3.4.18

O Chamado de Jesus


A missão de servir a Jesus na terra é tamanha. De todos os lados, clamam as vozes dos céus que é chegado o tempo das mudanças preditas pelo mestre de Nazaré. Num só tempo, temos ouvido falar de guerras, de destruições ambientais, de injustiças sociais, de um mundo cada vez mais marcado pela violência e desigualdade. O mundo está em polvorosa, perto do caos – acreditam muitos.
Meus caros irmãos, minha passagem pela terra foi pautada por uma luta incansável pelos direitos humanos, é verdade, mas outra coisa não fiz do que atender ao apelo de Jesus que, no Sermão da Montanha, louvava aqueles que, em Seu nome, tinham fome e sede de justiça. Atendi, portanto, apenas ao seu chamado.
Justiça é aquilo que todos desejamos para sermos felizes neste planeta. A justiça tem que refletir aquilo que seja considerado certo e a preservação da verdade, acima de tudo. Justo, assim, é aquele que serve a verdade e ao que legalmente se convencionou ser a justiça.
Há, naturalmente, a justiça dos homens e a justiça de Deus. Ambas, um dia, se encontrarão, hoje, porém, elas andam distantes uma da outra, sobretudo em países como o Brasil e uma leva de países subdesenvolvidos e achincalhados por déspotas sequer esclarecidos.
Esta barbárie de contrariedade a justiça perdurará, infelizmente, por algum tempo, mas possui, graças a Deus, os seus dias contados.
Na esperança de produzir um mundo melhor, tenho visto, com os olhos do espírito, uma quantidade significativa de homens e mulheres indo ao encontro do corpo carnal para semear e praticar uma sociedade mais justa e coerente com seus princípios humanos e até religiosos.
Enquanto isso não ocorre na sua plenitude, continuemos a lutar. Continuemos a falar bem alto sobre as injustiças reinantes. Como Jesus, denunciemos maus tratos, arbitrariedades, privilégios, falcatruas, tudo que, enfim, denotar a inferioridade humana.
Ser justo, falar a verdade, em muitos locais, chega a ser ridículo, dado que muitos homens e mulheres já pautaram as suas vidas em completo desrespeito a estes princípios sagrados.
Estou aqui falando da justiça dos homens, mas não descuidemos de observar o que Jesus, representante de Deus na terra, falou acerca do que seja a justiça de Deus. Ou, pelo menos, tenham nos chamado a atenção do que poderia ser ou representar.
Confundir a justiça com o bem de poucos é bastante incoerente. Acreditar que a miséria, por exemplo, é obra divina é um despautério sem proporção. Foram os homens que a criaram e a “alimentam” com seu ódio e egoísmo. Sejamos fortes e corajosos para combater as injustiças, mesmo que para isso seja objeto dela.
O que nos espera, sem dúvida, é um mundo melhor, mas quem construirá este novo mundo senão nós mesmos?
Estou à disposição do Pai e de Jesus para manter-me fiel a esta luta pela justiça, sou, entretanto, um pequeno e humilde trabalhador na sua gigantesca seara.
Àqueles que me elegeram com o ponto mais alto da honraria dos direitos humanos no País, o meu agradecimento por este reconhecimento que não deve ser meu, porque sou muito pequeno diante da grandeza do que precisa ser feito.
Honremos ao galardão que nos foi presenteado por Jesus e sejamos, igualmente, seguidores fieis nas leiras da verdade e da justiça. Se assim o fizermos, estaremos no caminho certo e atuando, decisivamente como representante Deles no mundo na criação de uma humanidade mais justa e solidária.
Helder Camara – Blog Novas Utopias

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