7.2.18

O Sinal

Quando chegamos do País do Gozo,
Nossa alma sem repouso
Traz o sinal das trevas do pecado

Nossa alegria é um riso envenenado.
A palavra disfarça o coração
E a nossa dor é desesperação.

Tudo é sombra. A verdade não tem voz.
Muita vez, tudo é queda dentro em nós.

Mas os que vêm do Mundo dos Deveres
Guardam a luz de místicos prazeres.
Não têm palmas da Terra impenitente...
Como tudo, porém, é diferente!...

Sua alegria é um fruto adocicado,
Sua palavra é um livro iluminado,
Sua dor alivia as outras dores.

Trazem o amor de todos os amores,
Revelando na vida transitória
O sinal do Calvário aberto em glória!

Livro: Parnaso de Além-Túmulo - Francisco C Xavier - CARMEN  CINIRA: nasceu no Rio de Janeiro, em 1902, e faleceu em 30 de agosto de 1933. Sua espontaneidade poética era tão grande que ela própria acreditava serem os seus versos de origem mediúnica. Glorificou o Amor, a Renúncia, o Sacrifício e a Humildade, em obras como: Crisálida, Grinalda de Violetas, Sensibilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário