28.2.17

COMO VOCÊ INTERPRETA? – III

Prosseguindo com os nossos estudos e reflexões sobre as revelações de André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, a respeito da Vida no Mundo Espiritual próximo, apenas com o propósito de diversificar um pouco a metodologia, pedimos a você que assinale se está certa ou errada a nossa interpretação dos textos transcritos. E, claro, você tem ampla liberdade para, concordando ou discordando, acrescentar o que desejar. (Os textos pertencem aos dois primeiros capítulos do livro “Nosso Lar”).
“Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo, e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos.”
- Significa que o corpo espiritual, ou períspirito, é também dotado de um Sistema Respiratório.
“Enfim, como a flor de estufa, não suportava agora o clima das realidades eternas. Não desenvolvera os germes divinos que o Senhor da Vida colocara em minhalma. Sufocara-os, criminosamente, no desejo incontido de bem-estar. Não adestrara órgãos para a vida nova.”
- Significa que a plena consciência da desencarnação e de que se está numa outra Dimensão, depende, igualmente, de se desenvolver determinadas ligações neuronais (sinapses), que facilite ao espírito tal conscientização, em exercício de espiritualização quando ele se encontra encarnado.
“Comezinhos fenômenos da experiência material patenteavam-se-me aos olhos. Crescera-me a barba, a roupa começava a romper-se com os esforços da resistência, na região desconhecida.”
- Significa que o corpo espiritual, ou períspirito, também produz hormônios que, no caso específico, lhe faziam crescer a barba. Quanto à roupa, ser-nos-á lícito deduzir que, na Vida de além-túmulo, ele se encontrava trajado com o duplo da roupa com que fora sepultado.
“Persistiam as necessidades fisiológicas, sem modificação.”
- Significa que ele continuava realmente experimentando as mais comuns necessidades fisiológicas dos encarnados: necessidade de alimento, de água, de excreção, de sono e repouso, de atividade, de abrigo e temperatura adequada, etc.
“Castigava-me a fome todas as fibras, e, nada obstante, o abatimento progressivo não me fazia cair definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me verduras que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes d’água a que me atirava sequioso. Devorava as folhas desconhecidas, colava os lábios à nascente turva, enquanto mo permitiam as forças irresistíveis, a impelirem-me para frente. Muita vez suguei a lama da estrada...”
- Significa que as suas necessidades não eram ilusórias – eram reais – e que, na Dimensão espiritual em que ele se encontrava, existem “nascentes” d’água, ou seja, existe água para atender as necessidades do corpo espiritual que são similares às do corpo físico.
“Alvo lençol foi estendido ali mesmo, a guisa de maca improvisada, aprestando-se ambos os cooperadores a transportarem-me, generosamente.”
- Significa que o seu resgate daquela região umbralina se deu à semelhança do resgate que se efetua de um doente que mal consegue manter-se em pé, com a possível utilização de veículo apropriado para tanto, até aos portões de “Nosso Lar”.
INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 27 de fevereiro de 2017.

27.2.17

Perdido na Multidão

Mãos vazias!
Triste é ver um homem sair para trabalhar e não encontrar nada para fazer. Meu Deus, quanta tristeza ver um pai de família, honesto e trabalhador, indo de lá pra cá e não encontrar nada para fazer. É uma tristeza só. As estatísticas oficiais já dizem que são mais de 12 milhões de brasileiros sem ter o que fazer. É triste ver um homem desolado. Já imaginou o que representa para um homem desse voltar para casa e ter que olhar nos olhos da mulher e não poder fazer nada para reverter aquela situação?
Meu Deus, eu sei que é um problema crônico que vivemos hoje no nosso País, o querido Brasil, mas vamos torcer que esta pecha de crise vá logo embora e os empregos voltem correndo, meu Pai.
Os olhos de um pai de família sem dinheiro para o sustento dos seus são olhos de morto-vivo. Olhar desolado como a perguntar: Por quê? Por quê? Um homem de bem não pensa jamais em furtar algo alheio, mas pensa chegar em casa e ver um filho pequeno com fome. Somente o Pai para dar coragem e paciência.
Este mundo não pode ficar assim. Este retrato miserável não se vê apenas no nosso País. O mundo necessita urgentemente encontrar o seu eixo. Pior do que está não pode ficar. É muita gente com fome no mundo enquanto poucos são os donos da riqueza global.
Recentemente as estatísticas oficiais davam conta que uma dúzia de homens ricos detinha a metade da riqueza do planeta. Como é que pode, minha gente? Não falo por eles, que certamente trabalham muito para chegar a este ponto, falo de um sistema falido, caduco, que exclui a maioria em benefício de uma minoria.
O mundo é dos pobres. Há mais pobres que ricos no mundo. E quando penso, Pai, que mandaste Jesus, o teu filho querido, para pregar justiça entre os homens. Justiça quer dizer a repartição certa de todas as coisas. Quem trabalha mais tem direito de ter mais, é verdade, mas quem trabalha menos ou não teve como trabalhar, não pode morrer a míngua. Isso não!
Um País mais justo é aquele que arranja emprego para sua gente. Digo isto porque o trabalhador de verdade não gosta de receber as migalhas do governo. Um trabalhador de verdade gosta é de ganhar seu dinheiro com o suor do seu rosto, gosta de favor não.
É isso aí, minha gente, enquanto houver pobreza e fome neste mundo é porque a proposta de Jesus ainda não foi implantada, o que quer dizer que não faltará o que fazer.
Enquanto isto não ocorre, o meu povo sofrido, mas não menos alegre, aproveita os dias dedicados a “Momo” para dançar e cantar, botar a tristeza para fora. Aqui em Pernambuco tem o nosso bom frevo e o maracatu. Tem folia para não acabar mais.
Que bom se meu povo pudesse cantar de alegria todo dia e não apenas uma vez por ano perdido na multidão.
Paz,

Helder Camara – Blog Novas Utopias

26.2.17

Encontro Interior

Deus, Magnânimo e Bom!
O pedaço da vida que vivi no corpo físico trouxe-me experiências vivas até hoje no meu ser.
O meu objetivo reencarnatório, naquela ocasião, possuía como base o aprendizado da humildade e a luta por uma causa justa: a libertação dos escravos brasileiros.
Procurei, do meu jeito, alinhavar projetos e ações nestas direções. Em uns casos, tive vitória. Noutras vezes, derrotas inglórias.
O que fiz, tão-somente, foi obedecer fielmente aos ditames da minha mente e da minha vontade. Os caminhos se abriram e simplesmente eu os ocupei.
Era fácil cumprir o meu papel haja vista que todas as condições me foram dadas. Nada, literalmente nada, me faltou.
O que tive de bom nesta experiência grandiosa é que possui as condições necessárias e favoráveis para a manifestação do meu pendor. Este foi o caso.
Há muitos que possuem a atenção voltada para algo, mas efetivamente não conseguem concretizar os seus objetivos maiores. Eu, porém, tive caminhos abertos e prósperos.
A luta forjada no campo da batalha possibilitou-me superar as deficiências tanto de ordem comportamental quanto de conhecimento da causa libertária.
Fui eu que corri atrás dos meus sonhos.
Fui eu que encontrei as barreiras e procurei superá-las.
Fui que recebei eventualmente as glórias de alguns triunfos.
Mas fui eu, fundamentalmente, que aprendi a viver.
Minhas concepções modificaram e muito no ambiente espiritual. Uma nova vida se descortinou e novos valores desabrocharam de mim e o que sou hoje, fruto de tudo que fui ontem, é desenhado com o pincel da experiência.
Agora, mais consciente de mim, mais atento aos meus passos transcendentais, posso avaliar que progredi, mas também confirmar que estou a dever bastante no campo da evolução que me espera. Diria até que estou no primeiro passo de uma longa caminhada.
A sorte é que temos algo maior a nos guiar os passos e que torce fervorosamente pelo nosso êxito. Saber, porém, para onde se quer ir é fundamental para se avançar na vida, caso contrário, nossos passos seguirão sem rumo algum.
Torço, sinceramente, que você também consiga emendar os seus passos em direção ao amor e a melhoria íntima, seja qual for o papel que você vier a desempenhar.
Progredir sempre, retroceder jamais!

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

25.2.17

FÉ E SINCERIDADE

Se em ti pretendes vencer
As manhas do homem velho,
Procura ser mais sincero
Na vivência do Evangelho.

Faze o bem seja a quem for
Sem esperar gratidão
E a quem te fere e magoa
Perdoa de coração.

Renuncia a qualquer louro
Sobre a estrada transitória,
Buscando seguir adiante
Em anônima  vitória.

Exijas menos dos outros
E um pouco mais de ti mesmo,
Superando os obstáculos
Que te surgirem a esmo.

Na subida do Calvário,
Alça aos ombros tua cruz,
Direcionando os teus passos
Pelos passos de Jesus!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de domingo do dia 19 de fevereiro de 2017, em Uberaba – MG).

24.2.17

A FAMÍLIA À LUZ DA REENCARNAÇÃO

    I. A FAMÍLIA ESPIRITUAL

    Encarnados ou não, todos somos espíritos criados por Deus e, portanto, irmãos. A humanidade inteira é, assim, uma só família.
    No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias, quando se entrelaçam pela afeição, simpatia e semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses espíritos se buscam uns aos outros.
    A encarnação apenas momentaneamente e parcialmente os separa, porquanto, se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estarem unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. E, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes até, uns seguem os outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo de conhecimento e de amizades, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento.
    Como vemos, a verdadeira família é a espiritual, em que os espíritos estão unidos pela afinidade, antes, durante e depois das encarnações.
    A uma família espiritual é que Jesus se referia, quando afirmou: "... qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, e irmã e mãe". (Mc. 3:31/35.)
    Se queremos pertencer à família espiritual de Jesus, procuremos obedecer às lei divinas, como Jesus faz.
    II. A FAMÍLIA CORPORAL
    Reencarnando na Terra, formamos uma família corporal (consangüínea e de parentesco). Nela poderemos ter alguns elementos que também sejam de nossa família espiritual. Outra parte de nosso grupo espiritual, porém, continua habitando no mundo invisível, no Além.
    - Com a reencarnação, a parentela aumentará indefinidamente?
   É o que receiam alguns. Mas não é pelo fato de ter tido 10 encarnações, por exemplo, que alguém encontrará no mundo espiritual 10 pais. 10 mães. 10 cônjuges e um número proporcional de filhos e novos parentes. Encontrará, apenas, aqueles com que estiver relacionado pela afinidade e pela afeição, ou pela responsabilidade.
    - A reencarnação destrói os laços de família?
    Assim julgam outros, porque de fato, a idéia de pessoas unidas apenas entre si e unicamente por serem todas do mesmo sangue perde sua importância ante a lei da reencarnação. Mas não vemos que laços de sangue e parentesco terreno muitas vezes se extinguem com o tempo ou se dissolvem moralmente já nesta vida? Aos laços, porém, que unem a verdadeira família espiritual a reencarnação não destrói mas fortalece e aperta cada vez mais.
    A unicidade da existência, sim, é que romperia qualquer laço familiar porque, nesse caso, os familiares não estariam ligados antes do nascimento e poderiam não estar ligados depois, pela diferença da posição espiritual que viessem a ocupar e que seria para sempre, como pensam os que acreditam em céu e inferno.
    III. A FAMÍLIA QUE TEMOS
    Uma "família espiritual", significando um grupo com o qual a pessoa se sinta inteiramente bem e no qual nunca tenha problemas, é coisa que ainda estamos construindo e que a maioria de nós não possui, nem aqui, nem no Além. A família que temos é tal como a fizemos até agora ou tal como dela precisamos para nossa evolução. Nela há um variado tipo de pessoas (afins ou não conosco) e foi formada em função de nossas expiações, de nossa necessidade de aprendizado ou, ainda, de nosso desejo de realizarmos boas obras.
    Nossos familiares são pessoas:
    - com as quais combinamos bem;
    - bem diferentes de nós (testam nossas virtudes ou nos ensinam aspectos diferentes da vida);
    - às quais estamos ligados de vidas anteriores, porque devemos  algo a elas ou elas a nós;
    - precisam de nós (a quem podemos ajudar com nosso amor e entendimento).
    Motivo da ligação conosco:
    - afinidade;
    - provas e aprendizado;
    - reajuste e reconciliação;
    - oportunidade de servir.
    IV. COMO AGIR EM FAMÍLIA?
    "Ninguém possui sem razão esse ou aquele laço de parentesco, de vez que o acaso não existe nas obras da Criação. Nos elos da consangüinidade, reavemos o convívio de todos aqueles que se nos associaram ao destino, pelos vínculos do bem ou do mal, através das portas benditas da reencarnação". (Emmanuel, em "Leis de Amor", psicografia de Francisco C. Xavier.)
    Na família, pois, além das funções terrenas (que o conhecimento humano já identificou e valoriza), o espírita vê muito mais:
    - uma ligação maior que a simples necessidade ou dependência materiais;
    - uma finalidade transcendente e não somente o objetivo de uma existência.
    Para essa realização espiritual "em família":
    "Devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender a vencer, na luta doméstica.
    "No mundo, o lar é a primeira escola de reabilitação e do reajuste". (Emmanuel, idem.)
    "Teu lar é um ponto bendito do Universo em que te é possível exercer todas as formas de abnegação a benefício dos outros e de ti mesmo, perante Deus. Pensa nisso e o amor te iluminará". (Emmanuel, "Tarefas de Amor", do livro "No Portal da Luz".)
    "Mas se alguém não tem cuidado dos seus e, principalmente, dos de sua família, negou a fé." (Paulo - 1 Timóteo, 5:8.)
    V. OS POVOS SÃO FAMÍLIAS MAIORES
    Um povo é uma grande família, em que se reúnem espíritos simpáticos. A tendência a se unirem é a origem da semelhança que determina o caráter distintivo de cada povo. Acrescentemos aqui que os costumes, a educação, acentuam e constroem essa semelhança.
    Espíritos bons e humanos procurarão um povo duro e grosseiro? Não. Os espíritos simpatizam com as coletividades, como simpatizam com os indivíduos; procuram o seu meio. A não ser quando vêm em missão especial.
    Mantenhamos fraternidade para com todos os povos e nações mas procuremos fazer do Brasil um povo ordeiro, trabalhador e cristão, para merecermos a simpatia e proteção dos Bons Espíritos para nossa pátria.
_________________________________
Livro: "Iniciação ao Espiritismo"
Autor: Therezinha Oliveira
Livros Consultados:
De Allan Kardec:
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. IV itens 18 a 23, e cap. XIV,
item 8;

