical é cortado, a criança, então, passa a respirar com autonomia – é o maravilhoso fenômeno do nascimento! Pensarão, igualmente, os nossos irmãos, naquele “cordão” que liga o astronauta à sua nave, e, através do qual, ele recebe suprimento de oxigênio. Se o cordão que liga o astronauta à nave espacial se romper, ele se perderá no espaço sideral. (Semelhantemente, os mergulhadores de grande profundidade – a Organização Internacional do Trabalho considera essa profissão a mais perigosa do mundo! – quando deixam os submarinos, que lhes abrem as escotilhas, ao caminharam sobre o piso dos oceanos, ou em suas proximidades, permanecem presos a eles por uma espécie de “cordão”.) Analogias interessantes, para que os nossos irmãos reflitam no chamado “cordão de prata”, dentro qual circulam energias de natureza atômica que promovem a união entre espírito-perispírito-corpo!...
*
Nos espíritos menos evolvidos, os laços perispirituais, claro, se revelam mais grosseiros, e, portanto, menos elásticos, não permitindo que o espírito se ausente do corpo para longas distâncias. O “cordão umbilical” pode também, em sua existência, ser considerado subjetivamente, ou do ponto de vista psicológico, nas “imantações” que o espírito, estando encarnado ou desencarnado, experimenta, não logrando, na maioria das vezes, afastar-se muito do local em que respira, como, por exemplo: família, casa, cidade, país, etc.
*
Em alguns episódios de desdobramento, ou da “saída” temporária do espírito do corpo físico, os filamentos perispirituais podem reunir-se em um único, que lhes parece terminar à altura das pernas, dos joelhos aos pés.
Quanto maior for a distância que o espírito, em estado de projeção, esteja de seu corpo físico, mais adelgaçado o “cordão de prata” se apresenta, podendo, quando assim esteja determinado que ocorra, romper-se em definitivo.
Em “Obreiros da Vida Eterna”, em seu capítulo XIX – “A Serva Fiel” –, falando sobre o desenlace de Adelaide Câmara, a nossa Aura Celeste, mais uma vez, André Luiz registrou a palavra de Jerônimo, o Instrutor: “A cooperação de nosso plano é indispensável no ato conclusivo da liberação; todavia, o serviço preliminar do desenlace no plexo solar e mesmo no coração, pode, em vários casos, ser levado a efeito pelo próprio interessado, quando este haja adquirido, durante a experiência terrestre, o preciso treinamento com a vida espiritual mais elevada.”
*
Não obstante, a fim de não nos estendermos em demasia, o que André Luiz, no capítulo 33 de “Nosso Lar”, quis demonstrar é que, em circunstâncias especiais, espíritos encarnados na Terra podem, perfeitamente, visitarem outras Dimensões, porquanto, afinal, o espírito não se encontra “emparedado” no corpo carnal.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 25 de setembro de 2017.

24.9.17

FLUÍDO CÓSMICO

    PLASMA DIVINO- O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
    Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.
    CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR - Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia indu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.
    Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado por formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.
    IMPÉRIOS ESTELARES - Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.
É aí, no selo dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.
Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins.
    A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os eletrões se conjugam ao núcleo atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início.
    NOSSA GALÁXIA - Para idearmos, de algum modo, a grandeza inconcebível da Criação, comparemos a nossa galáxia a grande cidade, perdida entre incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos prever.
    Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos como apartamentos de nosso edifício, reconheceremos que em derredor repontam outros edifícios em todas as direções.
    Assestando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo, perceberemos que nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza.
    Aprendemos que, além de nossa edificação, salientam-se palácios e arranha-céus como Betelgeuze, no distrito de Órion, Canôpus, na região do Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro, Antares, no centro do Escorpião, e outras muitas residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória perante a qual todos os nossos valores se apagariam.
    Por processos ópticos, verificamos que a nossa cidade apresenta uma forma espiralada e que a onda de rádio, avançando com a velocidade da luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro.     Nela surpreenderemos milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, instituídos de há muito, recém-organizados, envelhecidos ou em vias de instalação, nos quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas.
    FORÇAS ATÔMICAS - Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da Criação, ergue-se a base de corpúsculos sob irradiações da mente, corpúsculos e irradiações que, no estado atual dos nossos conhecimentos, embora estejamos fora do plano físico, não podemos definir em sua multiplicidade e configuração, porquanto a morte apenas dilata as nossas concepções e nos aclara a introspecção, iluminado-nos o senso moral, sem resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada passo, com seus espetáculos de grandeza.
    Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colméias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de movimento, para que se transformem em massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mônadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.
    Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstituição das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa.
    LUZ E CALOR - Os mundos, ou campos de desenvolvimento da alma, com suas diversas faixas de matéria em variada expressão vibratória, ao influxo ainda dos Tutores Espirituais, são acalentados por irradiações luminosas e caloríficas, sem nos referirmos às forças de outra espécie que são arrojadas do Espaço Cósmico sobre a Terra e o homem, garantindo-lhes a estabilidade e a existência.
    Temos, assim, a luz e o calor, que teoricamente classificamos entre as irradiações nascidas dos átomos supridos de energia. São estes que, excitados na íntima estrutura, despedem as ondas eletromagnéticas.
    Todavia não obstante tatearmos com relativa segurança as realidades da matéria, definindo a natureza corpuscular do calor e da luz, e embora saibamos que outras oscilações eletromagnéticas se associam, insuspeitadas por nós, na vastidão universal, aquém do infravermelho e além do ultravioleta, completamente fora da zona de nossas percepções, confessamos com humildade que não sabemos ainda, principalmente no que se refere à elaboração da luz, qual seja a força que provoca a agitação inteligente dos átomos, compelindo-os a produzir irradiações capazes de lançar ondas no Universo com a velocidade de 300.000 quilômetros por segundo, preferindo reconhecer, em toda a parte, com a obrigação de estudarmos e progredirmos sempre, o hálito divino do Criador.
    CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR - Em análogo alicerce, as inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-Criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a Humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, geradas pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios.
    Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos das Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.
    Compete-nos, pois, anotar que o fluido cósmico ou plasma divino, é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que "em Deus nos movemos e existimos"2.

    2- Paulo de Tarso, em Atos, 17:28.- nota do autor espiritual.


Livro: Evolução em Dois Mundos - Francisco C Xavier e Waldo Vieira - André Luiz

22.9.17

Fim dos Tempos

    Estamos no fim dos tempos, dos tempos do Mal! É bom que se compreenda a grande transformação nestes termos, e não como o fim do mundo físico.
    Os clarins já estão tocando, em busca das ovelhas escolhidas pelo Senhor para o grande vestibular da Verdade. Reveste-te de coragem avança decididamente com o Cristo no coração e acima de tudo na vida, pois, desta forma, abrir-se-á à tua frente uma lavoura deslumbrante, onde poderás trabalhar na descoberta de ti mesmo. E com o decorrer do tempo, o sol haverá de nascer no horizonte do seu mundo individual, para jamais se apagar.
    Dá os primeiros passos, trabalhando os pensamentos e com as mãos, ajudando os caídos, com a palavra de estímulo aos desventurados, com o pão ao faminto, com as vestes aos que sentem frio e nudez, que a inspiração maior servirá de ti como instrumento para outros labores de maior alcance, em zonas ou regiões nunca antes percebidas.
    Faze alguma coisa, meu filho, antes que se rompa o fio prata, antes que chegue o dia da tua mudança para a pátria dos espíritos, livre da matéria.
    Aproveita as oportunidades que te foram dadas por Deus, de te engrandecer diante da eternidade e cumpre os compromissos assumidos durante os preparativos para reencarnar na Terra, antes que se despedace o corpo de ouro. Ele é ouro divino em tuas mãos humanas. Aproveita-o bem, à medida que o teu coração ditar, com a consciência desperta em Jesus Cristo.
    Não permitas que se quebre o cântaro junto à fonte, o cântaro dos teus ideais no Bem, junto à fonte da tua existência, Certamente verás outra que, no entanto, poderá te custar muitos sacrifícios e, quem sabe, muitos séculos de espera.
    Desperta para os teus compromissos, sem que te esqueças das orações diante de Deus, para que Ele te ajude a compreender a hora de começar e te dê força no agir, antes que se desfaça a roda junto ao poço.
    Estuda, para que não se desfaça a espiral da tua evolução, frente aos mananciais de conhecimento que se encontram no Suprimento Maior, esperando a tua decisão, o teu pedir pelo trabalho, pela vida, pelo que deve ser.
    Empenha-te, para que o pó volte à terra como era e o espírito volte a Deus, que o deu, com a tranquilidade de ter feito o melhor que pôde.
    Pensa um pouco, companheiro da eternidade, e deixa cair as escamas que cegam teus olhos. Começa a trabalhar, mas a trabalhar dentro de ti em primeiro lugar, porque o maior campo de trabalho não está fora de nós, o maior inimigo a ser vencido é o conjunto das forças negativas geradas dentro de nós, com variados nomes, que todos identificamos em nossas intimidades diárias.
    Compenetra-te no que fazer da tua vida e faze-o bem. Não faças da oração um vício, para não desmerecê-la; escolhe as horas que melhor te agradarem e confia na sua eficácia. Reveste-te de amor, para que Deus possa te dar a chave da alegria pura e fazer da tua palavra um poço, onde todos que te encontrem ou convivem contigo possam sorver a paz e o equilíbrio, sem que se esgotem os teus recursos.
    Nunca percas a oportunidade de ajudar, onde quer que seja. O Sol, na sua missão de servir, sempre está aceso.


Livro: Iniciação - Viagem Astral - João Nunes Maia - Lacelin

21.9.17

FILHOS DA LUZ

"Andai como filhos da luz." - Paulo. (EFÉSIOS, 5:8.)

     Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.
     Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.
     Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.
     Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.
     Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.
     Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.
     Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.
     Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.
     Os cristãos, todavia, são filhos da luz.
     E a missão da luz é uniforme e insofismável.
     Beneficia a todos sem distinção.
     Não formula exigências para dar.
     Afasta as sombras sem alarde.
     Espalha alegria e revelação crescentes.
     Semeia renovadas esperanças.
     Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.


Livro: Vinha de Luz - Francisco C Xavier - Emmanuel

20.9.17

FASES DE UMA EXIST6ENCIA

Questão 413 do Livro dos Espíritos

O homem em geral se encontra em um estado de sono sem as articulações do Evangelho de Jesus e, igualmente, sem a participação de muitos porta-vozes da espiritualidade superior.
A vida, como a conhecemos, pensante, que fala e raciocina, é a do Espírito, e não a do corpo. Este é instrumento da alma e quando aquela o abandona, ao término da sua missão no mundo, o corpo se desfaz.
Como poderia haver duas vidas em um só corpo? É justo que entendamos as leis de Deus em todas as suas reações, para que possamos nos cientificar da verdade e do amor. O que se pensa que são duas vidas, é porque o Espírito, quando livre em estado de sono, ainda se acha ligado ao corpo por laços fluídicos e é capaz de movê-lo e fazê-lo sentir.
Existem ainda outros corpos além do físico, que a alma usa para seus trabalhos no mundo grosseiro. São corpos que parecem ter vida como o Espírito, por serem animados por esse. Essas revelações são segredos da natureza, onde domina a sabedoria. Para ser santo, necessário se faz que seja sábio, para entender o próprio amor, na dimensão em que dominam os anjos.
Diz “O Livro dos Espíritos” que “no estado de emancipação, prima a vida da alma”. O corpo é um instrumento dela, que a Sabedoria Divina programou com muita perfeição, e desempenha um trabalho valioso nos destinos do Espírito. Cuidemos do corpo, pois ele é, realmente, um caminho que nos leva para o despertamento espiritual.
A reencarnação é um convite para a perfeição dos sentimentos em todos os rumos. Jesus vem obtestar todos nós, pelas vidas sucessivas, a compreender as leis na sua profundidade, e por elas conhecer a verdade em direção a libertação espiritual.
Somente anima um corpo um único Espírito, mas convém compreender que esse Espírito pode animar corpos incontáveis, pelo processo de vidas múltiplas, o que é muito diferente de pensar que o corpo tem duas vidas, qual dois Espíritos. Confundir as leis é ignorar a verdade. Sendo cada consciência um mundo diferente do outro, se fossem dois Espíritos animando um só corpo, o corpo teria uma vida consciente igual ao Espírito, o que redundaria em plena confusão no comando do destino, ou dos destinos, do ser.
O Espírito encarnado se mostra como duas fases de vida: comandando um corpo, e livre dele, com relativa liberdade, durante o sono. O espírita deve estudar mais a vasta literatura espírita, com amplo campo de pesquisa, de modo que poderá entender melhor todas as leis naturais.
Se ainda restam dúvidas sobre muitas coisas, procuremos quem sabe mais um pouco para trocar ideias, que nesse sentido a luz se fará no meio daqueles de boa vontade. Deus não deixa de Se fazer presente, por meio dos Seus filhos mais velhos, dentre os de boa vontade. Dos encontros de pessoas de elevados pensamentos, nasce a luz. Deus é uno e fez o Espírito a Sua semelhança, unificando as suas qualidades espirituais e dando-lhe um só corpo, como caminho para a perfeição espiritual.
Levantemos a vista e creiamos no Senhor, dando as mãos à Jesus , que nunca erraremos o roteiro para a felicidade.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

19.9.17

ESPIRITISMO – FÉ - V

         360 –Qual deve ser a ação do espiritista em face dos dogmas religiosos?
         -Os novos discípulos do Evangelho devem compreender que os dogmas passaram. E as religiões literalistas, que os construíram, sempre o fizeram simplesmente em obediência a disposições políticas, no governo das massas.
         Dentro das novas expressões evolutivas, porém, os espiritistas devem evitar as expressões dogmáticas, compreendendo que a Doutrina é progressiva, esquivando-se a qualquer pretensão de infalibilidade, em face da grandeza inultrapassável do Evangelho.
         361 –Na propaganda da fé, é justo que os espíritas ou os médiuns estejam preocupados em converter aos princípios da Doutrina os homens de posição destacada no mundo, como os juízes, os médicos, os professores, os literatos, os políticos, etc.?
         -Os espiritistas cristãos devem pensar muito na iluminação de si mesmos, antes de qualquer prurido, no intuito de converter os outros.
         E, ao tratar-se dos homens destacados no convencionalismo terrestre, esse cuidado deve ser ainda maior, porquanto há no mundo um conceito soberano de “força” para todas as criaturas que se encontram nos embates espirituais para a obtenção dos títulos de progresso. Essa “força” viverá entre os homens até que as almas humanas se compenetrem da necessidade do reino de Jesus em seu coração, trabalhando por sua realização plena. Os homens do poder temporal, com exceções, muitas vezes aceitam somente os postulados que a “força” sanciona ou os princípios com que a mesma concorda. Enceguecidos temporariamente pelos véus da vaidade e da fantasia, que a “força” lhes proporciona, faz-se mister deixa-los em liberdade nas suas experiências. Dia virá em que brilharão na Terra os eternos direitos da verdade e do bem, anulando essa “força” transitória. Ainda aqui, tendes o exemplo do Divino Mestre para todos os tempos, não teve a preocupação de converter ao Evangelho os Pilatos e os Ãntipas do seu tempo.
         Além do mais, o Espiritismo, na sua feição de Cristianismo redivivo, não deve nutrir a pretensão de disputar um lugar no banquete dos Estados do mundo, quando sabe muito bem que a sua missão divina há de cumprir-se junto das almas, nos legítimos fundamentos do Reino de Jesus.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

