A missão de servir a Jesus na
terra é tamanha. De todos os lados, clamam as vozes dos céus que é chegado o
tempo das mudanças preditas pelo mestre de Nazaré. Num só tempo, temos ouvido
falar de guerras, de destruições ambientais, de injustiças sociais, de um mundo
cada vez mais marcado pela violência e desigualdade. O mundo está em polvorosa,
perto do caos – acreditam muitos.
Meus caros irmãos, minha
passagem pela terra foi pautada por uma luta incansável pelos direitos humanos,
é verdade, mas outra coisa não fiz do que atender ao apelo de Jesus que, no
Sermão da Montanha, louvava aqueles que, em Seu nome, tinham fome e sede de
justiça. Atendi, portanto, apenas ao seu chamado.
Justiça é aquilo que todos
desejamos para sermos felizes neste planeta. A justiça tem que refletir aquilo
que seja considerado certo e a preservação da verdade, acima de tudo. Justo,
assim, é aquele que serve a verdade e ao que legalmente se convencionou ser a
justiça.
Há, naturalmente, a justiça
dos homens e a justiça de Deus. Ambas, um dia, se encontrarão, hoje, porém,
elas andam distantes uma da outra, sobretudo em países como o Brasil e uma leva
de países subdesenvolvidos e achincalhados por déspotas sequer esclarecidos.
Esta barbárie de
contrariedade a justiça perdurará, infelizmente, por algum tempo, mas possui,
graças a Deus, os seus dias contados.
Na esperança de produzir um
mundo melhor, tenho visto, com os olhos do espírito, uma quantidade
significativa de homens e mulheres indo ao encontro do corpo carnal para semear
e praticar uma sociedade mais justa e coerente com seus princípios humanos e
até religiosos.
Enquanto isso não ocorre na
sua plenitude, continuemos a lutar. Continuemos a falar bem alto sobre as
injustiças reinantes. Como Jesus, denunciemos maus tratos, arbitrariedades,
privilégios, falcatruas, tudo que, enfim, denotar a inferioridade humana.
Ser justo, falar a verdade,
em muitos locais, chega a ser ridículo, dado que muitos homens e mulheres já
pautaram as suas vidas em completo desrespeito a estes princípios sagrados.
Estou aqui falando da justiça
dos homens, mas não descuidemos de observar o que Jesus, representante de Deus
na terra, falou acerca do que seja a justiça de Deus. Ou, pelo menos, tenham
nos chamado a atenção do que poderia ser ou representar.
Confundir a justiça com o bem
de poucos é bastante incoerente. Acreditar que a miséria, por exemplo, é obra
divina é um despautério sem proporção. Foram os homens que a criaram e a
“alimentam” com seu ódio e egoísmo. Sejamos fortes e corajosos para combater as
injustiças, mesmo que para isso seja objeto dela.
O que nos espera, sem dúvida,
é um mundo melhor, mas quem construirá este novo mundo senão nós mesmos?
Estou à disposição do Pai e
de Jesus para manter-me fiel a esta luta pela justiça, sou, entretanto, um pequeno
e humilde trabalhador na sua gigantesca seara.
Àqueles que me elegeram com o
ponto mais alto da honraria dos direitos humanos no País, o meu agradecimento
por este reconhecimento que não deve ser meu, porque sou muito pequeno diante
da grandeza do que precisa ser feito.
Honremos ao galardão que nos
foi presenteado por Jesus e sejamos, igualmente, seguidores fieis nas leiras da
verdade e da justiça. Se assim o fizermos, estaremos no caminho certo e
atuando, decisivamente como representante Deles no mundo na criação de uma
humanidade mais justa e solidária.
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
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