- "O Livro dos Espíritos", 2ª parte, cap. IV

23.2.17

PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO

Questão 384 do Livro dos Espíritos

A primeira manifestação da criança no mundo, ao nascer é realmente o choro, para dizer aos pais que está junto deles. Os pais, principalmente a mãe, ao ouvirem o primeiro choro do filho, sentem a alegria assomar em seus corações, que nesta hora se encontram em estado de alta sensibilidade. Os desencarnados que ali se encontram batem palmas energéticas de alegria, igualmente, e a criança renova suas forças com as lágrimas em profusão. Até aqueles que assistem a mãe sentem um estado de bem-estar ao ouvir a música do Espírito que vem à luz da vida.
Muitos pensam que o choro é comportamento negativo, mas nem sempre: as lágrimas são afrouxamento dos nervos, e podem criar ambiente de muita tranquilidade. Dependendo do motivo porque se chora, elas tem muita utilidade. Mesmo com o adulto, o choro é uma terapia. Quando está enredado em opressões, o choro alivia, bem como atrai para junto de si companheiros em socorro, aliviando mais rapidamente a dor interna o que, por vezes, não é aconselhável.
Na utilidade que impõe o corpo, quando a criança chora pela primeira vez, os órgãos que está recebendo são também testados, como o faz quem no mundo instala uma rede de microfones para uma festa. Tudo tem o teste em primeira mão.
A criança quando chora, chama imediatamente a atenção da mãe ou dos que a cercam, e eles logo avaliam se é fome ou dor, e cuidam dela. Como a sabedoria de Deus é grandiosa! O choro do bebê é o recurso de linguagem da criancinha, e a mãe é hábil na interpretação do que ela deseja.
A linguagem dos homens é que é de difícil entendimento. Quanto mais sábia a criatura, menos ela conversa e quando fala, expõe o certo com suavidade, fazendo com que todos entendam sua fala de luz. Os seus sentimentos criam imagens que aquele que ouve assimila com facilidade.
A criança, desde a tenra idade, já sorri também, mostrando aos presentes que já sabe expressar o ambiente que Deus para a satisfação dos que cuidam dela e entendem o que ela deseja. É um absorvente dos pensamentos, bem como dos sentimentos espirituais maternos, no ambiente em que vive. Por isso, é preciso conversar com suavidade com a criancinha. Ela tem necessidade de ouvir a mãe, mais do que o próprio alimento, e se não ouvir as palavras de carinho, pode atrofiar e até morrer de constrangimento.
A criança chora, estimulando a mãe, o pai e os que cercam para ouvi-la. Se pensamos que está ali um ser completamente inconsciente, estamos enganados: nela tudo se registra na mais pura sensibilidade que aflora na consciência, e que o coração expressa nos sentimentos infantis. Não descuidemos da criança em todas as suas necessidades de viver. Ela tem o direito de vida como todas as criaturas. Atrofiar uma criança por negar a ela seu direito é assassinar uma vida em formação, é crime por omissão.
O mundo espiritual se encontra presente junto às crianças para ajudá-las nas suas mais puras necessidades. A mãe, quando conversa com seus filhos, em muitos casos serve de médium, a fim de transmitir a mensagem do plano espiritual à vida em formação.


Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

22.2.17

REVELAÇÃO – RELIGIÕES - IV

298 – Considerando que as religiões incovam o Evangelho de Mateus para justificar a necessidade do batismo em suas características cerimoniais, como deverá proceder ao espiritista em face desse assunto?
         -Os espiritistas sinceros, na sagrada missão de paternidade, devem compreender que o batismo, aludido no Evangelho, é o da invocação das bênçãos divinas para quantos a eles se reúnem no instituto santificado da família.
         Longe de quaisquer cerimônias de natureza religiosa, que possam significar uma continuação dos fetichismos da Igreja Romana, que se aproveitou do símbolo evangélico para a chamada venda dos sacramentos, o espiritista deve entender o batismo como o apelo do seu coração ao Pai de Misericórdia, para que os seus esforços sejam santificados no trabalho de conduzir as almas a elas confiadas no instituto familiares, compreendendo, além do mais, que esse ato de amor e de compromisso divino deve ser continuado por toda a vida, na renúncia e no sacrifício, em favor da perfeita cristianização dos filhos, no apostolado do trabalho e da dedicação.
299 – Qual o procedimento a ser adotado pelos espiritistas na consagração do casamento, sem ferir as convenções sociais, reflexas dos cultos religiosos?
         -Os cultos religiosos, em sua feição dogmática, são igualmente transitórios, como todas as fórmulas do convencionalismo humano.
         Que o espiritista sincero e cristão, assumido os seus compromissos conjugais perante as leis dos homens, busque honrar a sua promessa e a sua decisão, santificando o casamento com o rigoroso desempenho de todos os seus deveres evangélicos, ante os preceitos terrestres e ante a imutável lei divina que vibra em sua consciência cristianizada.

Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

21.2.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – II

Sem o propósito de estar aqui como quem sabe e como quem pode ensinar alguma coisa a quem seja, tomo, novamente, a liberdade de apresentar aos nossos irmãos internautas o texto abaixo para a sua devida apreciação, em algumas rápidas questões que formularemos.
Trata-se de texto de autoria de André Luiz, constante da obra “Nosso Lar”, em seu capítulo 9, intitulado “Problema de Alimentação”.
“Tudo isso provocou enormes cisões nos órgãos coletivos de ‘Nosso Lar’, dando ensejo a perigoso assalto das multidões obscuras do Umbral, que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos serviços de Regeneração, onde grande número de colaboradores entretinha certo intercâmbio clandestino, em virtude dos vícios de alimentação.”
Questões:
1 – De que maneira as multidões obscuras do Umbral poderiam invadir “Nosso Lar”?
2 – “Nosso Lar”, então, igualmente, é uma cidade “Umbralina”?
3 – Caso a referida cidade espiritual fosse invadida pelos vândalos desencarnados, o que poderia ocorrer?
4 – Que tipo de intercâmbio clandestino era mantido por grande número de colaboradores do Ministério da Regeneração?
5 – Na Terra, o que se interpreta por “intercâmbio clandestino”?
6 – Você concorda que o “intercâmbio clandestino” feito era de alimento considerado essencialmente proteico? Seria contrabando de carne?
7 – De onde estava sendo contrabandeado esse alimento para “Nosso Lar”?
8 – No Mundo Espiritual mais próximo ainda existe criação de animais para abate?
9 – Lícito concluir-se que, à época, em “Nosso Lar”, havia corrupção, e, naturalmente, espíritos corruptos, embora infiltrados no Ministério da Regeneração?
10 – Assim, o Mundo Espiritual mais próximo é povoado por homens fora do corpo carnal, mas cujo corpo espiritual ainda conserva certa identidade com ele, inclusive carecendo de alimentação similar?
Acredito que outras questões poderão ser propostas pelos nossos irmãos internautas.
Aqui, simplesmente, quisemos fazer uma pequena inversão: em vez de vocês perguntarem aos espíritos, os espíritos agora é que estão perguntando a vocês.
Afinal, por que esperarem de nós, os mortos, todas as respostas?!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 20 de fevereiro de 2017.

20.2.17

A Sabedoria da Esperança

Aquele homem de pouco mais de 50 anos de idade estava triste, escorado a porta. Qual a razão da sua tristeza?
Uns poderiam dizer que seria a falta de emprego que grassa a porta de mais de 12 milhões de brasileiros produtivos.
Outros poderiam informar que ele passa fome, não tem o que comer, esta é a sua realidade mais cruel. A barriga ronca e ele não tem nada para comer.
Alguns mais espertos afirmarão que ele faz cena, quer chamar a atenção para si, “é um golpista, não vê?”
Terão aqueles que dirão que ele está doente e não tem como ser assistido. O SUS não o atende. A UPA que foi não lhe deu a devida atenção. Sofre certamente de um mal grave e sem solução.
Existirão aqueles que acertarão o passo informando que ele não tem para onde ir. É um ser humano sem eira nem beira. Vive ao léu.
Pode ser tudo isso e muito mais. Ou nada disso e outras coisas mais. O que ele representa, porém, nestes dias difíceis que vive a maioria dos brasileiros é a desesperança.
Ah! Que doença terrível esta de não ter mais esperança. Que mal grande e abominável. Porque se esperança tivesse, mesmo que fosse verdade tudo isso que lhe imputaram, ele estaria de cabeça erguida e semblante confiante. Mas sem esperança aí, de fato, a cada dia, morre desesperadamente.
Os problemas podem ser muitos. As dificuldades gigantescas. O que não se pode jamais é perder a esperança.
Vejo meu povo sofrido, descalço, sem ter o que comer e para onde ir, isto infelizmente não muda apesar do tempo, mas ainda vejo nos olhos da maioria da minha gente um brilho impagável: o brilho do fio de esperança que ainda ele possui.
Pode faltar tudo na vida da minha gente, só não pode faltar é esperança no seu coração.
O que é esperança, porém?
Esperança não é esperar. Esperança é desejar, agir e aguardar.
Quem pensa que esperança é ficar de braços cruzados, não sabe o que ela é e aí poderá literalmente dar com os burros n’água.
Eu espero que o mundo e o meu Brasil seja melhor e feliz. Não espero, no entanto, sentado onde estou. Luto, dia após dia, para que esta Terra seja melhor com a contribuição que eu puder dar.
É por aí, meu povo, que devemos enfrentar as agruras desta nossa vida.
Esperar sempre, desesperar jamais.
Um abraço do amigo,

Helder Camara – Blog Novas Utopias

19.2.17

Nova Queda da Bastilha

A verdade, doa a quem doer, é que há um apodrecimento das instituições políticas brasileiras, e isto não é um fenômeno recente, ao contrário, dura anos, desde a ditadura militar nos idos de 1964, e perdurou, infelizmente, depois do movimento de redemocratização com a saída dos militares do poder.
Este fenômeno é compreensível, mas jamais aceitável. As instituições políticas brasileiras, em grande parte representada pelos partidos políticos, deram-se as mãos, de um jeito e de outro, para a manutenção do status quo, ou seja, da preservação de privilégios e bandeiras que apenas foram apropriadas por diversas mãos.
No cerne deste descompasso está a própria formação moral dos agentes políticos. Direita, esquerda, centro, pouco importa a posição, o que se vislumbrou neste pedaço de 30 anos foi uma completa desorganização partidária em termos de princípios. Uns poucos idealistas, independentemente da corrente ideológica, tremulam com argumentos de ordem que deverasmente não são ouvidos. Ignoram-se as falas, põem-se de lado os estatutos constitutivos e colocam-se como prioridade tudo que possa ser feito para a sustentação no poder. Não que isto não seja legítimo, mas as armas e argumentos utilizados são absolutamente reprováveis. Mudam-se os ocupantes das cadeiras, mas o formato do assento permanece literalmente o mesmo.
Os homens de poder dignificam-se pela preservação de valores, pela coerência de atitudes e pela fibra em defendê-los. Não são políticos de ocasião ou oportunistas de plantão, são ideólogos de uma nova sociedade e acreditam nisso, mas com retidão de comportamento.
Neste caso, não importa o partido, haja vista que já se filiou ao maior deles, o partido da honra e da coerência de princípios. Pode-se discordar do conteúdo, dada a diversidade de propostas de mundo, mas não da sua trajetória coerente de luta.
O discurso de poder tende a mudar, mesmo para os mais altos revolucionários. Criticam determinadas práticas, mas as repete do mesmo modo quando se encastelam no poder. É quanto a isto que devemos, todos nós, nos rebelarmos.
Há os defensores do povo. Há os defensores da elite. Há os fervorosos de classe. Há os ardentes de posição. Há os pragmáticos e habilidosos. Há os encrenqueiros e maldosos. Tudo há. O que interessa, de verdade, é se as regras do jogo democrático são corretamente empregadas e não apenas como argumento de retórica.
Este é mundo político brasileiro. Em muito parecido com outras democracias, mas igualmente distante das boas práticas europeias e algumas norte-americanas.
Se não desejamos no passado manter o parlamentarismo, que daria nova cara aos governos, o presidencialismo se mostra falido, haja vista que elege-se a persona ao programa, o discurso à ação, o blefe ao compromisso.
Isto se dá ainda, é verdade, pela pobreza política que parte de nosso povo ainda vive. As migalhas devem ser preservadas – pensam uns. Os “bonzinhos” devem continuar a ser eleitos – asseveram outros. E por aí vai um sem número de argumentos vazios e tendenciosos.
A grande reforma política se estabelecerá, infelizmente não agora. Por enquanto, no máximo, apenas ajustes ocasionais. A grande mudança virá do próprio povo, povo eleito com outras ideias que se juntarão a novos projetos de governo e de legislação.
Enquanto isto tudo não se modifica, façamos por onde termos uma democracia melhor. Justa, soberana, honesta.
O povo pede mudanças por que não ousar fazê-las?
Por uma nova queda da bastilha, agora em terras brasileiras.
Um novo apogeu de ideias e ações, revolucionárias e consentâneas à criação de um novo tempo e por que não?
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

18.2.17

Soneto à RUTH

(Soneto em homenagem à querida irmã Ruth Conceição Olivastro, desencarnada no dia 29-1-2017, na cidade de São Paulo – SP).