18.9.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XXV

Prosseguindo a refletir sobre o capítulo 32 – “Notícias de Veneranda” –, da reveladora obra “Nosso Lar”, após a explanação inicial de Narcisa, André Luiz questiona sobre a natureza do mobiliário existente dos salões dos parques do Ministério do Esclarecimento... Notemos bem: m o b i l i á r i o! Em outras palavras, André se interessa em saber pelos “móveis” que compõem os salões, formados por “um verdadeiro castelo de vegetação”! Evidentemente, ele perguntava sobre mesas, cadeiras, possíveis estantes, etc. Perguntamos aos que consideram tudo o que existe no Mundo Espiritual como sendo fruto da mente: André Luiz teria sido iludido a tal ponto de não conseguir distinguir um objeto abstrato de um concreto?! Aos que vêm rotulando a sua obra de ficção, insistimos: por que, em nenhuma página de suas volumosas obras, sequer en passant, ele não se preocupa em esclarecer aos seus leitores, dizendo que estivesse fazendo literatura espírita de ficção?! Quando se refere à Natureza em “Nosso Lar”, mencionando o reino mineral, o vegetal e o animal, estaria ele apenas preocupado com literatura?! Se assim é, o que nos garante que, quando fala do reino hominal, além da morte, também não estivesse simplesmente compondo personagens imaginárias para as suas obras?! Eis algumas poucas perguntas que, respeitosamente, endereçamos aos nossos internautas, e aos adeptos da tese de que tudo, no Planeta Espiritual seja fruto de uma ilusão de natureza mental.
*
Ainda digno de nota é o que Narcisa diz ao autor espiritual de “Nosso Lar”, quando se refere às comemorações do Natal – do Nascimento de Jesus –, no mês de Dezembro, demonstrando que certas tradições terrestres continuam sendo cultivadas pelos desencarnados – pelo menos, nas Dimensões mais próximas da Crosta, de vez que, com certeza, nas Superiores, apegos a eventos assinalados pelo calendário humano já devem ter sido superados, embora, de nossa parte, acreditemos que o Advento de Jesus, descendo a Terra, essa pobre Esfera de nosso Sistema Solar, seja motivo de reverência em todas as demais Esferas do Sistema.
*
Falando, agora, um pouco mais sobre Veneranda, Narcisa afirma que ela “é a entidade com maior número de horas de serviço na colônia e a figura mais antiga do Governo e do Ministério, em geral. Permanece em tarefa ativa, nesta cidade, há mais de duzentos anos.”
Novamente: se tudo o que existe no Mundo, ou Planeta, Espiritual, é de “mentirinha”, poderosa alucinação que, desde a Codificação, e mesmo antes dela, tem acometido a cabeça de inúmeros autores espirituais – inclusive, a do Cristo, que fala na existência de muitas moradas na Casa do Pai! –, por que Veneranda haveria de se preocupar em trabalhar tanto na cidade de “Nosso Lar”, onde, há mais de dois séculos, se encontrava em serviço ativo?! Trabalhar, fazendo o quê?!...
*
Para os chamados “puristas”, que vêm apregoando um “retorno” à Obra Kardeciana, rotulando a Obra Xavieriana de perturbação psíquica da parte do Médium, o Mundo Espiritual só serve como “estação de transição” para que o espírito possa, na primeira oportunidade, reencarnar – não serve para mais nada! Ora, até a Bíblia descreve o Éden, ou o Paraíso, com a sua exuberante Natureza, acolhendo, inclusive, a serpente, “mais sagaz eu todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito”...
*
Para os “puristas”, considerados, por eles mesmos, “kardecistas da gema”, toda a Vida existe em função da matéria, e não do espírito, de vez que a Vida só tem utilidade quando o espírito está a pelejar nos campos da matéria grosseira! O Mundo Espiritual é apenas “trampolim” para uma nova existência terrena, de vez que, além da morte, nada se faz – não se estuda, não se trabalha, não se copula... Ops! Desculpem-me! De fato, para os “puristas”, o perispírito deve mesmo ser destituído de genitália, apenas não sabendo eu, nas culminâncias de minha ignorância, como é que, sendo o perispírito o MOB – “Modelo Organizador Biológico” –, através do qual o corpo carnal se organiza, ele, lisinho da silva, pode formar pênis e vulva, e, em alguns casos, anômalos, os dois de uma vez em um só corpo...
*
Apenas para encerrar, ainda sobre Veneranda, Narcisa esclarece: “Intimamente, ela vive em zonas muito superiores à nossa e permanece em ‘Nosso Lar’ por espírito de amor e sacrifício. Soube que essa benfeitora sublime vem trabalhando, há mais de mil anos, pelo grupo de corações bem-amados que demoram na Terra, e espera com paciência.”
O Senhor, por certo, haverá de continuar esperando, com paciência, pelos “puristas” e, igualmente, por nós outros, impuros de corpo e alma!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 18 de setembro de 2017.

17.9.17

EXTRA-TERRESTRES

Extra-terrestre? Existem.
Não são notícia sem fundo;
Elias saiu da Terra
Numa nave de outro mundo.


Livro: Trovas da Vida - Francisco C Xavier  - Cornélio Pires

16.9.17

À MOCIDADE

Enquanto te sorri a juventude
E tens a vida em lindo alvorecer,
Primavera em constante florescer,
Num festival de cor em plenitude...

Enquanto te revelas na atitude
De quem sonha e graceja com o prazer,
Ante o tempo a passar, sempre a correr,
E seja com o que for nunca se ilude...

Enquanto brilha a tua mocidade,
Não desperdices a oportunidade
De servir com Jesus de alma enlevada...

Pois, logo, sendo tarde, será noite,
E o teu corpo a dobrar-se ao duro açoite,
Será luz que se apaga ao fim da estrada!...

Irthes Terezinha
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 9 de setembro de 2017, em Uberaba – MG

15.9.17

EXAME CRÍTICO DAS DISSERTAÇÕES DE CHARLET SOBRE OS ANIMAIS - Continuação

    NOTA GERAL

    Um ensinamento importante, do ponto de vista da ciência espírita, ressalta dessas comunicações. A primeira coisa que toca, em as lendo, é uma mistura de ideias justas, profundas, e trazendo a marca do observador, ao lado de outras evidentemente falsas, e fundadas sobre a imaginação mais que sobre a realidade. Charlet era, sem contradita, um homem acima do vulgo, mas, como Espírito, não é mais universal do que o era quando vivo, e pode se enganar porque, não sendo ainda bastante elevado, não encara as coisas  senão sob o seu ponto de vista; não há, de resto, senão os Espíritos chegados ao último grau de perfeição que estão isentos de erros; os outros por alguns dons que tenham, não sabem tudo e podem se enganar; mas, então, quando são verdadeiramente bons, fazem-no de boa fé e nisso convêm francamente, ao passo que há os que o fazem conscientemente e se obstinam nas ideias mais absurdas. Por isso, é necessário guardar-se de aceitar o que vem do mundo invisível sem tê-lo submetido ao controle da lógica; os bons Espíritos o recomendam sem cessar, e não se melindram nunca com a crítica, porque de duas coisas uma, ou estão seguros do que dizem, e então não temem, ou não estão seguros e, se tem a consciência de sua insuficiência, procuram, eles mesmos, a verdade; ora, se os homens podem se instruir com os Espíritos, certos Espíritos também podem se instruir com os homens. Os outros, ao contrário, querem dominar, esperando que aceitem as suas utopias com o favor de seu título de Espíritos; então, seja presunção de sua parte, seja má intenção, não sofrem a contradição; querem ser acreditados sob palavra, porque sabem bem que eles não podem senão perder ao exame; se desagradam com a menor dúvida sobre a sua infalibilidade, e ameaçam soberbamente de vos abandonar como indignos de ouvi-los; também não gostam senão daqueles que se põem de joelhos diante deles. Não há homens assim feitos, e deve-se espantar de encontrá-los com os seus defeitos no mundo dos Espíritos? Entre os homens, um tal caráter é sempre, aos olhos das pessoas sensatas, um indício de orgulho, de vã suficiência, de tola vaidade, e partindo da pequenez nas ideias e de um falso julgamento; o que é um sinal de inferioridade moral entre eles não poderia ser um sinal de superioridade nos Espíritos.
Charlet, como se acaba de ver, se presta de bom grado à controvérsia; escuta e admite as objeções, e responde-as com benevolência; desenvolve o que estava obscuro e reconhece lealmente o que não está exato; em uma palavra, não quer se fazer passar por mais sábio do que é, e nisto, prova mais elevação que se obstinasse nas ideias falsas, a exemplo de certos Espíritos que se escandalizam tão-só com o anúncio de que as suas comunicações parecem suscetíveis de comentários.
    O que é ainda próprio desses Espíritos orgulhosos é a espécie  de fascinação que exercem sobre seus médiuns com a ajuda da qual, algumas vezes, chegam a fazê-lo partilhar os mesmos sentimentos. Dissemos de propósito seus médiuns porque eles se apoderam deles e querem Ter, neles, os instrumentos que agem de olhos fechados; não se acomodariam de nenhum modo com um médium escutador ou que visse muito claro; não é assim ainda entre os homens? Quando o encontraram, temem que se lhe escape, inspiram-lhe o afastamento de quem poderia esclarecê-lo; isolam-no de alguma sorte, a fim de que gozem de inteira liberdade, ou não o aproximam senão daqueles  dos quais nada tem a temer; e, para melhor captar a sua confiança, se fazem bons apóstolos usurpando os nomes de Espíritos venerados, dos quais procuram imitar a linguagem; mas agem inutilmente, a ignorância nunca poderá arremedar o verdadeiro saber, nem uma natureza má a verdadeira virtude; sempre o orgulho surgirá sob o manto de uma fingida humildade, e é porque temem ser desmascarados que evitam a discussão e dela desviam os seus médiuns.
    Não há pessoa, julgando friamente e sem prevenção, que não reconheça como má uma tal influência, porque cai sob o mais vulgar bom senso que um Espírito, verdadeiramente bom e esclarecido, não procuraria nunca exercê-la. Pode-se, pois, dizer que todo médium que lhes cede está sob o império de uma obsessão, da qual deve procurar se desembaraçar o mais cedo. O que se quer, antes de tudo, não são quando mesmo comunicações, mas comunicações boas e verdadeiras; ora, para Ter boas comunicações são necessários bons Espíritos, e para Ter bons Espíritos é necessário Ter médiuns livres de toda má influência. A natureza dos Espíritos que assistem habitualmente um médium é, pois, uma das primeiras coisas a considerar; para conhecê-la, exatamente, há um critério infalível, e isso não está nem nos sinais materiais nem nas fórmulas de evocação ou de conjuração que são encontradas; esse critério está  nos sentimentos que o Espírito inspira ao médium; pela maneira de agir deste último, pode-se julgar da natureza dos Espíritos que o dirigem e, por conseguinte, do grau de confiança que as suas comunicações merecem.

14.9.17

EXAME CRÍTICO DAS DISSERTAÇÕES DE CHARLET SOBRE OS ANIMAIS

    1 - Dissestes: Tudo o que vive pensa; não se pode, pois, viver sem pensar; essa proposição parece-nos um pouco absoluta, porque a planta vive e não pensa; admitis isso em princípio?
    R - Sem dúvida, não falo senão da vida animal, e não da vida vegetal; deveis bem compreendê-lo.
    2 - Mais adiante dissestes: Vereis que o animal vive verdadeiramente, uma vez que pensa; não há interversão na frase? Parece-nos que a proposição seja esta: Vereis que o animal pensa verdadeiramente, uma vez que vive.
    R - Isto é evidente.
    3 - Lembrai-vos dos desenhos que foram feitos sobre os animais de Júpiter; nota-se que tem uma analogia marcante com os sátiros da fábula; essa ideia de sátiros seria uma intuição da existência desses seres em outros mundos, e, nesse caso, não seria, então, uma criação puramente fantástica?
    R - Quanto mais o mundo seja novo, tanto mais se recorda; o homem tinha a intuição de uma ordem de seres intermediários, seja mais baixo que ele, seja mais elevado; é o que chamais deuses.
    4 - Admitis, então, que as divindades mitológicas não eram outras senão o que chamamos Espíritos?
    R - Sim.
    5 - Foi-nos dito que, em Júpiter, pode-se compreender somente pela transmissão do pensamento; quando os habitantes desse planeta se dirigem aos animais, que são os seus servidores e seus operários, tem o recurso de uma linguagem particular? Teriam, para os animais, uma linguagem articulada e entre eles uma linguagem de pensamento?
    R - Não, não há linguagem articulada, mas uma espécie de magnetismo de ferro que faz o animal curvar e fá-lo executar os menores desejos e as ordens de seus senhores; o Espírito, todo-poderoso, não pode se rebaixar.
    6 - Entre nós, os animais tem, evidentemente, uma linguagem, uma vez que esse compreendem, mas muito limitada; os de Júpiter tem uma linguagem mais precisa, mais positiva que os nossos, em uma palavra, tem uma linguagem articulada?
    R - Sim.
    7 - Os habitantes de Júpiter compreendem melhor que nós a linguagem dos animais?
    R - Eles veem neles e compreendem-nos perfeitamente.
    8 - Examinando-se a série dos seres vivos, acha-se uma corrente interrompida desde a madrépora, a planta mesmo, até o animal mais inteligente; mas entre o animal mais inteligente e o homem, há uma lacuna evidente, que deve ser preenchida em alguma parte, porque a Natureza não deixa nenhum degrau vago; de onde vem essa lacuna?
    R - Essa lacuna dos seres não é senão aparente porque ela não existe realmente; provém das raças desaparecidas. (São Luis)
    9 - Essa lacuna pode existir sobre a Terra, mas, seguramente não existe no conjunto do Universo e deve estar preenchendo alguma parte; não o seria ela senão para certos animais de mundos superiores que, como os de Júpiter, por exemplo, parecem se aproximar muito do homem terrestre pela forma, a linguagem e outros sinais?
    R - Nas esferas superiores, o germe eclode sobre a terra e, desenvolvido, não se perde nunca. Encontrareis, em vos tornando Espíritos, todos os seres criados ou desaparecidos nos cataclismas de vosso globo. (São Luiz)
    10 - Dissestes que tudo se aperfeiçoa, e como prova de progresso no animal, dissestes que outrora ele era mais rebelde ao homem. O animal se aperfeiçoa, isto é evidente; mas, sobre a Terra pelo menos, não se aperfeiçoa senão pelos cuidados do homem; abandonado a si mesmo ele retoma a sua natureza selvagem, mesmo o cão.
    R - E o homem, pelos cuidados de que ser se aperfeiçoa? Não é pelos cuidados de Deus? Tudo é escala na Natureza.
    11 - Falais de recompensas para os animais que sofrem maus tratos, e dizeis que é de toda justiça que haja compensação para eles. Pareceria, segundo isso, que admitis no animal a consciência do seu eu depois da morte, com a lembrança de seu passado; isto é contrário ao que nos foi dito. Se as coisas se passam tal como dizeis, disso resultaria que, no mundo dos Espíritos, haveria animais; então não haveria razão para que não houvesse Espíritos de ostras. Quereis, pois, dizer-nos se vedes ao vosso redor Espíritos de cães, de gatos, de cavalos ou de elefantes como vedes Espíritos humanos?
    R - A alma do animal, tendes perfeitamente razão, não se conhece na morte do corpo; é um conjunto confuso de germes que podem passar no corpo de tal ou tal animal, segundo o desenvolvimento que adquiriu; ela não é individualizada. Dir-vos-ei, entretanto, que em certos animais, em muitos mesmo, há individualidade.