Deus te abençoe a nova caminhada,
Na Vida além da morte, alvissareira,
Vitoriosa ao termo da jornada,
Nas provas que enfrentaste a vida inteira...

Deus te conforte a alma abençoada,
Serva leal ao Cristo e companheira,
Que sempre te fizeste devotada
À Causa do Evangelho, sobranceira...

Deus te conserve em paz o coração,
Descortinando a estrada de ascensão
Que te norteia os passos para a luz...

Após sono tranquilo, além das dores,
Acordarás sorrindo, em meio às flores,
Do jardim que plantaste com Jesus!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, na reunião de sábado na manhã dia 11 de fevereiro de 2017, no Lar Espírita “Pedro e Paulo”, em Uberaba – MG).

17.2.17

A DOR E SUAS BENÇÃOS

No universo o caos é a presença da vida em ebulição, em desenvolvimento.
O repouso, se houvesse, significaria o aniquilamento da ordem, do equilíbrio.
Tudo se agita, desde as micropartículas às galáxias em incessante movimentação.
Sucumbe um astro pela decadência da energia e surge outro pela aglutinação de novas moléculas.
Só há vida em toda parte e, portanto, ação.
É natural que, no ser humano, esse processo se expresse como desgaste que produz dor.
O pântano e as águas estagnadas experimentam rigorosa drenagem, a fim de se transformarem em jardim e pomar.
O deserto sente a modificação da sua estrutura, mediante elementos químicos, de modo a reverdecer e coroar-se de flores.
A semente sofre o esmagamento e arrebenta-se em vida exuberante.
Nos animais, o parto é violência orgânica dolorosa, que liberta a vida que conduzia encarcerada.
Compreensível, desse modo, que o desabrochar da perfeição comece pelo despedaçar do grotesco em predominância no ser humano.
Erros que geraram calamitosos efeitos a reparar, desafios que promovem à conquista de mais elevados patamares se apresentam com freqüência.
São inevitáveis as ocorrências depuradoras, os sofrimentos de sublimação.
A dor é mensagem da vida cantando o hino de exaltação e glória à evolução.
Recebê-la com tranqüilidade constitui admirável realização íntima da lucidez intelecto-moral do ser 
humano.
Pressões, compressões, dilacerações constituem mecanismos da vida que se liberta do cárcere temporário para a exuberância da plenitude.
Compreender a função da dor é atitude solidária, caminhando-lhe ao lado, ao invés de enfrentá-la com a extravagância da derrota.
Entendida no seu significado profundo, torna-se amena e disciplinadora de impulsos graves quão danosos que persistem, dominadores.
Em razão disso, a atitude passiva, o pensamento de aceitação e entendimento contribuem para torná-la produtiva, enriquecedora.
Diante da transitoriedade do carro orgânico a que o Espírito se atrela, eis que o desgaste e a decomposição fazem parte dos fatores de destruição da aparência, para que o ser eterno singre os rios incomparáveis da imortalidade.
Sem a histólise, que precede à histogênese demorada, a lagarta jamais flutuaria no ar como borboleta delicada.
As condições físicas, portanto, são uma permanente transformação e a dor representa as mãos do Divino Escultor trabalhando em formas novas, aprimorando arestas e corrigindo anfractuosidades...
Alegra-te, por haveres sido contemplado pela dor, por mais paradoxal que te pareça.
Bem-aventurado aquele que sofre em paz, quando outros, desassisados, em tranqüilidade infelicitam vidas...
Mantém-te confiante, mesmo sofrendo, e transforma as tuas ansiedades em gratidão a Deus, por haver estabelecido diretrizes diferentes das tuas, que te farão realmente feliz para sempre.
Deixa-te, pois, arrastar pelas mãos do sofrimento digno, e converterás lágrimas em sorrisos, tristezas em júbilos, frustrações em pacificação interna, arrimado em Jesus, que nunca te abandonará.
Dor bendita, que liberta e sublima, louvada sejas!

Livro: Fonte de Luz - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis

16.2.17

UTILIDADE DO ESTADO INFANTIL

Questão 383 do Livro dos Espíritas

A utilidade de o Espírito passar pelo estado da infância é a de sensibilizar a alma para receber na sua formação as suas lições que seus pais possam lhe dar, assim como a própria vida, em decorrência do seu crescimento na sociedade.
Haveremos de passar por essas vias, que nos dão maior expressão de entendimento sobre a vida e sobre o nosso Criador. Devemos estudar as necessidades do Espírito reencarnar em vidas sucessivas, e não revoltar, pois a revolta piora as nossas condições. Todas as leis basilares da criação são impostas pelo Benfeitor Maior e são de utilidade universal.
A reencarnação nos é dada com o sentido de aperfeiçoar a alma, sendo um método que nos serve de instrumento benfeitor. O senhor não nos pede para criar leis, nem nos implora para que as respeitemos; nós é que temos que descobrir sua utilidade e segui-las com amor no coração.
A vida universal é movimento constante, e é nessa dinâmica que são processadas as mudanças permanentes. Nunca ficamos fixados em um determinado lugar para sempre; mesmo no mundo espiritual, estamos sempre mudando, colhendo experiências diversas e enriquecendo nossas qualidades.
Não podemos ficar na carne para sempre igualmente, para não aparecer o enfado. Terminando o período de estadia no planeta, voltaremos para o plano do Espírito e vice-versa. Nesse empenho, vamos mudando de faixa, ascendendo cada vez mais as luzes de Deus no coração. A utilidade de passar pelo estado da infância é a assimilação das leis espirituais. Mesmo na inconsciência isso se processa, e quando conscientes, elas se aderem mais à consciência.
O planeta se encontra às beiras de uma grande renovação e ele vai ascender mais um grau na escala dos mundos. Isso dará a humanidade meios mais elevados de assimilar a verdade e viver mais feliz, porque reconhecerá Deus como Pai de amor e Jesus como o Mestre de todos os mestres. O Cristo é o pastor inconfundível de todas as almas que vivem na Terra. Podemos entender que, por estarmos todos nós ainda em estado de infância, buscando ser adultos em Espírito, é que Cristo, por amor a nós, veio à Terra e cuida com tanto zelo de toda a humanidade.
O nosso crescimento está em Cristo; Ele deve ser o clima do nosso bem-estar. Mais uma vez chamamos a atenção dos pais das crianças para que aprimorem a educação dos seus filhos, esquecendo a violência e praticando o amor em todas as suas elevadas posições de caridade. Os pais são canais de Deus, pisando no chão para elevação dos que os rodeiam.
A equidade do adulto é a prova de paz no coração. Se os pais se entregam ao vício, estão mandando seus filhos fazerem o mesmo; se roubam, estão estimulando os seus filhos a copiarem o erro; se mentem, estarão falando aos corações dos filhos para fazer o que não deve ser feito.
Nesse raciocínio, podemos avaliar a influência que temos junto daqueles que Deus nos confiou para educar. Como criança, a sensibilidade se encontra aflorada. Meditemos sobre o que deve ser entregue a eles, pelo exemplo de vida.

Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez - Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

15.2.17

REVELAÇÃO – RELIGIÕES - III

           296 –O Espírito, antes de reencarnar, escolhe também as crenças ou cultos a que se deverá submeter nas experiências da vida?
         -Todos os Espíritos, reencarnados no planeta, trazem consigo a ideia de Deus, identificando-se de modo geral nesse sagrado princípio.
         Os cultos terrestres, porém, são exteriorizações desse princípio divino, dentro do mundo convencional, depreendendo-se daí que a Verdade é uma só, e que as seitas terrestres são materiais de experiências e de evolução, dependendo a preferência de cada um do estado de evolutivo em que se encontre no aprendizado da existência humana, e salientando-se que a escolha está sempre de pleno acordo com o seu estado íntimo, seja na viciosa tendência de repousar nas ilusões do culto externo, seja, pelo esforço sincero de evoluir, na pesquisa incessante da edificação divina.
         297 –Considerando que a convenção social confere aos sacerdotes das seitas cristãs certas prerrogativas na realização de determinados acontecimentos da vida, como interpretar as palavras de Mateus: - “Tudo o que ligardes na Terra, será ligado no Céu”, se os sacerdotes, tantas vezes, não se mostram dignos de falar no mundo em nome de Deus?
         -Faz-se indispensável observar que as palavras do Cristo foram dirigidas aos apóstolos e que a missão de seus companheiros não era restrita ao ambiente das tribos de Israel, tendo a sua divina continuação além das próprias atividades terrestres. Até hoje, os discípulos diretos do Senhor têm a sua tarefa sagrada, em cooperação com o Mestre Divino, junto da Humanidade – a Israel mística dos seus ensinamentos.
         Os méritos dos apóstolos de modo algum poderiam ser automaticamente transferidos aos sacerdotes degenerados pelos interesses políticos e financeiros de determinados grupos terrestres, depreendendo-se daí que a Igreja Romana, a que mais tem abusado desses conceitos, uma vez mais desviou o sentido da lição do Cristo.
         Importa, porém lembrarmos neste particular a promessa de Jesus, de que estaria sempre entre aqueles que se reunisse sinceramente em seu nome.
         Nessas circunstâncias, os discípulos leais devem manter-se em plano superior ao do convencionalismo terrestre, agindo com a própria consciência e com a melhor compreensão de responsabilidade, em todos os climas do mundo, porquanto, desse modo, desde que desenvolvam atuação no bem, pelo bem e para o bem, em nome do Senhor, terão seu atos evangélicos tocados pela luz sacrossanta das sanções divinas.


Livro “O Consolador” –  Francisco C. Xavier – Emmanuel – Todos os livros Espíritas como este vendidos em nossa loja terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz.

14.2.17

COMO VOCÊ INTERPRETA?! - 1

No livro “Os Mensageiros”, o segundo da série de André Luiz, o talentoso autor espiritual narra a sua visita, na companhia de Aniceto, a um Posto de Socorro, situado nas proximidades da Crosta. As observações feitas por ele são interessantíssimas – todas elas –, mas, de nossa parte, gostaríamos de destacar, no capítulo 20: “Impressionavam-me, sobretudo, as fortificações. Via a torre de mensagem, consagrada, por certo, ao serviço de resistência; o baluarte agudo, elevando-se acima dos fossos que deixavam transbordar a água corrente; a torre de vigia, esbelta e alterosa. Observei o caminho da ronda, a cisterna, as seteiras e, em seguida, as paliçadas e barbacãs, refletindo na complexidade de todo aquele aparelhamento defensivo. E as armas? Identificava-lhes a presença na maquinaria instalada ao longo dos muros, copiando os pequenos canhões conhecidos na Terra. Entretanto, vi com emoção, no cume da torre de vigia, a enorme bandeira de paz, muito alva, tremulando ao vento como largo penacho de neve...”
Em seguida, leitor amigo, pedimos licença para pergunta a você como interpreta, no mesmo capítulo 20, a essência do diálogo que se segue entre André Luiz e Alfredo:
“- Mas... e as armas? – perguntei – acaso são utilizadas?
- Como não? – disse Alfredo, pressuroso – não temos balas de aço, mas temos projetis elétricos. Naturalmente, a ninguém atacaremos. Nossa tarefa é de socorro e não de extermínio.
- No entanto – aduzi, sob forte impressão –, qual o efeito desses projetis?
- Assustam terrivelmente – respondeu ele, sorrindo – e, sobretudo, demonstram as possibilidades de uma defesa que ultrapassa a ofensiva.
- Mas apenas assustam? – tornei a interrogar.
Alfredo sorriu mais significativamente e acrescentou:
- Poderiam causar a impressão da morte.
- Que diz! – exclamei com insofreável espanto.
O administrador meditou alguns instantes, e, ponderando, talvez, a gravidade dos esclarecimentos, obtemperou:
- Meu amigo! meu amigo! se já não estamos na carne, busquemos desencarnar também os nossos pensamentos. As criaturas que se agarram, aqui, às impressões físicas, estão sempre criando densidade para os seus veículos de manifestação, da mesma forma que os espíritos dedicados à região superior estão sempre purificando e elevando esses mesmos veículos. Nosso projetis, portanto, expulsam os inimigos do bem através de vibrações do medo, mas poderiam causar a ilusão da morte, atuando sobre o corpo denso dos nossos semelhantes menos adiantados no caminho da vida. A morte física, na Terra, não é igualmente pura impressão? Ninguém desaparece. O fenômeno é apenas de invisibilidade ou, por vezes, de ausência. Quanto á responsabilidade dos que matam, isso é outra coisa.”
Estimaríamos, assim, ouvir as impressões de nossos internautas a respeito das anotações acima, efetuadas por André Luiz, através da lavra mediúnica de Chico Xavier.
Nas próximas semanas, estaremos apresentando uma série de textos semelhantes, sob a mesma indagação: COMO VOCÊ INTERPRETA?!
Um abraço fraterno e boa reflexão a todos.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet

Uberaba – MG, 13 de fevereiro de 2017.