    12 - Essa teoria, de resto, não justifica de nenhum modo os maus tratos dos animais; o homem é sempre culpado por fazer sofrer um ser sensível qualquer, e a doutrina nos diz que, por isso, será punido, mas daí, a colocar o animal numa condição superior à dele há uma grande distância; que pensais disso?
    R - Sim, mas estabeleceis sempre, todavia, uma escala entre os animais; pensai que há mundos entre certas raças. O homem é tanto mais culpado quanto mais seja poderoso.
    13 - Como explicais este fato, que mesmo no estado de selvagem o homem se faz obedecer pelo animal mais inteligente?
    R - É a Natureza que age, sobretudo, nisto;  o homem selvagem é o homem da Natureza, conhece o animal familiarmente; o homem civilizado estuda, e o animal se curva diante dele; o homem é sempre o homem diante do animal, quer seja selvagem ou civilizado.
    14 - (A .Charlet). Nada temos a dizer sobre este parágrafo que nos parece racional; tendes alguma coisa a acrescentar-lhe?
    R - Não tenho outra coisa a acrescentar que isto: os animais tem toda as faculdades que indiquei, mas neles o progresso se realiza pela educação que recebem do homem, e não por eles mesmos, o animal, abandonado ao estado selvagem, retoma o tipo que tinha ao sair das mãos do Criador, submisso ao homem ele se aperfeiçoa, eis tudo.
    15 - Isto é perfeitamente verdadeiro para os indivíduos e as espécies; mas considerando-se o conjunto da escala dos seres, há uma marca ascendente evidente, que não se detém nos animais da Terra, uma vez que os de Júpiter são superiores aos nossos, física e intelectualmente.
    R - Cada raça é perfeita em si mesma, e não formando raças distintas, mas não são os Espíritos de animais defuntos.
    16 - Em que se torna, então, o princípio inteligente dos animais defuntos?
    R - Retorna à massa onde cada novo animal haure a sua porção de inteligência que lhe é necessária. Ora, está aí precisamente o que distingue o homem do animal; é que nele o Espírito está individualizado e progride por si mesmo, e é também o que lhe dá superioridade sobre todos os animais; eis porque o homem, mesmo selvagem, como fizestes notar, se faz obedecer mesmo pelos animais mais inteligentes.
    17 - Dais a história de Balaão como um fato positivo; pensais nisso seriamente?
    R - É uma pura alegoria, ou antes, uma ficção para flagelar o orgulho; fez falar o asno de Balaão como La Fontaine fez falar muitos outros animais.
    18 - Nesta passagem, Charlet parece se deixar arrastar por sua imaginação, porque o quadro que ele faz da degradação moral do animal é mais fantástico que científico.
    R - Com efeito, o animal não é feroz senão por necessidade, e foi para satisfazer  essa necessidade que a Natureza lhe deu uma organização especial. Se uns querem se nutrir de carne, foi por um objetivo providencial, e porque era útil à harmonia geral que certos elementos fossem absorvidos. O animal é, pois, feroz pela sua constituição, e não se conceberia que a queda moral do homem pudesse fazer brotar dentes caninos no tigre e encurtar seus instintos, porque então não haveria razão para que não tivesse o mesmo resultado sobre o carneiro. Dizemos antes que o homem, sobre a Terra, estando pouco avançado, aí se encontra com seres inferiores sob todos os aspectos, e cujo contato é, para ele, uma causa de inquietação, de sofrimentos, e, por consequência, uma fonte de provas que o ajudam em seu adiantamento futuro.
    Que pensa Charlet destas reflexões?
    R - Não posso senão aprová-las. Eu era um pintor, e não um literato ou um sábio; eis porque me deixo, de vez em quando, ao prazer, novo para mim, de escrever belas frases, mesmo às expensas da verdade; mas o que dissestes aí está muito justo e bem inspirado. No quadro que tracei, bordei sobre certas ideias concebidas para não machucar nenhuma convicção. A verdade é que as primeiras idades eram idades de ferro, bem distantes dessas pretendidas dores; a civilização, descobrindo cada dia novos tesouros acumulados sobre a bondade de Deus, no espaço tão bem quanto na Terra, faz o homem conquistar a verdadeira terra prometida, aquela que Deus concederá à inteligência e ao trabalho, e que não entregará toda enfeitada nas mãos de homens e crianças, que deveriam descobri-la pela sua própria inteligência.
       De resto, esse erro que cometi não podia ser nocivo aos olhos de pessoas esclarecidas, que deveriam facilmente reconhecê-lo; para os ignorantes, passariam despercebidos. Entretanto, eu errei, nisto envergonho; agi levianamente, e isto vos prova em que ponto deveis controlar as comunicações que recebeis.