13.2.17

Minha História

A história se escreve todos os dias. Os fatos ocorridos hoje são valorizados no futuro. Aquilo que se imaginava sem importância no passado ganha hoje a altura de relevante. Portanto, o que está acontecendo neste momento com você, com o mundo, é história.
O valor da história é inestimável. Sem ela, sem nossa memória fundamental, não saberíamos quem somos hoje. Apenas quem valoriza a sua história possui condições efetivas de ser melhor no amanhã.
Quem reconhece a sua própria existência no tempo consegue criar uma identidade. Sim, porque identidade tem a ver também com aquilo que se identifica. Identifica em si, no outro ou numa situação dada como algo importante que merece registro, que não se pode perder na lembrança.
Assim é a história do mundo, assim é a nossa própria história individual.
Quando aqui cheguei, há algum tempo, fui batizado pelos meus pais como Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo. Com este nome, agreguei a herança, em todos os sentidos, do meu pai e da minha mãe. A história narrada dos dois agora fazia parte da minha própria história. Portanto, não apenas aquilo que vivi, mas tudo também que adquiri.
A história é relevante, igualmente, porque passamos a ter um referencial para onde ir. Sabemos de onde viemos, o que nos deu raízes, e poderemos, a par disso, lançar-nos adiante no tempo e no espaço.
A minha história foi contada aqui por diversos autores. Cada um deles identificou traços importantes na minha formação, no meu desenvolvimento, no auge da minha carreira e no meu declínio de atenção pública.
Tudo isso é importante porque caracteriza o que fui, o que fiz e por onde possivelmente devo ir.
A nossa história contada pelos outros tem as lentes dos outros. Contada por mim haverá de ter nuanças que ninguém percebeu. E mesmo aquela não dita por mim poderá encontrar vieses que eu, o protagonista de mim mesmo, não percebi.
A minha história entre vocês, na última vida do corpo, está posta, mas e depois?
Quando retornei ao “mundo dos mortos” fui recebido pelos meus pais.
- Bem-aventurada aquela criança que se fez homem e deixou o seu legado para tantos – dizia meu pai Nabuco de Araújo.
- Meu filho querido, sua mãe sempre torceu por você. Não houve um só minuto que eu não tenha pensado no êxito da sua vida.
Outra vez, Graça Aranha, já fora do corpo, me disse que eu fui muito lembrado pelo meu jeito cuidadoso, meu zelo pessoal, que isto ficou muito marcado.
Pensei comigo mesmo: engraçado, fiz tanto, escrevi tanto, me expus tanto, e por muitos sou lembrado pelo meu jeito de vestir e de me postar. Como é a vida...
No lado de cá, passei algum tempo para entender como tudo funcionava desse lado. É bastante diferente, pois os valores são outros àqueles praticados pela maioria na vida física. Tudo se modifica desse lado da vida, tudo passa a ter outro sentido. Fui me acostumando com o novo jeito de ser.
É interessante dizer isso com todas as letras porque a análise que muitos fazem de mim era de como eu era naquela época, naquele momento histórico que vivi. Não parei no tempo e minha mente não cessou de progredir.
Agora, depois de muitos estudos e vivências, na política e em outros campos do saber, estou mais estabilizado nas minhas emoções, muito mais cônscio das minhas responsabilidades e mais ainda no preciso fazer de agora em diante.
Aquele Joaquim Nabuco que todos conheceram não existe mais. Lógico, que possuo n’alma resquícios daquele em grande monta, mas, definitivamente, não sou mais o dândi nem o jornalista curioso, tampouco o abolicionista impetuoso. Outras causas existenciais abracei, sou outro homem, mais ligado as letras que antes, mas, bem mais entretido com as coisas espirituais, a realidade sem fim.
Tenho planos de voltar ao corpo físico em breve – não saberia precisar o prazo -, mas diante dos novos desafios que o planeta alberga para o seu desenvolvimento definitivo para a categoria dos mundo felizes, posso e devo contribuir mais decisivamente estando entre vocês. Seria, no mínimo, mais ouvido que sou hoje.
O que importa agora, ciente da minha história, recente e infinda, é projetar novos sonhos e vontades, elevar meu pensamento a Deus e pedir que me guie da melhor forma possível na tentativa de encontrar uma missão que valha a pena viver.
Com Deus,
Joaquim Nabuco - Blog Reflexões de um Imortal

12.2.17

Agradecimento

As minhas inspirações matinais são sempre em reverencia a Deus Pai Todo Poderoso. O simples acordar diário, quando estava em vida física, representava motivo mais que satisfatório para agradecer. Minhas vigílias eram na direção de enaltecer a figura Daquele que nos criou, nos deu vida, nos deu voz e raciocínio. Agora, no mundo dos espíritos, que posso dizer? Bem, não há outra razão senão a de continuar a agradecer.
Pai Amantíssimo, agradeço pelo momento presente que me faz sorrir, falar, amar. Sou tão grato a Ti que as palavras, por mais eloquentes e belas que possam ser, não conseguiriam expressar a minha enorme alegria de viver.
Pai Querido e Bom, não bastasse a vida eterna me permitis dizer isso a todos pelo meio da mediunidade santa. Então, posso dizer com toda a força dos meus pulmões: estou vivo, vivo, vivo. Que maravilha, Pai!
Agradeço, também, meu Pai a todos que encontrei do lado de cá da vida. É tão maravilhoso o ato do reencontro. Quando se pensava que todos haviam ido embora e que poderia não vê-los mais, eis que me acordo nos braços do Senhor e revejo todos aqueles que foram caros na vida passada. Olhar nos olhos deles e vermos o brilho de novamente enxerga-los quando tudo parecia incerto.
Pai, agradeço por me aceitares de novo no trabalho redentor. Não parei e Tu não queres que eu pare jamais. Agora, em outra ordem de coisas, continuo trabalhando e amando os meus irmãos de caminho.
Agradeço, enfim, pela vida que me desperta par a novos desafios existenciais e, como outrora, poder dizer que sou feliz pois tenho mais que mil razões para viver.
Grato, Deus Pai, como Te sou grato por tudo isso e muito mais.
Neste dia simbólico de meu ingresso no corpo físico, oro por todos aqueles que se lembram deste padre que somente quis tão somente amar-Te e trabalhar em favor de meu irmão de caminho, servindo com alegria e graça ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Paz para todos!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

11.2.17

TEMPO DE RECOMEÇAR

Ano novo – novo tempo –,
Tempo de recomeçar,
Recomeçar a servir
Em qualquer hora e lugar...

Recomeçar a jornada
De passo firme e constante,
Sem desistir um momento
De prosseguir sempre adiante...

Recomeçar na peleja
Do Bem que supera o mal,
Vendo todo percalço
Em luta tão natural...

Recomeçar no perdão
Que nunca pensa em revide,
Mantendo a serenidade
Perante aquele que agride...

Recomeçar na coragem
De quem cumpre com o dever
E as calúnias que recebe
Logo procura esquecer...

Recomeçar na alegria
De ser útil no labor,
De com Jesus, sobre a Terra,
Erguer seu Reino de Amor...

Recomeçar no propósito
De acertar um tanto mais,
Consciente, a cada instante,
De que já se errou demais...

Ano novo – novo tempo –,
Jamais, em verdade, velho,
Tempo de recomeçar
Na vivência do Evangelho!...

Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na tarde de sábado do dia 13-1-1996, em Uberaba – MG).

10.2.17

VENCENDO O MUNDO

Prossegue na jornada que te apura,
Sem que te afastes do caminho eleito,
Que palmilhas, por vezes, contrafeito,
Queixando-te de amarga desventura...

Persevera em demanda a Grande Altura,
Silenciando mágoas no teu peito,
Escorado no bem que hajas feito
A quem soluça sob a noite escura...

Avança nem que seja lentamente,
Passo a passo, seguindo sempre à frente,
Sem desistir da fé que te conduz...

Não olvides que o Cristo solitário,
Perdoando aos algozes no Calvário,
Venceu o mundo erguido numa cruz!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 21 de janeiro de 2017, em Uberaba – MG).

9.2.17

FÉ em 2017!

Embora o tempo seja mera convenção e calendário não seja mais do que uma criação do homem, para marcar a ilusória passagem do tempo, desejamos que as nossas palavras iniciais, em 2017, externem a nossa confiança no futuro.
Ante tantos prognósticos de natureza pessimista, queremos trazer a todos a nossa mensagem de esperança, compreendendo que, de fato, o momento que a Humanidade atravessa, é de vertiginosa aferição de valores.
O homem não pode e não deve continuar assim, nessa corrida desenfreada na direção do abismo que se lhe escancara aos pés, ameaçando tragar todas as conquistas da civilização...
Carecemos, sim, de um basta no extremo consumismo de nossos tempos, e no descaso a que se têm votado as questões que transcendem, e que deveriam, sem dúvida, merecer prioridade entre os espíritos.
As peças desse imenso “tabuleiro de xadrez” que é a evolução humana parecem se movimentar, não aleatoriamente, mas por força da ação das Leis Divinas, para aplicarem um xeque-mate na civilização deste alvorecer de Terceiro Milênio, constrangendo-a a efetuar uma revisão em suas escolhas.
Individualmente, porém, não esmoreçamos! Perseveremos em lutar contra as adversidades, reconhecendo que a Terra de agora é campo propício para que o espírito interessado em sair do lugar comum possa crescer na direção da Luz.
Não nos deixemos abater pelas dificuldades que surgem, sobretudo, para nos ensinar a viver com o suficiente, podando-nos a inclinação para o supérfluo, e nos levando a inferir que existe, sim, um Poder Soberano que permanece sempre vigilante, que não será desafiado sem sérias consequências para quantos o fizerem.
Em todos os tempos foi assim... Civilizações têm sucedido a civilizações, e o progresso moral e intelectual da Humanidade, ao que nos parece, acontece sob o impulso de acontecimentos considerados funestos.
Não somos, claro, pregoeiros da violência, mas não podemos olvidar que foi somente depois das duas Grandes Guerras, que a Humanidade conheceu notável surto de progresso. Quando alcança os seus extremos, a dor física tende a devolver ao organismo o seu equilíbrio.
O homem dos tempos atuais, mais que nunca, está a necessitar de algo que o induza à introspecção – de algo que o leve a preocupar-se não com a sua adesão a essa ou àquela religião formalizada, mas com a sua própria espiritualidade.
Assim – repetimos – não nos permitamos abater pelos discursos derrotistas e apocalípticos, que têm soado aqui e ali, gerando temor e descrença nos espíritos frágeis.
Pensemos no Bem, falemos no Bem e, sobretudo, continuemos a agir no Bem, convictos de que, realmente, a porta estreita somente poderá ser atravessada pelos que a ela se candidatam, confiantes nas indeléveis palavras do Cristo: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 23 de janeiro de 2017.

8.2.17

BRASIL, REFÉM DAS TREVAS

Os recentes acontecimentos na política brasileira, com a corrupção generalizada sob investigação na Operação “Lava Jato”, a situação alarmante nas mais diversas penitenciárias do país e, agora, com a desencarnação, em suspeito acidente aéreo, de um juiz do STF, nos induzem a crer que, de fato, infelizmente, o Brasil permanece como refém das trevas que intentam impedir o seu progresso.
O descalabro tem se mostrado tão grande que delitos considerados menores, não devidamente combatidos pela polícia e pela justiça, multiplicam-se assustadoramente, ao ponto de numa cidade de médio porte, como Uberaba, quase dez carros terem sido roubados, de seus proprietários, em um só dia.
A questão, analisada mais profundamente, revela, claramente, o intuito das forças espirituais negativas que, no corpo e fora dele, não querem que o Brasil se firme no cenário internacional como uma grande potência, e não venha a corresponder à expectativa do Mundo Espiritual na condição de Pátria do Evangelho.
A tudo o que, infelizmente, percebe-se por artimanha das trevas, junte-se, inquestionavelmente, o crescimento das religiões ditas neopentecostais, através de suas lideranças, que, igualmente, infiltrando-se na política, vêm lutando para ocupar o poder com o propósito de exercer uma suposta hegemonia espiritual, em versão atualizada dos mercadores que Jesus, há cerca de vinte séculos, expulsou do templo a chibatadas.
O quê – pergunta-se, com frequência – o Mundo Espiritual, através dos espíritos bem intencionados, poderia fazer para auxiliar na libertação do país, que, sequentemente, por obra e graça dos que o corrompem, vem perdendo “o bonde da história”?...
Confesso-lhes, de minha parte, sinceramente, que muito pouco, de vez que sequer temos encontrado indispensável campo receptivo nas mentes que procuramos sensibilizar, principalmente entre aqueles que, do ponto de vista administrativo, ocupam posições estratégicas em decisões a serem tomadas em favor da coletividade.
O que, em geral, podemos fazer, por exemplo, é o que estamos fazendo agora, rascunhando, do Mais Além, uma página como esta, conclamando aos espíritos encarnados a que aprendam oporem-se, veementemente, a tal estado de coisas que objetiva conduzir o país ao abismo institucional.
Tentou-se fazer que o Brasil se transformasse numa Cuba de Fidel, mas frustrado o plano inicial, tenta-se agora fazê-lo ser uma Venezuela de Chaves e Maduro, com todo o respeito que nos merecem os irmãos cubanos e venezuelanos, que, há tempos, padecem nas mãos de ditadores sem escrúpulos.
Não olvidemos que, pacificamente, Jesus sempre se opôs à ortodoxia dos judeus e ao domínio dos romanos, não hesitando em externar os seus pensamentos, e, com indômita coragem, enfrentou-os com base em suas palavras e exemplos.
Os espíritos reencarnados no Brasil não devem continuar esperando por soluções milagrosas e sobrenaturais para os seus problemas de ordem social, acionando todos os mecanismos à sua disposição para exigir que o país deixe de ser roubado por aqueles que são chamados a gerir o patrimônio público.
Não se espere bom senso da maioria dos governantes atuais, seja de que partido for, porquanto está passando da hora de que eles tenham brio na cara e de que não se devotem à política pensando em enriquecimento de natureza ilícita.
Os espíritos atualmente reencarnados no Brasil, que amam a pátria, e querem um futuro melhor para todos, devem, sim, em nossa opinião, voltar às ruas e lutar para que ele não permaneça manietado, à mercê das trevas, que, a partir de Brasília, sobre ele se concentram.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 30 de janeiro de 2017.

ESTRÊLA

A fé no coração que se afervora
E, humilde, se arrebata numa prece,
Transpõe distâncias que se desconhece
Ao ecoar pelo Universo afora.

Na provação, é luz que resplendora,
Anunciando o dia que amanhece,
Para a alma que sofre e que padece
Na escuridão da noite que apavora.

Esperança de quem seguindo além,
Suplica a proteção do Eterno Bem
Sob as trevas do humano torvelinho...

Estrela que no céu do pensamento
Norteia o peregrino em movimento
Repletando de luz o seu caminho!...

Auta de Souza
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, no dia 13 de janeiro de 2016, no Culto do Evangelho realizado em sua residência, na cidade de Uberaba – MG).