Continua amanhã...

13.9.17

FADIGA DURANTE O REPOUSO

Questão 412 do Livro dos Espíritos

O sono é um reparador das energias gastas nas atividades durante o dia e coloca o corpo predisposto a receber forças cósmicas que o Espírito respira no plano da Vida Maior; no entanto, se a alma se encontra atribulada, onde quer que seja, ela transmite para o seu instrumento de carne essa turbulência, de forma que o corpo não descansa. Por vezes, levanta-se pela manhã mais cansado do que quando se deitou.
É nesse sentido que sempre pedimos aos companheiros no mundo físico que se preparem para o sono com orações e leituras sadias porque, dessa forma, podem ter bons sonhos e ambiente elevado, que o levam a respirar energias superiores, reabastecendo o corpo somático, para enfrentar as lutas de cada dia.
Os pensamentos inferiores fatigam o corpo. Eles, em si, já são forças negativas capazes de destruir momentos de paz e o sossego da alma. Todas as emoções que o Espírito tem no decorrer do sono, na erraticidade, são passadas ao corpo, que se afigura como fio-terra. Ele recebe as cargas magnéticas inferiores e sofre as consequências. No fundo, é o mesmo Espírito que criou o ambiente negativo e que passa a sofrer sua influência.
Devemos ter unissonância com a alegria pura. Ela leva energias superiores para todo o soma. Mesmo a alma que se encontre no plano do Espírito, com a alegria é capaz de reabastecer todas as fibras do corpo físico, rejuvenescendo-o em todos os seus aspectos espirituais e fisiológicos.
Quando alguém consegue fazer-nos sentir ferido, armazenamos miasma inferior nos centros de forças, que o encaminha, por força da lei, a todos os pontos do sistema nervoso, levando a alma a emoções inferiores e precipitadas. Os sonhos são, certamente, produto de encontros no mundo espiritual; no entanto, somente somos atraídos para lugares que correspondem as nossas vibrações espirituais.
Onde está o nosso tesouro, aí se encontra o nosso coração. Essa frase é evangélica e certa para o assunto de que estamos tratando no momento. Não é culpa de alguém, se estamos sonhando com coisas inferiores. Atraímos o que somos. Quando encontramos algo de mau por fora, é irradiação de dentro que busca o seu igual na manutenção dos próprios desejos. Se superiores, acendemos luz; se inferiores, andamos nas trevas.
É recomendável que o homem se prepare durante o dia, com pensamentos elevados, com conversações dignas e com atitudes nobres, pois, com o tempo necessário, não terá sonhos inferiores. Em certas pessoas, as reformas são breves, em outras, demoradas. Pela lei das reencarnações, juntamente com o carma, é fácil de compreender essa situação. Os que se demoram nas trevas não devem esmorecer nos primeiros sinais da revolta da natureza ou rejeição aos pensamentos elevados. Devem enfrentar todos os reveses, pois “aquele que perseverar até o fim, será salvo”, nos diz o ensinamento divino. Ninguém perde em fazer o bem, praticar a caridade e viver o amor. Jesus, para o mundo da Sua época, foi vencido, mas, para Deus, foi o vencedor, e o mundo, a humanidade, haverá de reconhecer que Ele era, foi e será sempre aquele que nunca perdeu nas lutas em favor de todos os povos.
O sono é hora de descanso e reparo das forças físicas, e mesmo espirituais, mas devemos nos preparar para não nos desviarmos dos caminhos por onde podemos preparar tanto o corpo como o Espírito, no sentido de receber as bênçãos de Deus, pelos canais do descanso. Tenhamos mais concordância com o bem, para que o amor não saia do nosso roteiro e se transforme em luz na sustentação da vida.
Nunca podemos descansar o corpo sem preparar o Espírito, e esse preparo a Doutrina dos Espíritos nos ensina como fazê-lo, na ordem do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amemos, e o descanso já se encontra em caminho; continuemos a amar, que em nosso coração há uma fonte de energia capaz de sustentar todas as nossas atividades, porque o amor verdadeiro nunca se cansa.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

12.9.17

ESPIRITISMO – FÉ - III

       356 –A dúvida racionada, no coração sincero, é uma base para a fé?
         -Toda dúvida que se manifesta na alma cheia de boa-vontade, que não se precipita em definições apriorísticas dentro de sua sinceridade, ou que não busca a malícia para contribuir em suas cogitações, é um elemento benéfico para a alma, na marcha da inteligência e do coração rumo à luz sublimada da fé.
         357 –É justa a preocupação dominante em muitos estudiosos do Espiritismo, pelas revelações do plano superior, a título de enriquecimento da fé?
         -Toda curiosidade sadia é natural. O homem, no entanto, deve compreender que a solução desses problemas lhe chegará naturalmente, depois de resolvida a sua situação de devedor ante os seus semelhantes, fazendo-se, então, credor das revelações divinas.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.